REPUBLIQUE DU SENEGAL INSTITUT SENEGALAIS ...
REPUBLIQUE DU SENEGAL
INSTITUT SENEGALAIS
--e--m-
MINISTERE DU DEVELOPPEMENT
DE RECHERCHES AGRXCOLES
RURAL ET DE L’HYDRAULIQUE
D I R E C T I O N D E S R E C H E R C H E S
S U R L E S PRODUC-I-IONS H A I - Z E U T I Q U E S
R A P P O R T S C I E N T I F I Q U E 1992

P R O G R A M M E S E l - O P E R A T I O N S D E R E C H E R C H E
M E N E S E N 1 9 9 2
PECHE INDUSTRIELLE
‘? I
Ccl lacte e t t r a i t e m e n t d e s s t a t i s t i q u e s d e ~GcF~+
i n d u s t r i e l l e a u S é n é g a l
3CL_ * Biologie et kcologie des espèces
‘2i a Dynamique des popul at%i ,.3ns, évaluation et ei:pi ,.J 1 ta i :.j* I
r a t i o n n e l l e d e s s t o c k s
4. A u t r e s acti v; t&
PECHE ARTISANALE MARITIME
C o l lette c-15, Lt-aitemeot d e s stat i sti ques de pÈ8zh+
.
.a,- . Etude des re‘ations entre ‘la pêche artisanale et
l a p ê c h e i n d u s t r i e l l e
3 . B i o - é c o l o g i e d e s e s p è c e s el<ploitées
.:: , Dy?ami que : mcjd61 i sat i Lt!: de 1 a pêcherie et; ~va i u st, z”
des ressoi.~rcE::s e x p l o i t.3ble:; p a r 1 a peche ar‘ti -i;a.‘ka e
...j I TezI-!nolog,e des engins de pêche.
ENVIRONNEMENT ET CLIMAT
l . E!:L/ - ronnement océan i quz-
7i. 1 Climatologie
3. Eau.~ c-ont i ner; ta1 es
PECHE CONTINENTALE AQUACULTURE
‘! . Fhys-lcc~-c!~im-~e e t biomssse phytoplancton tq-l*
7. B i ~~&c~~loij~ie e t str-uwztilt-e tder-; peuplemet2t,s .:!e i3i.b i 2;, ::ri:;
3. Exp’oitat ib3n d e s resso4rcer; ha1 i e u t i q u e s
.: , Bi z~ci)cc~1og ie e t exploi :;ation d e s c r e v e t t e s
I:2 . Scç - ,:)- éc,oll~m-~ 8 des pêc i?es
,7
7) *
Aqtiacul tut-e
SOCIO-ECONOMIE ET POLITIQUES DES PECHES
i 4rta’ yse éwncmi q u e d e 1 a p r o d u c t i o n d e ‘ 1 a L&c~~~Y
a r t i s a n a l e
‘)
‘(a1 cri sat-: 8n des produ 1 ts débarqués par Y a pBs!-:+
a r t i s a n a l e
.Z, Anal yse macrc?--ëconomi q u e d u s e c t e u r d e s pêchez
1 . Economi e de la p ê c h e i n d u s t r i e l l e

3
I N T R O D U C T I O N
Le Senegat d i s p o s e d e r e s s o u r c e s h a l i e u t i q u e s q u i f Dnt c a s
la &che u n e d e s activites m a j e u r e s d u p a y s . E n e f f e t , la
peche r e p r é s e n t e P~:US d u q u a r t d e s e x p o r t a t i o n s s é n é g a l a i s e s

e t
c o n t r i b u e d e f a ç o n d é t e r m i n a n t e a u rééqui 1 i b r a g e d e la
ba?ance c o m m e r c i a l e a v e c u n e v a l e u r d e p r è s d e 611 m i l l i a r d s d e
FCFA. L e “ P I B ”
p ê c h e c o n t r i b u e e n m o y e n n e p o u r 1 1 % au ‘PIB.’
d u s e c t e u r p r i m a i r e e t 2 . 3 % d u “ P I B ” t o t a l . L a proouction
annuel 1 e moyenne
e s t
v o i s i n e
de
300 000 tonnes avec un43
cor~sommation per- ccipita d e p r è s d e 3 0 k g / a n . L e d y n a m i :srne d e
ce s e c t e u r d e v r a ê t r e m a i n t e n u e n t i r a n t d a v a n t a g e p r o f i t d e
C:E!S
r-essou rces .
P o u r c e l a ,
i 1 f a u t s ’ a p p u y e r impérativement
s u r d e s r e c h e r c h e s p e r m e t t a n t d e c o n n a î t r e e n permanen~ze l e s
polent7els d
e
c a p t u r e s
é q u i l i b r é e s
des
r e s s o u r c e s
hal!eutiques.
Les
o b j e c t i f s d e
l a D i r e c t i o n
d e R e c h e r c h e s u r
?E?S
P r o d u c t i o n s Ha1 i e u t i q u e s p o r t e n t s u r l a g e s t i o n rati?r,nnel l e
ces
ressources
ha1 i e u t i q u e s
des
eaux
s é n é g a l a i s e s
e t
l’aménagement
des
p ê c h e r i e s ,
dans le
sens
3 1 une
opt 1 mi sat. i on
de
l ’ e x p l o i t a t i o n ,
d’une
v a l o r i s a t i o n
de
‘1 a
production
donc
d’une
mei 1 leure
r e n t a b i t i s a t i o n
des
i n v e s t i s s e m e n t s r é a l i s é s d a n s l e s e c t e u r .
L’anr&e 1392 a éte m a r q u é e p a r u n e r e s t r u c t u r a t i o n d e s
programmes de
r e c h e r c h e d u d é p a r t e m e n t q u i
d e n e u f
sont
r a m e n é s a c i n q :
- p r o g r a m m e d ’ é t u d e d e l a P è c h e I n d u s t r i e l l e ;
- p r o g r a m m e P ê c h e A r t i s a n a l e
- p r o g r a m m e P ê c h e C o n t i n e n t a l e e t Aquaculture T,
- p r o g r a m m e E n v i r o n n e m e n t e t C l i m a t ;
- p r o g r a r n m e S o c i o - E c o n o m i e e t P o l i t i q u e d e s peches,

L a d é m a r c h e c h o i s i e e s t t o u j o u r s i d e n t i q u e à ce1 l e q u i
a v a i t t-te precisée d a n s l e s p r é c é d e n t s r a p p o r t s , c’est&-dil-e
qu”?lle c o n s i s t e a é t u d i e r l e s s t o c k s n o n s e u l e m e n t e n t a n t
qd”entite b i o l o g i q u e s m a i s e g a l e m e n t a t r a v e r s l e u r syst.eme sic
pr :.duc,ti on .
Nous a v o n s a i n s i p r i v i legié 1 ‘ a p p r o c h e g l o b a l e c:u
mul~t;idisc:ipl inaire q u i
s e u l e p e r m e t d ’ i n t é g r e r 1 ‘ e n s e m b l e d e s
“ a c t e u r s
( b i o l o g i q u e s ,
environnementaux,
soc i 0 1 og i ques 9
historiques e t Bconomi q u e s ) i n t e r - a g i s s a n t a u s e i n d u :;ystème
d e produc-t:. ion aquali q u e e t q u i , é g a l e m e n t , p e r m e t d e +‘ournl r

4
aux
responsables
dU
d é v e l o p p e m e n t e t
aux
oclërat~eu 1’8
ëc:or.om i ques
des
fondements
sol ides
d e Choi>r en
ma.t i ère
d ’ a m é n a g e m e n t e t d e g e s t i o n d e p è c h e r i e s o u d e v a l o r i s a t i o n d e
p r o d u c t i o n h a l i e u t i q u e s .
!-e Departement e s t i m p l a n t é à S a i n t - L o u i s ,
tiayar, D a k a r
< l a b o r a t o i r e s c e n t r a u x d u CRODT), Mbour, Joal et Ziguinchor.
I-e D i r e c t e u r d e s R e c h e r c h e s
sur les Productions Halieutiques
D . TQURE

P E C H E I N D U S T R I E L L E

OPERATIQN N” l
: COLLECTE ET TRAITEMENT DES STATIS‘f IUUkV
DE PE.CHE DES FLOTTILLES CHALUTIERS
1. DESCRIPTION
‘.g* sy~tèrne de wilecte, de c+mpiIa.tion et de traitement ~rn~~r-t: 7l.i
des enquétes journali&res
réalisées au port de C*ak w I::w
j <?As
?. et: r ri ! ci en : ; kj u prog rammes,
.. le ::.uj “i
q u o t i d i e n d u rriouvement d e s Mha1utfet.s FL+-! ~~~rr~l.;rn:j~~
tshaustif -ies unités à quai,
“. ! a col lette ot l a compilatrw d e s s t a t i s t i q u e s cfê débariltn,::m(:::,il. ,-l:J
11; : tw.l des irrmemerrts et des usE ries de transformatiorr,
-I le:; mensurations des taille:; des principales espkas déba, ~L~&E;~~.
-. l a collec;te St l a c o m p i l a t i o n d e s d é c l a r a t i o n s de ~;dpt~.~~‘e~s~ ~11r:s
wrnate~~!3 étranger:.:,
-. la ~~pmpili~ti 317
des bordert:aux de p&he des obser-34 ateu~ ‘3 :;r:11tig:iil.~~$
wr-!z arqués à bord Jes navires étrangers,
X. le codage et ta saisie des données,
.. l’4laboration
sle programmes
informatiques et
ie
tt, 3; t&71zl- 2.
de
:‘rriuemirle des statistiqi-res de pêche.
:? . RESULiATS OBTENUS EN 1991
Les sW.istiqLces
de pêche
iie 1 9 9 0 d e s c h a l u t i e r s bas&, ,.; L~v:~:~~;’
j eswrtreilemwt sénégalais) ont fait l’objet de traitements inforrnaiiq,jes +ri
‘k’ue d’une analyse ultérieure.
t.i3 c3t Ivcte,
Îe dkpouillement et le codage des statist;quas i:ie
$ :] \\ (2 t.s
.: hi4 -,tiers c!ç3 pi%&2 c0tière (sér-kgalais
et étrangers), basés à 3ai 23.r 1 5‘ti:;t
9
pwr SUIVI ‘
::.e trab’ail est rbalisé à plus de 90 % ; Par ailleurs, darrti e
c cg.2 ! F:? rj La
stiivii de: p&ches expérimentales d u fileyeur--langoustier M1.W; ‘?
?UWI~ f a pkriode allant de févr:er à juillet 1991, les dor?nées Je 3ciw :Y’::
&t:k t:ollectt$es e t partiel)ement anaiysées.
1.;~ c;jd.%ge de:; si:atistiques d e pkhe c o l l e c t é e s & toi-d 3~ L a14i~ti; ;I
4?r 31.tyit s :italiens,
g twx, espagnuis et gambiens) par
lt?s
obaer /ii it~: r $5,
i,‘c3:;.i pwrc ui\\fi pour l e s a n n é e s 1 9 8 9 e t 1990 ; c o m p t e ?entJ Iii; k;c:#. ti1i-e
i!npw$a.nt d a s d o n n é e s e t d e l ’ i n s u f f i s a n c e d u p e r s o n n e : aftel:té a .-elle
tkke, des agents tempcraires ont @té recrutés en cours d’aonke
<.
i r .-1 &Ii
2 (2
d~~pouillement e$ de codage & p:~ ainsi être finalisé pou:. loi%i el l!.+:.;, :..rl
:ra!?ement ir:formatiE]ue a étk réalisé en IDécembre pour “989,

1.. es
sf&istiques de l’année : 99Q :;oilt toujours en Cours de 8~116:e t,hiX6
ile f %aiisatio?> en mars 1992).

OPERATION N’ 2 BIClLOGIE ET ECOLOGIE
DES PRINCIPALES ESPECES
1 . DESCR CPTION
Etu<i~! d e l a d i s t r i b u t i o n sfxtjo--‘temporelle d e s popl,+:ati~.:cc~ 6;’ c e ,tg iF’
i-eiZktiWi il\\‘ec les facteurs environnementaux..
;?. RESULTATS OBTENUS EN 1991

OPER4TION N 3 : DYNAMIQUE El- EVALUATION DES RESSOURC:ES
DEMERSALES COTIERE:S ET PROFONDES m
1. DESCRIPTION
t~~aiuntion
GQS
biomasses et/ou d e s p o t e n t i e l s d e ~3pi~fl2 :3ek
-e:.;“; >*3;J r-rze$ dSmersales
p a r t o u t e m é t h o d e j u g é e ad8quata : L.~~~:~QIII+ .:e
r;hai i.lTagei
{:at’
Gchar7tiElonnage
aléatoi r-e
stratifié,
rnod&leS
<‘:ijij :‘fA>:
j I - ** .A
:wr:::tsp~~ci :Y c ues
$‘:
Flurispécifiques, estimation
de
?riwtal i t.&s,
Il io .d éi es
analytique-.
2. RESULTATS OBTENUS EN 1991 ,
‘1. E ‘Jiii uation par chalutages expkrimentaux
’ “, i; r t.: a rammt_:
dz uhalutage stratifié du plateau continentai h,r:t~E:ÿ-li.:-iiS
;$*&> 1 Fi>IJ r >u, ‘J i
:Iv î!, l’exécution
cle ia huitiéme campagne
a bCf(i
(2 t$ I\\I,-“f.-j
j-c-ii i :i;
, Uauge;
i l& mars
au 05 aL*riI 1991 )
; les données recue!ijie-. (.lrl-. &FI
C.XICSS at pr é-traitdes; le rapport de campagne a été élaboré.
ii i, f?e:;herçhw m8thodologiques sur les évaluations par ( !-:r,iu- tt;.?::
E 1 lez; <.,n-t
pcm r k.ut
d’amél it:. rer et
d’affiner ies est mat3ch..:,. .~tt:?~i~i~,i~:~b
ijE.C ;.wrtpa~t~~ de t;halutage (indices d’abondance et biclmasser:.
Les prrt-icipaL.$ r&uItats sont les suivants:
.
Ik?
zystène d’échantillonnage par pelle des c;aptur es a r.jtJt .,) LILI !y’0
i:xi::.i Sauge~
i2E: R 40 kg/ trait de
c h a l u t ) e s t suffisairt p o u r swm~r
~;i~r’ri~ci:ement les prises spécifiques
réalisées et la diversité des
éiqx?i..us
présentes dans un trait de chalut;
_’ l ’ u t i l i s a t i o n d e ! a d i s t r i b u t i o n Gelta, plus adéquate que. ie.5 .;a:,...:;ib
rle~ rwye~nes e t tcariances b a s é : . s u r l a distri bution n o r m a l e , ~t~~tw:;~:e
génGralement ces valeur-s ;
*.
‘a stratification
a priori
de l’échantillonnage r!ti pi-&erl: 2 ..JG=~ ti
(f?! 1-j !:I$&l: Fotr 7
les prises totales,
de même que pour ia ~luk 3r.z criz~,
principales espéces ;
-. Its allocations optimales
d e s n o m b r e s d e s t r a i t s UC: ~:~IsTIL; Pl.I.,
_ .h I’
f,l: 1-i: 2 :;im y t :-&s variables d’une campagne à l’autre ;
-. l ’ é t u d e de!; e f f e t s d e l a durtse d e s t r a i t s d e chaiLit 3L r
i CL!$,
* (~i’**‘i<?9-j~lJt’:; i::t
tes taiiles d e s especes p ê c h é e s i n d i q u e q:.,e :es :‘g. .~f,+ti‘
,3ç ,r:;:-:,_
“1 t.ii.: tES k?Spè: ;@ ”
d’une heure et d’une demi heure sont dans :AI‘; ral.)p.z‘~ .ZE
l,c7 -1
2‘1; Lt-le vat%abilité e s t ok-Serv&e s e l o n l e s e s p è c e s +.A ~~c~;~~::cs
I’ ^.. ’
G ei~;,~ec;es, dt mêmt: qug p o u r l e s iailles. Toutefois, statistiquecrrer~t, 3 dvi: i:!c
.zjz -1:)
mi ~Ul.~S de
f;hai utage par
trait est
s u f f i s a n t e ~CIL:’ !‘~~ji!t,iru~;;tiî:i~ :f+s
;:b~i?, dat‘icet; t:t des >!Ornasses des e>;pèce:s démersales.

37
- des essais de mesure de la largeur efficaçe du chalut standard du
N/O Louis Sauger avec du materiel acoustique de type “Scanmar” ont été
faits entre 23 et 65 métres. Les résultats préliminaires donnent des valeurs
d e 2,2 à 3,5 m è t r e s p o u r l ’ o u v e r t u r e v e r t i c a l e e t d e 1 4 a 1 7 m p o u r
l’ouverture horizontale (largeur efficace); cette étude devra être poursuivie
dans toutes les strates bathymetriques (10-200 ml et sur différents types
de fonds.
Ces résultats ont été présentes à la reunion annuelle du Conseil
International pour I’Exploration de la Mer (CIEM), en Octobre 1992; ils ont
@aImement éttz publies.
iii). Dynamique des populations - Evaluation.
Une analyse de l’évolution des indices d’abondance des principales
espèces démersales du plateau continental a débuté en 1991 et sera finalisée
en 1992. L’on peut d’ores et déjCI remarquer que l’abondance des ressources
demersales
côtier-es a considérablement diminué. depuis 1986; l’analyse
préliminaire montre une profonde dégradation de l’état des stocks de
poissons et une augmentation pour les céphalopodes (seiche et poulpe}.
Cette activité s’inscrit dans le cadre d’une synthèse des huit (8) campagnes
de chalutage effectuées à bord du N/O Louis Sauger durant la période 1986-
1991. Ce travail sera approfondi et finallsé en 1992.
Une analyse de l’évolution sur une longue période des tailles
m o y e n n e s e t d e s mortalites p o u r l e s principal&s espt?ces d e p o i s s o n s
débarquées par les chalutiers de fond bases à Dakar a eté effectuee par un
stagiaire dans le cadre d’un memoire de D.E.A. Les rtlsultats montrent que si
les tailles moyennes n’ont en général guere évolué, les taux d’exploitation
des principales
espèces sont
par contre
t r o p é l e v é s ( A r i u s s p p . ,
Pseudotofithus typus, Pagellus bellottii, Oentex
macroph talmus, Sparus
coeruleostictus et Diagramma mediterraneus). La val [dite de ces résultats est
cependant à considérer avec pt%caution du fait de biais éventuels lies au
système d’echantlllonnage des tailles des espèces débarquees. Cette Etude
préliminaire sera reprise et oompletee en 1992.
Aucune reactualisation de l’état d’exploitation des stocks démersaux
cotiers,
par ajustement de modèles mathématiques, n’a pu être effectuée en
l’absence des statistiques de peche détaillees de 1989 et 1990.
Toutefois, les niveaux respectifs de l’effort nominal et des rendements
des chalutiers, le faible niveau des indices d’abondance obtenus pour les
poissons en géneral lors des dernieres campagnes d’évaluation ainsi que les
resultats d’analyse des mortalltr%,
confirment l’état global de trés forte
expioitation decrit en 1990.
i). Evaluation par chalutage
Du fait des difflcultes rencontrees par I¶Etat major du Louis sauger
pour la confection à temps des chaluts, il a et& impossible d’effectuer la
campagne d’évaluation
prévue, faute de moyens de prélévement des
échantillons. La campagne d’évaluation prévue en salson froide se déroulera
en 1992.

3 8
ii). Evaluation par modele mathématique
Les ajustements
réalisés a partir du modèle de Fox donnent pour ce
qui concerne l’espèce cible (la crevette
“gamba”) dans la série temporelle
1977 a 1989 une prise maximale équilibrée de 2800 tonnes, correspondant à
un effort optimum de 68 000 heures de pêche.
L’augmentation (7110%) de l’effort de pêche de l’année 1988 se traduit
en 1989 par une baisse spectaculaire des rendements.
L’application du
modele multiplicatif de Gavaris selon une standardisktion tenant en compte le
navire, la classe de tonnage de jauge brute, du mois et de l’année, a permis
de montrer que le rendement de l’espece cible a diminué de -23%, passant
de 49 Kg/heure de pêche en 1988 a 37 Kgfheure de pêche en 1989. Pour des
raisons de rentabilité économique des navires, la réaction des patrons de
pêche espagnols devant cette baisse de rendement a été un déploiement
vers d’autres zones de pêche de la sous region.
Pour ce qui
concerne les merlus, le traitement des données de pêche
experimentale d’un navire a montré que les rendements sont tres élevés
révelant une abondance de cette ressource.

39
OPERATION N” 4 : EXPLOITATIUN RATIONNELLE DES STOCKS ET
AMENAGEMENT DES PECHERIES.
1. DESCRIPTION
Cette opération utilise les résultats de trois opérations précédentes.
Elie a pour but de permettre la détermination des potentialités et de
proposer des sch4mas d’exploitation.
2. RESULTATS OBTENUS EN 1991.
Plusieurs activités ont été menees dans divers domaines, en rapport
avec le Deveioppement.
* P r o t e c t i o n e t s u r v e i l l a n c e d e s peches
- Finaiisation d’une étude sur la répartition spatio-temporelle des
chalutiers (c&iers et profonds) en fonction des types de licences dans les
eaux sénégalaises
; la note technique élaborée et transmise aux autorites
permettra d’optimiser les plans de surveillance (navale et aérienne) des
pêches.
- finaiisation d’une note technique sur les rejets opérés en mer par
les chalutiers de pêche démersaie côtiere et les solutions envisageables pour
leur diminution.
x G e s t i o n e t aménagement
- Participation à la réunion de la Commission mixte Sénegai-CEE dans
le cadre de l’accord de pêche maritime, et aux reunlons preparatoires.
Des avis techniques ont Bté fournis sur les r6glementations appliquées
aux navires communautaires (zones de pêche, maillages) et sur i’etat
d”expioitation des principales espèces démersaies ootiéres (cf. document de
travail sur les ressources démersaies et la pêcherie chaiutiére côtière,
CRODT, 1990).
- Participation $ l’élaboration d’un projet de “Plan d’Actions de la
P&che maritime sén6gaiaise” initié par le Ministère D4Bgue chargé de la Mer;
l’état d’exploitation des stocks démersaux (côtiers et profonds) y a et6
présenté, de même que des recommandations en matiere de gestion, en
particulier sur
la régulation de l’effort de pêche des chalutiers. Un
document a eté prépare a cet effet.
En ce qui concerne
les stocks démersaux atiers, la nécessité d’une
réduction de l’effort de pêche “chalutier” a été soulignée; des mesures
progressives permettant d’arriver à terme à ce résultat ont été proposees.

4 0
Four la crevette profonde “gamba”, si la réduction apparente de
l’effort de pêche effectif en 1989 se maintient en 1990, elle devrait
permettre au stock de retrouver un niveau de rendement supérieur ou égal
à 4 0 kg/heure. L’effort de pêche doit être réduit de façon a permettre aux
ressources crevettieres du talus continental de retrouver un meilleur niveau
de rendement.
Pour ce qui est des merlus, une augmentation de l’effort est
envisageable sans toutefois perdre de vue que la mortalité subie par ce
stock d6pend aussi
de la pression de pêche exercée sur toute l’étendue de
sa zone de migratlon, de la Sierra Leone au Maroc.
- Participation aux
réunions de la
“Commission Consultative de
Délivrance des Licences de pêche”. Des avis sont donnés sur les différentes
demandes de licence en fonction de l’état de la ressource concernée et du
niveau de l’effort de pêche déployé.
Un projet de document d’orientation des travaux de cette commission
a 6th egalement préparé à la demande des membres de ladite commission; ii
devrait permettre d’harmoniser et de rationaliser les procédures d’examen
des demandes de licences.
- Une analyse des stratégies de pêche des crevettiers sénégalais sur
la période 1989-1990 a permis de proposer des mesures de reconversion de
licences pour certains navires ayant un comportement de poissonniers tout
en utilisant des chaluts à crevette de 50 mm d’ouverture de maille.
- Formulation de différents avis sur les demandes d’affrêtement de
navires ou
de dérogation
de zones
de pêche,
s u r r e q u ê t e s d e
I’Administration des peches.
- Propositions
d e nouvelfes
réglementations pour
les
unités
industrielles exploitant les stocks démersaux cotier$ et profonds (chalutiers,
palangriers, caseyeurs,
fiieyeurs); elles ont éte faites sur la base d’un
avant projet reposant sur des lignes de réf&ence diffbrentes des lignes de
base antérieures.
- Contribution du
programme a l’élaboration d’un document de
réflexion sur l’embarcation
“NAUTICUS”
introduite en Casamance pour
l’exploitation des ressources démersales &Mères (soles langues, mâchoirons
et capitaines principalement).
L’étude tente de comparer sur les plans
biologique, technique et socio-économique cette embarcation avec une unité
artisanale (pirogue) et une unité industrielle (chalutier).

41
DIFFICULTES RENCONTRES PERSPECTIVES
DIFFICULTES
1) Certaines campagnes d’evaluation devant se dérouler en saison
froide (pour des
raisons bioécologiques), ont et4 décalées pour des raisons
d’indisponibilité du bateau.
2) L’analyse du systeme d’échantillonnage des tailles des especes
débarquees n’a pu être effectuée;
la mission d’appui d’un biostatisticien
demandés a cet effet au niveau du programme depuis quelques années n’a
pas été exploitée.
PER$PECTIVES 1992/1993.
Des perspectives
de recherche peuvent être dégagées dans
l e b u t d ’ a p p r o f o n d i r c e r t a i n s t h è m e s d e r e c h e r c h e a c t u e l l e m e n t
en cours.
S t a t i s t i q u e s d e p ê c h e
- conception et mise en place d’un système de mensurations
d e s p r i n c i p a l e s e s p e c e s h b o r d d e s c h a l u t i e r s é t r a n g e r s e t
sén&galais embarquant des observateurs;
- m e i l l e u r e m a î t r i s e d e l a v e n t i l a t i o n d e s s t a t i s t i q u e s d e
peche d e s
n a v i r e s s é n é g a l a i s
dans les
zones de
p ê c h e d e l a
G a m b i e e t d e l a Guinee B i s s a u d a n s u n c a d r e s o u s
régional
( p r o j e t d e b a n q u e d e d o n n é e s s t a t i s t i q u e s ) o u b i l a t é r a l .
E v a l u a t i o n d e s s t o c k s d&wsaux p a r c h a l u t a g e s
Poursui te des
campagnes de prospection dans ses objectifs
a c t u e l s ,
pour un suivi
r é g u l i e r d e s
s t o c k s ,
t o u t
i n t e n s i f i a n t l a
c o l l e c t e d e s d o n n é e s
s u r l e s structurZi
démographiques des especes.
Recherches m&hodologiques sur les campagnes
Poursuite en 1992-1993 de certaines activites de recherche
méthodologique dans
l e b u t d ’ a f f i n e r d a v a n t a g e l e s e s t i m a t i o n s
d’abondance et de biomasse:
- l ’ é t u d e d e s e f f e t s d e l a duree d e c h a l u t a g e s u r les
r e n d e m e n t s e t l e s t a i l l e s d e s e s p e c e s c a p t u r é e s ;
- les
c a m p a g n e s d ’ i n t e r c a l i b r a t i o n
d e s n a v i r e s
d e
recherche N/O Louis Sauger et Ndiago;
- l e s m e s u r e s d e s o u v e r t u r e s ( v e r t i c a l e e t h o r i z o n t a l e ) d u
c h a l u t s t a n d a r d d u N / O L o u i s S a u g e r
e n f o n c t i o n d e certai
paramétres comme
1 a profondeur
d e pëche e t l a v i t e s s e
dU
n a v i r e ; l e s m e s u r e s d e v r o n t c o u v r i r t o u t e l a z o n e d ’ é t u d e ( 1 0 à
200 m è t r e s ) e t differents t y p e s d e f o n d s .

42
Dynamique et bvaluation des stocks
- a m é l i o r a t i o n d e s m é t h o d e s d e s t a n d a r d i s a t i o n d e l ’ e f f o r t
de pêche
u t i l i s e e s d a n s l ’ a p p r o c h e p l u r i s p é c i f i q u e c o m p t e t e n u
d e l ’ é v o l u t i o n e n c o u r s d e l a f l o t t e glaciere;
- mei 1 leure
m a î t r i s e d e l ’ é v o l u t i o n q u a n t i t a t i v e e t
q u a l i t a t i v e
des
r e j e t s
pour
une
mei 1 leure
m a î t r i s e
determination des parametres dynamiques des stocks.
.a&-- ufm”es
- Finalisation de l’application
du modéle multiplicatif avec prise en
compte des statistiques de 1990.
- Exécution de la campagne (saison froide) d’evaluation des ressources
profondes par chalutage et de la campagne de chalutage d’étude des
variations
nycthémerales
d ’ a b o n d a n c e d e l a
c r e v e t t e Zwaw
..6ma
- Finalisation de l’étude des rejets de la pêche chalutiére profonde
espag noie.

43
DIFFUSION OES CONNAISSANCES
ENCADREMENT DE STAGIAIRES.
Dji by THIAM,
Encadrement de M. Anibat Medina, biostatisticien de
I’INlP (Cap Vert) sur la methode de traitement des données de peche e t
utilisation de l’outil informatique pour l’analyse statistique: 19 Août - 19
Octobre 1991.
ENSEIGNEMENT DISPENSE
Modou THIAM. - Cours aux observateurs sur les méthodes d’estimation
des captures à bord des chalutiers de pêche commerciale.
14 Juin, 19
Juill:et et 29 Octobre 1991.
GROUPES DE TRAVAIL, SEMINAIRES, CONFERENCES.
- Djiby THIAM.
Participation au séminaire CIEL sur la “recherche
interdisciplinaire et la gestion des peches : I’Approche système. Casablanca
27 mai-16juin 1991
- Djiby THIAM. Participation a la Conférence Ministérielle des Pêches
des pays riverains de l’Atlantique, du Maroc à l’Angola (l-5 juillet 1991).
- Modou THIAM.
Séminaire sur les enjeux de la gestion de f’ISRA.
Dakar, 18 au 22 Février 1991.
- Modou THIAM.
Séminaire sur les procédures administratives,
financiéres et comptables de I’ISRA. Bambey, 13 et 14 Mars 1991.
- Alain
CAVERIVIERE, Reunion
statutaire
a n n u e l l e d u
Consei I
International pour I’Exploration de la Mer, La Rochelle (France), 26 au 30
septembre 91.
HISSIONS DE TRAVAIL A L’ETRANGER.
- Djiby THIAM. - Mission en Guinée Bissau du 28 sept. au 18 oct.
(finance par CECI/CIEO) pour une évaluation des ressources halieutiques
sur les petits fonds de l’archipel des Bissagos, et une assistance aux
chercheurs pour l’utilisation de l’outil informatique et la mise en place d’une
méthodologie de travait en mer.
- Djiby THIAM.
- Mission en Guinée Bissau du 21 nov. au 16 dec.
(finance par FAO) pour analyser des donnees du premier recensement cadre
et proposer un systéme de collecte des données de la
pêche artisanale
maritime en Guinée Bissau.
- Modou THIAM. - Mission à Banjul (Gambie) du 02 au 10 Janvier 1991
sur les possibilités de coopération
scientifique entre
le CRODT et le

44
“Fi$heries Department” dans les domaines de l’évaluation des ressources
(campagnes), d’études speclfiques (poulpe, seiche, rouget, etc) et des
statistiques de pC?che industrielle notamment.
- Modou THIAM. - Mission a Banjul (Gambie) du 02 au 09 Juin 1991
sur la faisabilite d’une campagne d’évaluation des stocks de crevettes
cotieres du plateau continental gambien par le CRODT, la définition
d e s
termes de réference, la méthodologie et l’estimation des coûts de I’operation.
- Modou THIAM. - Mission au siege de I’ISNAR (La HAYE, Hollande) du
07 au 22 Décembre 1991 sur les méthodes d’évaluation des performances du
personnel dans les entreprises.

45
NOTES, PUBLICATIONS ET RAPPORTS
ANON. 1991. -
Note de la Direction des Recherches sur les Productions
Halieutiques sur l’implantation des navires cor&ns au Sénégal..,.Dfxz,,,...1~.~.
,x-ci%aL 5 P*
ANON. 1991.
- La situation des ressources halieutiques en 1991 et
recommandations en matière de gestlon. ..m.!XQQX, 8 p.
BAKHAYOKHO (M.), THIAM (M.) et al., 1991.- L’embarcation “Nauticus” : unité
artisanale ou industrielle? ..~~~~!&,l+,..,XZ.X2~,
21 pm
CAVERIVIERE (A.) et THIAM (M.), 1991.- Les campagnes de chaiutage de fond
du N/O Louis Sauger.
Etudes sur l’échantillonnage et les traitements
statistiques pouvant être étendues à l’Atlantique Intertropical Est.
Centre Rech.Ocdanogr.Dakar-Thiaroye, Doc.scient., no 131, 48~.
CAVERIVIERE (A.), THIAM (M.) et SYLLA (A.), 1991.- Rapport de la huitième
campagne de chalutage stratifié sur le plateau continental sénégalais
(10 - 200 m). N/O LOUIS Sauger (18 mars au 04 avril 1991). Cent. Rech.
OcESanogr. Dakar-Thiaroye, Arch., 133~.
CAVERIVIERE (A.), 1991. Some methodological considerations on traw l surveys
carhd
out i t-t
West Africa.
.bkrenaL .,.... ili~!~&ti,Wz..-~~ ..,. 13me~, ,... G&
l!rnf.-L 33P.
CAVERIVIERE (A.), t991.
L e s e f f e t s d e l ’ e x p l o i t a t i o n s u r l e s d i f f é r e n t e s
composantes des peuplements. Réunion sur les Peuplements marins,
Paris, 20 - 21 Juin 1991.
CAVERIVIERE (A.) et THIAM (M.), Estimation du niveau d’exploitation des
stocks démersaux du plateau
c o n t i n e n t a l s6négalais à p a r t i r d e s
campagnes de chalutages stratifids (1986 - 1991). (en cours).
CAVERIVIERE (A.), THIAM (M.) et SYLLA (A.), 1991.- Rapport de la huitiéme
campagne de chalutage stratifié sur le plateau continental sénégalais
(10 -
200 m&tres) & bord du N/O Louis Sauger (18 Mars au 4 Avril
1991) ; CRODT, Archive, 133~.
T H I A M (M.), 1991.-
Note sur les stratégies de pêche des crevettiers
sén$galais. Dot. int. CRODT, 9p.
THIAM (M.), 1991.- Note sur les rejets des chalutiers de pêche ddmersale
côtière opérant au Sénégal. .,..G&XU+~t$p,
THIAM (M.), l991.- Note sur la rbpartition spatio-tem,porelle des chalutiers de
pêche démersale c&iére au Sénégal. QQ!&....~K&G&X& 6 p.
THIAM (D.), 1991. -
La pêche des crevettiers espagnols au large de la
Guinée Bissau, de la Guinde et de la Sierra Leone ; .i~,....Qr
..~~Y-‘~~~~“~.~Y~~~l~~~l.

46
AUTRES DOCUMENTS
THIAM (M.), SENE (L.), 1991.-
Contri bution h t’éval uation des performances
du personnel de l’Institut Sénégalais de Recherches Agricoles; in:
Rapport pr&iminaire du séminaire-atelier sur les enjeux de I’ISRA,
“fJw 17p.
THIAM (M.), SENE (L.), 1991. - Enjeux et perspectives des ressources
humaines de I’ISRA; in: Plan de redressement de...~.&&...XX& 9 p.
THIAM (M.), SENE (L.), 1991. -
Projet de programme de coopération entre
I¶ISRA et I’ISNAR dans le domaine des Ressources Humaines.
THIAM (M.), SENE (L.), 1991. - Avant-Projet de Réglement d’EtabIissement de
l’Institut Sénégalais de Recherches Agricoles, u..m 14 p.
THIAM (D.), K E B E (M.) e t L e F U R (J.), 1 9 9 1 . - Rapport d’évaluation de
l’avant-projet de recherche sur la modblisation de la pêche artisanale
sénégalaise (MOPA).
RAPPORTS DE MISSION.
- Modou THIAM.
- Aide-mémoire sur la mission effectuée h Banjul
(Gambie) du 02 au 10 Janvier 1991 sur les possibiIit& d e c o o p é r a t i o n
scientifique entre le CRODT et “Fisheries Department”.
- Modou THIAM.
- Rapport de la mission effectube à Banjul (Gambie)
du 02 au 09 Juin 1991 sur la faisabilitts d’une campagne d’évaluation des
crevettes en Gambie.

PROGRAMME PECHE ARTISANALE

4 7
P R
E PECHE ARTISANALE
JUSTIFICATION
La pêche artisanale assure les 2/3 des mises & terre du SénBgal et
contribue pour une trés large part à la couverture des besoins alimentaires
protéiques des populations.
Elle participe également a l’équilibre de la balance commerciale car elle
contribue pour plus de 45 % à l’approvisionnement des usines d’exportations
des produits de la pêche. Par ailleurs, en raison de la s&heresse, l e s
populations rurales se tournent de plus en plus vers la mer augmentant
ainsi l’effectif dejà important des artisans pêcheurs et des emplois liés h la
p&Re.
En raison des priorités accordées par ies Pouvoirs Publics au
développement rurai et donc a celui de la pêche artisanale, une étude des
modes de gestion
rationnelle des ressources de la zone c&ière, d e s
méthodes
d’aménagement des
pêcheries artisanales
et des voies de
développement de ce sous-secteur s’impose.
MOYENS HUMAINS
M. BAKHAYOKHO
: ISRA
Biologiste des p&he
Coordonnateur du programme
M. BARRY GERARD
: ISRA
Biologi#ste des pêches
A. SAMBA
: ISRA
Biologiste des pêches
J. FERRARIS
: ORSTOM Bio-statisticienne
J. LE FUR
: ORSTOM ModBI isateur
OPERATIONS DE RECHERCHE
w-1 : Etude de la pêche artisanale sur la c8te Nord
QoératisnZ : Etude de ia pkhe artisanale au Cap-Vert
-3 : Etude de la pkhe artisanale sur la Petite Côte
,($&ératian,4 : Etude de la prclcision des statistiques de pkhe et
recherche de modeles d’8valuation des ressources
exploitables par la p&he artlsamale
gaération_. : Technologie des engins de p&he
Q-,5 : Modélisation de la pêche artisanale au Sénégal

4 8
RESULTATS OBTENUS EN 1991 POUR L’ACTION 1
DES OPERATIONS l-Z-3
L’année 1991 a éte consacrée a la structuration de la base de donnees
de pêche artisanale. Celle-ci a consisté a :
- une révision de la chaîne de traitement informatique des
données de pQche artisanale avec :
- contrôle de la qualité des données
- correction de la base de donnees
- production d’un
résumé
statistique
des
données
mensuel les
(efforts et rendements)
- Elaboration d’une nouvelle base de donnees.
- une révision et une optimisation du système d’enquête
et de codification des données de pêche artisanale.
Les statistiques de pêche pour l’année 1989 ont été corrigees mals
non encore pub I ides.
Les premiers résultats montrent que par rapport à 1988 la production
totale n’a pratiquement pas varie (augmentation de 2 %) on observe une
stabilité des captures à Saint-Louis ; une legère augmentation a Kayar, Yoff
et Joal et une dlminution relativement importante à Ouakam, Hann et Mbour.
A Soumbédioune, la baisse des débarquements est d’environ 16 %. On note
au niveau de la composition des prises une forte augmentation des
sardinelles ainsi que plus de 6000 tonnes de poulpe pêchées sur la Petite
Côte.
Les statistiques de 1990 ont été codees et saisies et sont en cours
d’analyse alors que,
seules, celles du premier semestre de 1991 ont eté
saisies.
Les recensements du parc piroguier sénégalais et des infrastructures
l i é e s a la p&che o n t ete e f f e c t u é s c o m m e c h a q u e a n n é e e n a v r i l e t
septembre. C’est ainsi qu’en 1989, 3730 pirogues ont eté dénombrées en avril
contre 4094 en septembre ;
cette hausse est dûe au retour massif des
pêcheurs saint-louisiens venant de la Mauritanie. Les donnees de 1990 et
1991 ont eté saisies mais non encore traitées.

4 9
OPERATION N’ 1 : ETUDE DE LA PECHE ARTISANALE
SUR LA COTE NORD
DESCRIPTION
Cette opération comprend 4 actions de recherche :
- collecte
et traitement
d e s s t a t i s t i q u e s d e
p ê c h e
artisanale,
- description de la peche artisanale;
- analyse des données de pêche (artisanale et industrielle)
d’environnement et d’économie,
- etude
d e s
interactions
p ê c h e
artisanale-p&ohe
industrielle.
Le responsable de l’opération,
Alassane SAMBA est toujours en
détachement auprès du projet PRO-PECHES/ATEPAS.
Seul le suivi de l’action
1 a 6th assuré par J. FERRARIS.
Pour les résultats se reporter au chapitre 1.

5 0
OPERATION N” 2 : ETUDE DE LA PECHE ARTISANALE
AU CAP-VERT
1. DESCRIPTION
Cette opération de recherche comprend les actions suivantes :
- collecte
et traitement
d e s s t a t i s t i q u e s d e
p ê c h e
artisanale,
- étude de la migration des principaux stocks de poisson
à travers la barrière constituée par l’ensemble Presqu’île du Cap-Vert fosse
de Kayar,
- étude des inter-relations entre la peche artisanale et la
p ê c h e i n d u s t r i e l l e .
2. RESULTATS OBTENUS EN 1991
Pour les résultats relatifs à cette action se reporter au chapitre 1.
Dans le cadre d’un contrat de sous-traitance entre le CRODT et le
projet PRO-PECHES/ATEPAS, un document intitulé “étude de l’exploitation
des ressources C&i&res s6negalaises par les unités de pêche artisanale” a
et6 produit. Ii fait le point sur f’expioitation des ressources et la rentabilité
des principales unités de pêche qui utilisent la ligne, le filet dormant, la
paiangre, le casier et le trémall. Ce document propose des perspectives de
developpement aussi bien de ces types de pêche que d’autres engins.
Par ailleurs, à la demande du Développement, une étude a Bté mer&e
sur les conséquences de l’introduction de l’embarcation “NAUTICUS” dans
les pêcheries sénégalaises (artisanale ou industrielle). Ii est apparu à l’issue
de cette étude, qui a tenu compte des aspects techniques, biologiques et
socio-économiques, que l’embarcation
“NAUTICUS” s’apparente davantage à
un navire de type industriel qu’a une embarcation de type artisanal.
Dans le cadre de cette action de recherche, un stage de 3 mois (avril
à juin 1991) a été effectué au laboratoire de génétique des populations
marines exploitées de l’Institut Maurice Lamontage (Rimouski-Canada). Il a
permis une initiation aux techniques d’éiectrophorese des protéines ainsi
qu’une recherche bibliographique tres approfondie sur les migrations de
poissons et les barriéres écologiques. Un rapport de stage a été rédige.

5 1
En outre, depuis octobre 1991,
un dispositif de collecte de données
biométriques et de reproduction a été mis en place à Kayar, Yoff,
SoumbBdioune et Mbour. C’est ainsi que 71 échantillons de Epinepfx~lus
aenus e t 7 5 7 d e Page2 l u s beltlot Ci ont ét4 m e s u r é s e t l e s d o n n é e s
saisies,
Le démarrage effectif de cette action est lié B la structuration de la
base de données.

5 2
OPERATION N’ 3 : ETUDE DE LA PECHE ARTISANALE
SUR LA PETITE COTE
1. DESCRIPTION
L’operation comprend trois actions :
- collecte, traitement et exploitation
des données de la
pêche artisanate effectuée à l’aide d’engins autres que le filet maitlant
encerclant et la senne tournante,
- étude des &phalopodes,
- étude des interactions entre la pêche artisanale et la
pêche industrielle.
2. RESULTATS OBTENUS EN 1991
Pour l’action 1 se reporter au chapitre 1.
Pour l’étude des céphalopodes une campagne de chalutage a eu lieu
du 07 au 16 avril 1991. Des marquages de seiches et de poulpes ont
effectués ainsi que des études de leur répartition.
L’exploitation des
donn6es est en cours.
Par ailleurs, les études sur la seiche et la technologie des engins
(notamment du casier pliant à seiche) qui ont 6th menées jusqu’en 1991 ont
fait l’objet d’une synthèse qui a remporté le premier prix du Prisident de la
République pour les sciences.
Le responsable de cette optkation de recherche, M. BAKHAYQKHO a
également étb impliqué dans l’étude menée sur l’embarcation “Nauticus” ainsi
que dans celle effectuére dans le cadre du contrat de sous-traitance entre
le CRQDT et le projet PRO-PECHE/ATEPAS. Pour les résultats, relatifs à ces
deux études se reporter a l’opération 2.

5 3
OPERATION N’4 : ETUDE RE LA PRECISION
DES STATISTIQUES DE PECHE ET RECHERCHE
DE MODELES D’EVALUATION DES RESSOURCES
EXPLOITABLES PAR LA PECHE ARTISANALE
1. DESCRIPTION
Cette opération dont Mme FERRARIS devait assurer la responsabilité
n’a pas été menée telle que définie en raison des difficultés de définition du
contenu de
son programme de recherche avec le coordonnateur du
programme Pêche Artisanale. Ces difficultés qui étaient IiBes au problème de
l’évaluation des ressources exploitables par la pêche artisanale ont été
Por%es au devant de la communauté scientifique du CRODT ; ce probléme
devrait trouver une solution dans l’organisation d’un groupe de travail
international.
Par conséquent,
les actions menées par Mme FERRARIS en 1991 sont
les suivantes :
- structuration de la base de donntses de pêche artisanale
I
- analyse du système d’enquête ;
- &ude des stratégies de pC4che et modelisation ;
- collaboration et service statfstique.
2. RESULTATS OBTENUS EN 1991
Pour les actions 1 et 2 cf. chapitre 1.
Pour l’action 3, les résultats obtenus sont :
- Mise en place d’un suivi d’unités de p&he (150 UP
issues de la Grande Côte) réparties dans 7 points de ddbarquement.
Planification des feuilles d’enquêtes (fiche pêcheur, fiche activité, fiche
effort), du systéme de codage et du traitement de données.
- Développement
d’une
démarche
méthodologique
statistique pour t’étude des tactiques et stratdgies de pêche des pirogues
moteurs lignes de Kayar en 1989.
- Rçlvision et réactualisation du modele de simulation de ta
pêche artisanale proposé par LALOE et SAMBA (1989). Un nouveau logiciel en
Jangage C a été dBveloppé à I’ORSTOM Montpellier dans le cadre de ce
programme de recherche, version conviviale implantée au CRODT.
- Collaboration au projet MOPA : Modélisation du systeme
“pêche artisanale”.

54
En ce qui concerne t’action 4, un appui a étt! apporté :
- au Programme “Sine-Saloum” : Traitement statistique des
données de recensement, développement de programmes SAS.
- au Programme “Environnement” : Etude comparative de
méthodes de conservation dans l’analyse chimique d’éléments nutritifs.
- au Programme “Pêche thoniére” : Etude statistique de la
flottille des senneurs FIS de l’Atlantique-est,
Par ailleurs, des consultations statistiques ont éte faites pour :
- Mme NDOYE (DG-ISRA) sur le logiciel STATITCF ;
- Mr, NDIAYE (DRPV-Saint-Louis) sur le logiciel SPA0 et
l’analyse en composantes principales.

5 5
OPERATION N’ 5 : TECHNOLOGIE DES ENGINS DE
PECHE ARTISANALE
1. DESCRIPTION
Cette opération comprend 2 actions de recherche :
- étude technico-économique de fa pêche 8 la palangre à
l’aide de vire-ligne ;
- suivi de la pêche au casier pliant.
2. RESULTATS OBTENUS EN 1991
En ce qui concerne ces 2 actions de recherche, l’année 1991 a été
consacrée a des tests en milieu pêcheur afin d’effectuer des comparaisons
entre ces nouvelles techniques de pêche et celles utilisées habituellement
par les pischeurs artisans.
les résultats obtenus sont en cours d’exploitation.

5 6
OPERATION N’ 6 : MOOEIISA-iX3N
DE LA PECHE ARTISANALE AU SENEGAL
1. DESCRIPTION
Il s’agit d’une étude méthodologique pluridisciplinaire du système
pêche artisanale au Sénégal. Elle consiste en l’élaboration, d’après l’ensemble
des connaissances déj& acquises au CRCDT, d’un modèle décrivant les inter-
relations
entre les divers éléments de l’ensemble du systéme pêche
artisanale au Sénégal (environnement Ecologique, biologique, économique,
social et politique). En se focalisant sur les
repenses adaptatives des
différents acteurs, on tente de mettre en Evidence et de représenter les
facteurs à l’origine de la variabilité constatée dans la dynamique du
système. Le modèle exploite les potentialités de l’intelligence artificielle et se
présente pratiquement sous la forme d’un systeme expert.
2. RESULTATS OBTENUS EN 1991
En 1991, quatre pôles principaux d’activite ont été suivis :
- conceptualisation du modèle et rédaction d’un rapport
de présentation du projet ;
- enquêtes de terrain
a intervailes r é g u l i e r s s u r l e s
plages de débarquement et confrontations entre chercheurs pour déterminer
les exemples concrets sur lesquels appuyer la modélisation ;
- formations
complémentaires (informatique, systemique,
statistique) ;
- mise en place et Bvaiuatlon des premières versions
(prototypes) du modéle
: une premier-e version pour les simulations à court
terme,
appliquée à la représentation des tactiques de vente des mareyeurs ;
une deuxième version pour les simulations à moyen terme, appllquee B la
repr&entation des choix stratégiques des pêcheurs lors des passages inter-
saisons,

57
BILAN ET DIFFICULTES RENCONTREES EN 1991
PERSPECTIVES 1992
Le programme a accusé un retard Important dans la publication des
statistiques annuelles pour deux principales raisons :
- la structuration de la base de données de pêche
artisanale
a pris
beaucoup plus de temps que prévu à cause de
l’hétérogénéité des donnbes au cours des ans (plus de 15 ans de donnkes)
mais surtout h cause du manque de disponibilité de! personnel technique qui
est impliqué, par ailleurs dans les tâches de routine (enquêtes de terrain) ;
- l’insuffisance de personnel qui est aggravée par la mise
en disponibilith d’un chercheur et d’un technicien d,u programme.
En ce qui concerne l’étude des migrations, l’année 1991 a vu le
dbmarrage effectif d’une étude sur la biométrie et la reproduction de
Pageflus bellattii et fpinephelus aeneus.
L’Btude menée sur la seich et la technologie des engins de pêche,
notamment du casier pliant a remporté le premier prix du Président de la
république pour les sciences.
S’agissant du projet MOPA, qui est un projet conjoint ISRA/ORSTOM, ii
a fait l’objet d’une évaluation concertée au niveau du CRODT sur son int&-êt
et sa faisabilité. Le lancement du projet a donc été retenu. Le calendrier
prévu a été relativement bien respecté en 1991. L’&aluation des prototypes
a cependant conduit B revoir, d’un point de vue strictement technique,
certaines approches et h abandonner une partie du travail déjà réalisé, ce
qui peut se
révéler pénalisant vis h vis du cakndrier fixi! pour 1992. Au
terme de I’ann& 1991, l’approche proposée ne sembl,e pas devoir être remise
en cause.

La poursuite du travail en 1992 devrait oermettre d’avancer dans
I’étaboration du modele sans modifications majeures par rapport à ce qui est
prévu. La réalisation ou non d’une extension matérielle (informatique) et de
l’accueil de stagiaire n’aura de consdquences que sur la progression plus ou
moins rapide du projet.
Par
ailleurs, les chercheurs du programme ont fait l’objet de
sotlicitations de la part du Développement, notamment dans le cas de
1 ‘embarcation
“NAUTICUS” et du projet PRO-PECHE pour la mise en place de
son plan d’action.
Enfin, pour l’opération 4, l’idée retenue est d’organiser un groupe de
travail sur la recherche de modèles d’bvaluation des ressources exploitables
par la pêche artisanale au début de 1993.
Concernant les perspectives pour 1992, il a Btts retenu de mener les
actions suivantes :
- suivi de la collecte et du traitement des statistiques
de pêche;
- finalisation de la structuration de! la base de données de
pêche artisanale ;

58
- mise en place d’une base commune de données pour
l’ensemble du CRODT ;
- analyse statistlque des données de pêche artisanal
structurées en base unique ;
- préparation
des données de pêches artisanale et
industrielle en vue du groupe de travail sur I’evaluation des ressource
exploitables par la pêche artisanale ;
- étude de I’evolution des captures, rendements et poids
moyens en fonction de la latitude.

59
DIFFUSION DE CONNAISSANCES
1. ENCADREiMENT DE STAGIAIRES
1 ENCADREURS STAGIAIRES
SUJET
DATES
Ramadan SARR Hodelisation du comportement du
Octobre 90
informaticien pkheur artisan de Joall et à l'ai-
i#
de l'IA1
de de generateur du systeme expert février 91
"SNARK OPEN". Développement d'une
chaîne informatique d"interroga-
tion de la base de donnees peche
artisanale
Anibal MEDINA Collecte, traitement dk donnees de 19 Août
biologiste de pkhe, programmation informatique au 19
1’INIP (Cap-
et metholologie statistique de
Octobre 91
Vert)
base
I J. LE FUR
Ramadan SARR Developpement de l'interface
Octobre a
Informaticien graphique du projet WPA et con-
Décembre
de 1’IAI
ception d'une méthode de représen- 91
tation des tactiques et stratégies
des pkheurs dans le modele
lM. BAKHAYOKHO Hamadou FALL Memoire d'ingénieur de 1'ISSTH Janvier à
mars 91
M. BAKHAYOKHO Louis Malave
Etude du systeme d'enquêtes en
08 avril
DA FONSECA
p8che artisanale
au Cl8 mai
M. BAKHAYOKHO Vidot BEVEN
Etude de la pêche artisanale mari- 16 janvier
time senegalaises, méthodologie
au
d'enqugrtes et de traitbment de
15 avril
donnees

60
2. PARTICIPATION A DES SEMINAIRES, GROUPES DE TRAVAIL, REUNIONS
SCIENTIFIQUES
J . FERRARIS
G r o u p e d e t r a v a i l O R S T O M
J . FERRARIS
S é m i n a i r e O R S T O M S E M I N F O R V
S e p t e m b r e 9 1
t r a t i v e s e t
FORMATION
1 P A R T I C I P A N T S 1
REFERENCES
1 DATES
1
IM. B A R R Y - G E R A R D [ C o u r s s u r l e l o g i c i e l S A $
I M a r s 9 1
I
t
t
1
I
1
J . L E F U R
M a r s 9 1

6 1
NOTES, RAPPORTS ET PUBLICATIONS
1. COMMUNICATIONS A DES COLLOQUES
LE FUR (J.), 1991.- Mise en oeuvre de l’analyse systémique pour l’étude de
la pêche artisanale
: apport des systèmes experts. Communication au
sémi nai re
CIE0 s u r
“Recherche pluridisciplinaire et gestion des
pêcheries” Casablanca/Maroc (31 mai au 10 juin 91).
BARRY GERARD (M.), BAKHAYOKHO (M.), LALOE (F.), SAMBA (A.), DIADHIOU
(H.), LEVENEZ (J.J.), i99i.-
Hétérogénéité et variabilité de la pêche
artisanale : méthodologie d’étude de l’activité de pêche et mortalité
induite. & :
“La Recherche face à la pêche artisanale “, Symp. Int.
ORSTOM-IFREMER, Montpellier France, 3-7 juillet 1989. J.R. DURAND, J.
LEMOALLE et J. WEBER (eds.) Paris, ORSTOM, 1991, t. II : 551-558.
FERRARIS (J.) et SAMBA (A.), 1991.-
Variabilité de la peche artisanale
sénégalaise et statistique exploratoire. SEMINF;OR 5, ORSTOM, septembre
1991, Montpellier.
2. DOCUMENTS EDITES PAR LE CRODT
CRODT, 1991.- Statistique de la pêche maritime s8négalaise en 1989. Archive
Cent. Rech. Océanogr. Dakar-Thiaroye (sous presse).
FERRARIS (J.), BAKHAYOKHO (M.), NIANG (F.), FAYE (M.) et NDIAYE (I.),
1991.- Analyse statistique du parc piroguier de Joal et etude de la
mixité des engins de peche :
cas de juin 1888. Archive (à paraître).
Cent. Rech. Oc&inogr. Dakar-Thiaroye.
FERRARIS (J.), FONTENEAU (V.), FONTENEAU (A.) et DIOUF (T.), 1991.-
Analyse statistique de la variabilité de la flottille des senneurs FIS de
l’Atlantique-est. Groupe de travail statistique-thon. ORSTOM, juillet
1991, Paris.
DEME-GNING (I.), NDOUR (C.), FERRARIS (J.), 1991.- Comparaison de trois
méthodes de conservation en vue de I’analy$e des sels nutritifs (a
paraître), Cent. Rech. Oceanogr. Dakar-Thiaroye.
BARRY-GERARD (M.), 199l.-
M i g r a t i o n s e t b a r r l è r e s tloologiques : c a s
particulier du Sénégal. Rapport de stage.
KEBE (M.), BAKHAYOKHO (M.) et BARRY-GERARD (M.), 1991.- Etude de
l’exploitation
des ressources côtières stsnégalaises par les unités de
pêche artisanale. Contrat PRO-PECHES/ATEPAS.
BAKHAYOKHO (M.),
THIAM (M.), BRENDEL (R.), BARRY-GERARD (M.) et
DIADHIOU (H.), 1991.-
L’embarcation “NAUTICUS” : Unité artisanale ou
industrielle ? Document a l’attention du Développement.
LE FUR (J.), 1991,- Initiation (enquête et présynthése) d’une micro-8tude
sur les déterminants et les conséquences des conflits en pêche
artisanale.

6 2
LE FUR (J.), 1991.- Projet MOPA : Etude pluridisciplinaire du systéme pêche
artisanale au Sénégal
: l’intelligence artiflci&Jle comme nouvel outil de
compréhension et d’aide à la décision pour la gestion de la pêche
artisanale. DO~. muitigr. 30 p,
3. DOCUMENTS NON EDITES
THIAM (D.), LE FUR (J.), 1991.- Compte rendu de ia réunion multisectorielle
e t multidisciplinalre
de réflexion
sur le thème : problèmes de
l’évaluation des ressources en pêche artisanale, rap. int. CRODT,
16/07/91, 7 p.
LE FUR (J.), THIAM (D.), KEBE (M.), 1991.- Evaluation du projet MOPA :
rapport de synthèse des évaluations ; rap. int. CRODT, août 1991, 5 p.
4. DIVERS
- Planification et animation des expos& hebdomadaires du CRODT par J.
FERRARIS.
- Expas4 d e J. FERRARIS et A. SAMBA au CRODT sur : “Variabilit4 de la
pêche artisanale sér&galaise et statistique exploratoire” (8 octobre
1991).
- Réunion conjointe entre les programmes Pêches Artisanale, Pêche Pélagique
C1Stière et Socio-économie en vue de l’harmonisation des systémes
d’enquhtes, 8 mai 1991, CRODT, Dakar (Sénégal].
- Reunion multisectorielle et multidisciplinaire de réflexion sur le th&me :
problème de I’itvaluation des ressources en pêche artisanale, 19 juin
1991,
CRODT, Dakar (SBnégal). Projet d’orgapisation d’un groupe de
travail en 1992 (BAKHAYOKHO M., FERRARIS J. $t FONTENEAU A.).
- Réunion préparatoire journée “Mer ouverte” à Joal.

PRtlGR4WME ENVXRONNEMENT

6 3
E E~VI~EME~T
JUSTIFICATION -OBJECTIFS
L a
production halieutique représente une part importante dans
l’économie senégalaise de par son apport en devises mais aussi de par sa
contribution en sources de protéines dans l’alimentation des populations. De
ce fait, une bonne gestion des ressources haiieutlques est prlmordlal pour
le Sénegal et pour cel8, une bonne connaissance’de sa variabilité liée aux
fluctuations du milieu.
L’objectif du programme environnement est de
decrire les difftsrents paramètres du milieu et leurs fluctuations et 8 terme
d’arriver à les modéliser de façon B prilvoir les changements et leur
répercussions sur la ressou t-ce.
MOYENS HUMAINS
I.DEME GNINGUE : ISRA - Chercheur chimiste
coordonnateur du programme
6. DIAW
: ISRA - Chercheur physicien
C. NDOUR
: ISRA - T e c h n i c i e n s u p é r i e u r c h i m i s t e
D. TOURE
: ISRA - Chercheur physicien Directeur du
departement s u r l e s p r o d u c t i o n s
h a l i e u t i q u e s e t D i r e c t e u r d u CRODT
OPERATIONS DE RECHERCHE
Q~)ERAI..I..rn”.,t. * - S u r v e i l l a n c e e n r o u t i n e d u l i t t o r a l .
QPwm..2 9 - CIRSEN: circulation et mécanismes de
production dans la zone maritime du
Sénegal .
Physico-chimie et dynamique du
QmTAm;
l -
phytoplancton dans l’estuaire du Saloum.
.Qf?ElXA~~~4 w - Production primaire dans 1 ‘estuaire du
f l e u v e S é n é g a l .

64
OPERATION N’l : SURVEILLANCE EN ROtJT?NE DU LITTORAL
l.- DESCRIPTION :
La collecte des données de température, salinité et chlorophylle est
faite quotidiennement aux stations de Yoff et Thiaroye. Les pr&èvements
d’échantillons pour le dosage des sels nutritifs est effectuée de façon
hebdomadaire à Yoff et Gorce essentiellement à cawe des difficultés d’accès
de Garée.
2.- RESULTATS OBTENUS :
Les premiers resultats obtenus avec cette action confirment ceux
antérieurs (Oudot et Roy, 1998) quant à la relation température-nitrate ; en
effet, en 1991, celle-ci donne une droite de forte pente négative entre 16 et
21 “C à Yoff et Garée, h Thiaroye, les données de nitrate n’ayant pas été
coi iectées.
En 1990, les prelevement ayant commencé en octobre, seules les
données du dernier trimestre sont disponibles. A Gar$e, celles-ci confirment
la relation température-nitrate avec une pente plus faible, ta limite de la
droite &ant à 24-C. Par contre, B Yoff, la pente de ta droite est positive
mais te peu de données disponibles ne permet aucune affirmation.
Les
diagrammes T-S
(température-salinitd) d e 1 9 9 0 m o n t r e n t à
Thiaroye t’existante de deux masses d’eau:
une à basse temperature. (16-
21°C) et faible salinitts (35.4-35.7) et une seconde plus chaude (23-30°C) et
plus salée (35.7-36 g/i). A Yoff et Gorce, la séparation est moins nette
néanmoins, les eaux froides paralssent moins salées.
En 1991, les diagrammes T-S montrent que tes eaux froides ont
partout des salinités voisines de 35,7 g/l et les eaux chaudes des salinités
dispersées entre 34.5 et 37 g/i.
A Thiaroye, en 1990, la relation température-chlorophylle présente une
figure analogue & celle de la température-nitrate avec une droite à forte
pente négative entre 16 et 21 ‘C, laissant supposer une liaison directe entre
température et quantité de biomasse phytopianctonique. Cependant, les
résultats obtenus aux stations de Gorée et Yoff pendant la miESme période
infirment cette hypothése. En 1991,
la relation chlorophylle-température
reste ta même que celle de 1990 a Thiaroye; à Yoff et Gorée, le maximum est
observée en eaux froides mais les concentrations sont plus dispersées. Cette
situation s’expliquerait par i’existance à Thiaroye d’une forte biomasse de
macrophytes en période froide dont une partie des chlorophylles dosee en
meme temps que celle du phytoplancton influencerait beaucoup sur cette
relation en minimisant la variabilite des concentrations remarquGe aux autres
stations.La relation salinité-chiorphytle en 1991, montre que ta biomasse est
maximale à 35.7 g/i, salinité correspondant à la moyenne des eaux froides de
cette année pour tes trois stations.

6 5
Ces resuitats obtenus entre 1990 et 1991, montrent donc que si l’on
considère les facteurs conservatifs de l’eau de mer (température et salinité),
la station de Thiaroye est aussi valable celle de Yoff ou Gorce pour indiquer
l’évolution
des masses
d’eau.
Cependant,
i i s e m b l e q u e l e s a s p e c t s
relationnels entre ces paramétres et d’autres chimiques ou biologiques
comme la biomasse soient affectes par des facteurs externes pouvant fausser
t’interprétation des phénoménes. Pour cela, le mantien de la station de
Thiaroye pourrait se justifier par son accessibilité qui permet d’ obtenir
une plus vaste gamme de données afin d’appréhender les variations de
basse fréquence en même temps que Garée qui servirait de reférence.
Un article sur “l’étude comparative de trois méthodes de conservation
des echantiiions d’eau en vue de l’analyse des sels nutrifs” est soumis au
comité de lecture.
l.- DESCRIPTION :
Cette action démarrée depuis des dizaines d’années a permis la
constitution d’une grande base de donnees
regroupant l’ensemble des
caractéristiques physiques recueillies sur les six stations cotières du CRODT
réparties le long du littoral ainsi que celles de vent fournies par la
mét4oroiogie nationale. Elie a permis aussi
la publication de nombreuses
archives de données d’upweiiing
2.- RESULTATS OBTENUS :
Le fichier de l’ensemble des données a été revu, corrigé et complet6
pour certaines années.
Un problème au niveau du programme de traitement
a retardé la publication des archives de données. Cependant, celui-ci est en
voie de résolution avec l’aide du BUREAU CALCUL et les principaux
graphiques de temperature et salinité ont été reaiisés pour les années 1987,
1988 et 1989.

66
OPERATION N’2 : “CIRSEN”
l.- DESCRIPTION :
L’activité autour de cette opératlon est surtout “exploitation des
données”; la phase de collecte est terminée depuis 1988.
2.- RESULTATS OBTENUS :
L’archive des données brutes validées avec cartes et coupes des
différents paramètres est en cours de publication et un article sur “la
distribution et dynamique du phytopiancton ” est en cours de rédaction.
D’autres articles ont été publiés notamment dans les documents scientifiques
du CRODT (numéro 122) et dans le livre de Synt!hèse “pecheries ouest-
africaines: variabilité, instabilité et changement ” édité par Cury et ROY,
1991.

L’analyse des données de courantométrie nous a permis d’avoir des
précisions sur
la circulation des eaux. En effet, les courants decomposés en
composantes nord-sud et est-ouest montrent avec les diagrammes de
température et de courant sur la radiale 14”N une amorce de renversement
du courant nord-sud et un réchauffement très rapide au mois de mai, Les
profils de courants est-ouest montrent que les remontées d’eaux froides se
feraient par une veine entre 10 et 40 metres. Dans les petits fonds, il y
aurait deux courants inverses par le haut et le bas. A partir de juin tous
les
phénomènes seralent
l nversés. Le
courant
nord localisé au fond
remonterait en surface vers le large.
Le calcul du bilan thermique fait en partie avec les donndes anciennes
montre par ses résultats prtSliminaires,
que celui-ci est positif en saison
froide où l’on observe ses plus fortes valeurs contrairement qu’en saison
chaude, où les valeurs sont les plus faibles.
Deux documents sont en élaboration à partir de ces resultats en vue de
publication.

67
OPERATION N’3 :” PHYSICO-CHIMIE ET DYNAMIQUE
DU PHYTOPLANCTON DANS L’ESTUAIRE OU SALOUM”
l.- DESCRIPTION :
Cette opération démarrée en juin 1990,
constitue une partie d’un
programme pluridisciplinaire qui étudie
les différents aspects de l’estuaire
du Saloum.
Son principal objectif est de décrire les paramètres physico-
chimiques dans l’estuaire et de connaftre a moyen terme les mécanismes de
production du phytopiancton dans l’estuaire.
2.- RESULTATS OBTENUS :
La collecte et la validation des données est en cours; des sorties de
dix jours ont été effectuées tous les trois mois, du fait de problèmes fiés au
budget. Quelques unes des donnises obtenues ont été traitées et un article
intitui4 “variabilité spatio-temporelle des facteurs physico-chimiques dans
l’estuaire du saioum” a été publié dans le rapport annuei d I’EPEEC 1990 et
un second intitulé
“Distribution et variabilité saisonnier-e de la biomasse
phytopianctonique et des facteurs physico-chimiques dans l’estuaire du
Saloum” est soumis au comité de lecture du CROOT.
Les principaux
résultats qui
ressortent des donnees exploitées
montrent que l’hydrologie est similaire dans les deux bras du Diomboss et
du Saloum qui fonctionnent en estuaire inverse. Par contre, ii semble que le
fonctionnement soit plus çompiexe dans le bras Bandiaia, où on observe
parfois un fonctionnement d’estuaire normal.
Les sels nutritifs classiques
paraissent avoir un t-oie mineur dans les mkanismes de production du
phytopiancton, leurs
concentrations étant
trés fai bics
aux
saisons
caractéristiques. Par contre, la matière organique dissoute semble lice $ la
répartition spatiale et quantitative du phytoplancton et les concentrations
observées sont plus fortes que celles trouvées ailleurs notamment dans
l’estuaire de la casamance (Pages et Gadei, 1990).

68
OPERATION N-4 :” PRODUCTION PRIMAIRE DANS L’ESTUAIRE
DU FLEUVE SENEGAL”
l.- DESCRIPTION :
Cette action est localisée dans la partie aval du barrage de Diama
pour étudier la dynamique du phytoplancton dans cette partie de l’estuaire.
Des sortles de cinq jours ont été effectuées deux fois dans l’année.
2.- RESULTATS OBTENUS :
L’exploitation des données est en cours. Les données de production
semblent assez faibles par rapport a la quantité de biomasse recontrée. Une
vérification par une autre méthode sera faite dans le second trimestre de
l’année 1992.

69
DIFFICULTES RENCWTREES ET PERSPECTIVES.
Pour chacune des operations et actions de recherche, certains des
objectifs ont été atteints, Cependant, des difficuIt6s techniques ont parfois
empêché la r4alisation de tout ce qui était visé.
En ce qui concerne l’action sur “les stations cotieres” notamment
celles situbes hors de Dakar, l’acheminement des caisses de salinité a creé
beaucoup de difficultés, le suivi n’étant pas toujours régulier et ceci a
provoqué beaucoup de trous dans la collecte des données. Par ailleurs, cette
action traine depuis quelques années un
retard dans la publication des
a r c h i v e s d e donnees d u f a i t d e l ’ a f f e c t a t i o n d u c h e r c h e u r q u i
était
responsable.
Depuis la reprise par 6. DIAW,
ce probleme n’est pas encore
résolu du fait de difficultes rencontrées dans le programme de traitement
qui pr&sentait des rt-sultats comportant des erreurs. La correction de ce
programme a pris un certain temps a l’informaticien qui nous aidait dans ce
travail.
Cependant, les corrections ont effectuées et la publication des
archives sera faite dans un petit délai. Apres publication des archives, il
est envisagé de realiser un programme pour des traitements plus poussés.
Pour l’opération “CIRSEN”, les coupes et les cartes de surface ont été
entiérement réalisés en ce qui concerne la partie physico-chimie. Pour la
partie physique,
les trois derniéres campagnes ne sont pas encore traitdes
e t c e l l e d e 1988 n’est pas dans l’ordinateur.
Certaines difficultés sont
rencontées au niveau du programme de traitement pour les coupes et des
corrections sont nécessaires pour la suite des travaux. La publication de
l’archive sur les données “CIRSEN” attend la realisation de cette partie,
En ce qui concerne “la circulation et le bilan thermique”, les données
de courantomètrie sont des données historiques, collectées par différents
chercheurs pour des
buts specifiques à chacun d’eux. Ainsi, ces donnees
sont éparses dans le temps comme dans l’espace et des difficultés résident
dans la recherche de cohérence et de la méthodologie de traitement pour
aboutir à un meilleur schéma de circulation. Le projet “hydre-Cap-Vert” qui
sera mis en place par le programme comporte un volet courantométrie qui
permettra la réactualisation de nos connaissances sur la circulation.
En ce qui concerne “la production primaire dans l’estuaire du fleuve
Sénégal”, des difficultés budgétaires ont affecte le démarrage. Par la suite,
d e s problemes techniques (humains et véhicule) n’ont pas permis sa
r6alisation telle qu’elle Btait prévue. Par ailleurs, les logiciels de traitement
que nous utilisons ne permettent pas de travailler sur ces données et nous
envisageons de realiser avec l’aide du bureau calcul, un programme
specifique. La réalisation de l’incubateur “photosynthétron” qui était prevue
dans le cadre de cette opération n’est pas ençore faite a cause de
probl&mes de technicité et de matériel non disponibl’e à Dakar.
Dans le cadre de
“létude de l’estuaire du Saloum’“, des difficultes
budgétaires ont perturbé le premier trimestre 1991, mais elles ont été
surmontées par la suite.
Le traitement des deux campagnes de 1990 ont
permis de réajuster au niveau des stations et des paramètres à etudier. La
réalisation des campagnes, les dosages, la mise à jour des fichiers et la
validation des données ont occupé la majeure partie du temps. Un début de
traitement des differentes campagnes est envisagée pour un éventuel
réajustemnt nécessaire.

7 0
PARTICIPATION A DES SEMINAIRES ET REUNIONS
Du cinq au treize Avril 1991,
un voyage d’étude DE 1. GNINGUE à
I’ORSTOM Mont-Pellier a permis de discuter certains aspects méthodologiques
ainsi que l’approche adoptée pour
l’étude des mécanismes de producticrn
dans le Saloum.
1. GNINGUE a également participé en Juin 1991 aux journées d’etudes
organisees par le PNUD au CESAG sur “l’exploitation des résultats de la
recherche, moyens et perspectives”.
B. DIAW a participé aux reunions préparatoires pour l’installation d’un
marégraphe au port autonome de Dakar et 1. GNINGUE à celle de Gorée.

7 1
ADMINISTRATION DE LA RECHERCHE ET
DIFFUSION DES CONNAISSANCES
ENCADREMENT DE STAGIAIRES
Du mois d’Octobre au mois de Juillet 1991, 1. GNINGUE a encadre un
é t u d i a n t d e I¶EATOPM p o u r s o n memoire
de fin d’&ude sur le sujet
“possibilités d’utilisation des algues au Sénégal” de même que 8. DIAW sur
le sujet “constituants chimiques et propriétés physico-chimiques: étude de
quelques parametres dans la baie de Gor4e”.
En Avril 1991, nous avons aussi encadré un chercheur bissao-guinéen
pour un stage d’un mois sur
“ d o s a g e e t e x p l o i t a t i o n d e s d o n n é e s e n
physico-chimie marine”.
Nous avons reçu
en stage en septembre 1991, un étudiant de
l’université d’etat Lomonosov de Moscou encadré par 8. DIAW.
ANIMATION SCIENTIFIQUE
1. GNINGUE a participé à l’animation scientifique au niveau du CRODT
en faisant deux exposés;
8. DIAW dispense des cours d’océanographie
physique aux éléves de I’EATOPM et d’hydrologie aux techniciens supérieurs
de cette même Bcole.
ADMINISTRATION DE LA RECHERCHE :
La coordination des activités du programme “environnement” du
CRODT incombe depuis 1988 à LGNINGUE et pour cela elle exerce diverses
taches administratives liées à la recherche.

72
NOTES ET PUBLICATICXJS
DEME GNINGUE (I.), NDOUR (Ch.), FERRARIS (J.), 1991.- Comparaison de trois
méthodes de conservation en vue de l’analyste des sels nutritifs (sous
presse).
TOURE (D.), DEME-GNINGUE (I.), 1991.-
Variation spatio-temporelle de la
biomasse plytoplanctonique sur le plateau continental sén4galais. ,,ID :
Recherches Ouest-africaines. Edition ORSTOM.

PROGW TELEDETECTION (UTIS)

7 3
PROGRAMME TELEDETECTION (UTIS)
OBJECTIFS ET JUSTIFICATIONS
UTIS est un projet conjoint de I’ISRA et de I’ORSTOM, en matiére de
Télédétection appliquée à la connaissance de l’environnement du Sénégal.
Une convention (dite UTIS) définit les contributions des deux partenraires ;
un bilan des activittls et une analyse des programmesà venir sont établis
chaque année en matière de Recherche, Développement et Formation,.
UTIS entreprend des actions de Recherche en océanographie et dans
des études à vocation climatique intéressant l’Afrique de l’Ouest.
Les actions de DBveloppement menées B partir d’UTIS, sont le suivi de
la pluviométrie au Sénégall, la surveiJlance de feux de brousse et les debuts
d’une opération de type
“Aide a la Pêche” en faveur d’armements basés à
Dakar, opération qui font essentiellement appel aux donnees de la station de
réception Mét6osat (PDUS) du CRODT.
Dans le même domaine, mais une échelle plus fine, sont poursuivies
des etudes sur l’environnement et les ressources des vallees des fleuves
Casamance, Sénégal et Saloum,
en utilisant les données des satellites
d’observation de la terre (SPOT, LANDSAT, MOS).
MOYENS HUMAINS
- CITEAU J.
: ORSTOM - Océanographie physicien
Responsable d’UTIS,
- DEMARCQ H.
: ORSTOM - Océanographe biologiste
- GORYL Ph.
: ORSTOM - VSN
- SAGNA P.
: UCAD
- Géographe, chercheur associe
- DIAGNE M.
: ISRA
- Agroclimatologiste
- NDIAYE G.H.
: MEN
- Géomorphologie, chercheur
assocle
- Pape SONKO
: ISRA - Informaticien
- André PESIN
: Cooperation - Information
- THIAO W.
: MDMN

74
OPERATIONS DE RECHERCHE
..Q~d~&l.rn . . . . .
1 : Océanog rap h ie
..Q!&z&h . . . . . 2 : Climatologie
,Q&~&kx~~ : Suivi del’Environnement continental
..Q?~aiim .,.., d : Eaux continentales

75
OPERATION N" 1 : OCEANWAPHIE
En tant qu’outil indispensable il l’étude de la variabilité spatio-
temporelle de t’upwelling sénégafo-mauritanien, la mise au point d’une chaÎne
de restitution de la température de surface de la mer (TSM) a été réalisée.
Elle est particufiérement performante au niveau régional.
Un atlas de la TSM de la Mauritanie à la Sui&e a ainsi été realisé. La
précision spatio-temporelle du produit satellitaire (5 km, 5 jours) a permis
l’élaboration d’une climatologie satellitaire originale, calculée dans un ler
temps sur 5 ans, puis sur 8 ans, depuis 1984. Elle permet pour la Premiere
fois le calcul d’anomalies en zone d’upwelling prenant en compte la
variabifite naturelle du milieu.
Les conséquences
de cette variabilité déterminent les axes de
recherche suivants :
- Description physique de I’upwelling par télédétection (variabilité
spatio-temporelle
et typologie
des structures)
débouchant sur
une
modélisation;
- Les processus
d’enrichissement du milieu lies a l’évolution des
masses d’eau et modalités du transfert de cet enrichissement aux premiers
échelons trophiques;
- Impact
d e I ’ u p w e l l i n g s u r l a disponibilite e t l ’ a b o n d a n c e d e s
sardinelles (collaboration de la section PPC du CRODT)
C e t t e derniere
étude menée
conjointement avec l’équipe écho-
intégration du CRODT suggère une forte influence de la dynamique B court
terme de I’upwelling (et non de son intensité moyenne) sur le recrutement
d’une annee à l’autre (et sur la survie des juvéniles), ainsi que sur la
répartition spatiale moyenne des bancs.
- Suivi de I’upwelling ivoiro-ghanéen à partir de Météosat, dans le
cadre du grand programme “Sardinelles”,
avec PEZENNEC et BARD (CRO
d’Abidjan) ; cette action initiée en 1990 entre Dakar et Abidjan est soutenue
par une action incitative de I’ORSTOM.
- Action d’Aide a la Pêche thonière, lancée localement au Sénégal, par
la diffusion en temps quasi-t-bel de cartes de TSM à une tlchelle de temps
variable, de 18 5 jours. Cette action est actuellement assurée par Louis
MAREC, affect8 au CRODT, et rencontre un indéniable succès aupres des
professionnels de la place de Dakar. Une liaison et une Information mutuelle
sur ce sujet est en permanence réalisée avec la section PPH du CRODT.
L e f a i b l e n o m b r e d e donnees b a t e a u x recues a u S M T d e Dakar-
Yoff/DMN nous a contraint à rechercher des données auprès du CMS de
Lannion.
Cette situation ne devrait être que transitoire et cesser avec la
nouvelle configuration informatique mise en place par I’Asecna a Yoff.

7 6
OPERATION No2
: CLIMATOLOGIE:
Un des rôles du programme Toga a été de fédérer à une échelle
globale, les campagnes d’observations océaniques et atmosphériques dans la
bande tropicale de notre planète, pour une amélior&tion de la compréhension
de la dynamique des climats.
Parmi les paramétres intéressant le climat de l’Afrique de l’Ouest,
deux sont
a i s é m e n t p e r c e p t i b l e s gr&ce a l’infbrmation
satellitaire: l a
température
de surface de l’océan Atlantique (TSM) et la position de la Zone
Intertropicale de Convergence.
Comme suite aux Etudes entreprises sur ce sujet au CRODT, il apparaît
pertinent de fonder un essai de prévision à partir de la position de la ZUT,
la position de l’anticyclone de Ste-HéI&ne, les flux d’altitude et la TSM.
Une première évaluation scientifique de ces; travaux a été faite par
d e s c h e r c h e u r s e t p r o f e s s e u r s d u L M D e t d e t&téo-France ( d e Félice,
Desbois, Finaud,...).
Une contri bution sur ce point a été présentée au séminaire de
I’European Geophysical Assembly
( W i e s b a d e n Avril 1991), e t u n a r t i c l e
soumis & la revue “La Météorologie”.
L’importance de la détermination
du flux de vapeur d’eau pour la
connaissance de la pluviométrie sahélienne est la principale conclusion de
ces travaux.
Cette connaissance dans des conditions de temps-réel pourra
être acquise avec la future station de réception Noaa,
dont le CSE doit
s’équiper en 1992...

77
OPERATION N-3 : ESTIMAT~N DE LA PLUVI~METRIE
Apres une réflexion sur les améliorations à apporter au logiciel
d’estimation des pluies, certaines modifications ont été réalisées: la méthode
actuelle intégre à la fois les températures de surface (méthode INRA) et les
occurrences de nuages convectifs (TAMSAT). Ces cléments ont fait l’objet
d’une présentation dans le cadre de reunions du groupe EPSAT/Sénégal.
A ces deux composantes essentielles,
s’ajbute une technique de
krigeage destinée à etendre les données du réseau de base dont la densité
reste faible.
La mise en place de la structure habituelle de suivi d’hivernage a été
effectuée par UTIS: Le CSE a demande la fourniture habituelle d’images
Meteosat, tout en demandant une reduction de la contribution financier-e à
750 CX3D cfa.
Elaboration par André Pesin
et Madiagne Diagne des cartes de
l”hivernage 1991 et diffusion par M. Diagne.
Ces cartes ont permis de suivre en temps réel la progression des
piuies e t d é f i n i r d e s d a t e s d e s e m i s .
Elles ont également permis de
circonscrire l e s z o n e s ou les retards ont été importants et celles où la
pluviometrie n’a pas permis d’installer des cultures pluviales.
Des travaux effectués à partir de données Meteosat (canal vapeur
d’eau f
et d’analyses du Centre Européen,
permettent de dire qu’un
renforcement de la cellule de Walker est le signe d’un bon hivernage. Le
suivi régulier des paramètres nécessaires (vent et anticyclone de Ste-Hélene
sont une aide à la prévision de fa qualité de l’hivernage.

7 8
OPERATION N-4 : TRAITEMENT DES IMAGES SPOT:
Grke aux bons d’achat à prix réduit d’images Spot (BRAIS) obtenus
en 1990 par Pape Samba Diouf,
deux scènes Spot ont été programmées et
commandées sur le Saioum pour 1991: une en fin de saison sèche et une en
fin de saison des pluies.
L’image sétectionnée le 25 avril 1991 étant de remarquable qualité, a
et4 commandée sur frais partagés par la section Saloum, la section
TBlBdBtection et le contrat de chercheur associ8 de G.Honoré N’Diaye.
Cette action mérite d’être signalée, car elle est la première initit-e, par
des chercheurs nationaux du CRODT, dans le domaine de l’observation de la
Terre.
Les premiers
résukats d’exploitation de cette image devraient être
présent& par G.Honoré N’Diaye.

79
ANIMATION SCIENTIFIQUE
Un exposé a Bté effectué par Pierre Rigaudiére sur l’exploitation des
fonctions de courant et fonction potentiel de vitesse pour la comprehension
de la pluviométrie sahelienne en octobre 1991.
La plus grande manifestation scientifique d’UTIS en 1991 devrait &re
le seminaire UNESCO/ISRA/ORSTOM
de formation en telédétection appliquée
aux sciences de la mer et des zones cotiéres.

80
ENCADREMENT DE STAGIAIRES
Les
activités d’encadrement
sont
n o m b r e u s e s e n
r a i s o n d e
l’environnement de travail attractif et relativement rare a Dakar, que
constitue UTIS, projet commun a I’ORSTOM et à I’ISCA.
Ces activités se traduisent par des implications plus ou moins fortes
selon qu’elles relévent d’une demande de formation génerale en télédétection
relativement classique, soit au contraire d’une activité de recherche plus
intéressante.
Dans ce dernier cadre entrent les stages suivants, avec définition du
sujet de stage, des procedures de travait, indication
de la bibliographie,
suivi et notation pour le jury d’évaluation:
1) durant I’annee 1991: encadrement de M’Baye Diop, étudiant de DEA
en Géographie a I’Universite de Dakar, sur les invasions polaires au
Sénegal.
2) de juillet a o c t o b r e 1 9 9 1 :
Encadrement du stage de Pierre
Rigaudière, Bléve-ingénieur de 2ème année de I’ENSHMG (Grenoble), sur le
calcul des flux d’altitude (cellule de Hadley).
3) Accueil d’un étudiant en thèse (Adamou Garba) sur le couplage de
données radar et données satellite.
Encadrement au niveau maîtrise et DEA:
Ces stagiaires proviennent
essentiellement du Département de géographie de l’Université de Dakar:
4) El Hadj Malick N’Diaye, au niveau DEA, sur les zones d’inondations
du fleuve Sénegal (par image NOAA)
5) Marième
Dia1 10, élève
d e M r
Sal if Diop, en formation en
teledétection.
6) Ciré Fall, poursuite d’un mémoire de DEA , élève de Mr. Le Borgne
7) Abdoulaye Diouf,
geomorphologue, éléve d e M r Sall, e t d e v a n t
traiter une image sur la mangrove de St Louis sur le fleuve Senégai.
8) Fatou Guéye , fin de stage de maîtrise
9) Ousmane Niang, enseignant au département de géographie et
poursuivant une thèse
Encadrement de Chercheurs associtis depuis octobre 1990:
- Pascal Sagna: statistiques de lignes de grains,
- Wassilia Thiao: Estimation de la pluviométrie a l’échelle quotidienne,
- Madiagne Diagne: Estimation de la pluviométrie décadaire,
Georges Honoré N’Diaye:
Mise à jour des connaissances sur
l’évolution de l’estuaire du Saloum,
Enfin à la fin de l’année 1991, à la demande de I’UNESCO, un stage de
formation en télédétection sera organise, avec le concours de I’ORSTOM,
I’lfremer, I’ESA, le CSE, I’UCAD et I’ISRA: Ce stage de formation destiné h 20
ressortissants de l’Afrique francophone, requiert une organisation assez
tourde, est aussi une marque de reconnaissance des capacités de la
structure UTIS (ORSTCM/ISRA).

8 1
MISSIONS
Mission de J. Citeau en mars 1991 pour réunion de I’UR 1A à Paris et
rtlunion au Lodyc.
Mission de Demarcq Hervé au CIEM à La Rochelle (octobre 1991)
Mission au Maroc: Le projet COMEMIR avait demandé à I’ORSTOM
d’assurer une présentation sur la dynamique des ugweliings au séminaire de
Rabat en octobre 1991. Aprés concertation interne au CROOT, le directeur du
CRODT (D.Touré), prévu à titre national à cette reunion, a assuré I’exposçl
demandé à partir de documents préparés par UTIS (Citeau/Demarcq).

82
PARTICIPATION A DES REUNIONS IMPORTANTES
La réunion prévue par la convention UTIS s’est tenue au CRODT à la
mi-mars 1991.
Du fait d’éléments imponderables (changement de direction h
I’ORSTOM Hann, projet Technopole, changement de gouvernement au Senegal)
le Comité UTIS a. et6 privé de la majeure partie des membres ORSTOM et
ISRA qui le composaient. Malgré ces défections, il faut souligner ia
participation nouvelle de MM.
Sonko (MDRH) et Salif Diop (UNESCO/Coraf)
aux réunions de ce comite, traduisant ainsi leur interêt aux activites d’UTIS.
La serie d’exposés a eu un bon niveau scientifique, selon l’appréciation des
membres du Comité.
Une concertation a eu lieu également au Lodyc entre MM D.Touré et J.
Merle responsable de I’URlA (océan/climat) de I’ORSTOM, dans le but de
faire le point de la participation du CRODT B Woce: Un projet de campagnes
du NO Louis Sauger a été redigé et une demande de financement des coûts
récurrents déposee auprés de la Mission d’Aide et de Coopération à Dakar
(Projet Hydro-Cap Vert avec D.Toure/Environnement/Téléd&ection).
Réunion de concertation DMN/Cellule Agrhymet/UTIS pour faire le
point de dclfaillances diverses observées durant l’hivernage 1990 (retard de
mise à disposition des données, retard pour l’élaboration de cartes de
pluviometrie...).
Assistaient à cette réunion Madlagne Diagne, Pape Sonko,
J.Citeau, Konaté (Pnud Agrhymet), Ndaly N’Diaye (DMN)

8 3
MOUVEMENT DE PERSONNEL
Arrivée en affectation au CRODT de Louis Marec le 25 janvier 1991.
Louis Marec a pour responsabilitb de mettre en place au CRODT un système
opérationnel d’aide à la Pêche. Son travail coordonné par A.Fonteneau, se
partage entre UTIS et la section PPH.
Annonce par
Pape Sonko de son prochain d4part d e I%RA, pour
convenances personnel ies.
NBanmoins la qualité de son futur employeur (1’ORSTOM/Paris)
permet
d’espérer qu’il puisse un jour, mettre & nouveau au service d’UTIS, son
haut niveau de compétences et sa conscience professionnelle.
L’identification d’un successeur sur poste ISRA est en cours.
Le contrat d’André Pesin, informaticien (Coopération) LI’UTIS venant à
terme en octobre prochain, le renouvellement de ce poste a 4th obtenu.
Départ de Philippe Goryl VSN/ORSTOM non remplacé en décembre 1991.

84
AUTRES ACTIVITES
Arrivh du Microp&iwlor et d’une station Spwc
U T I S a
é t é d o t é e e n 1 9 9 1 d ’ u n MicroPBricolor qui représente
aujourd’hui le sommet de la gamme en matière de traitement d’images, et
d’une station Spart.
Le Micropéricolor a permis d’exploiter dans de meilleures conditions,
l’imagerie disponible sur le Saloum. La station Spart, devrait permettre de
prendre le relais des acquisitions Meteosat, en cas de panne de la station
Sun.
Le niveau relativement élevé de la technologie mise en oeuvre implique
également la nécessité d’une maintenance de haut niveau et d’un personnel
informaticien compétent et durable au sein d’UTIS.
Soumission de projets Isis
UTIS a partlciptr à la soumission de projets dans le cadre Isis.:
- l’un avec Mr.
Salif Diop (UNESCO/dé;partement de Géographie) pour
obtention d’images sur
la vallée du fleuve Sénégal (cadre du programme
Campus),
- l’autre avec Mr Georges Honoré N’Diaye chercheur associé ORSTOM,
travaillant au CRQDT en télédétection, en appui au pragramme Saloum.
Visites importantes:
Le CRODT et UTIS en particulier peuvent s’honorer de deux visites
marquantes:
-a) celle de Mr.
Hermelin, conseiller de Mr Hubert Curien, ministre
français de la Recherche Scientlflque.
Lors de cette visite, Mr. Hermelin s’est principalement intéressée aux
actions de recherche associées aux grands programmes Toga et Woce,
programmes
dans lesquels
UTIS
est
p résen t.
Cette
visite
avait
essentiellement un caractère d’6valuation technique et scientifique.
b ) c e l l e d e M m e E d w i g e Avice, ministre français de la Coopération,
accompagnée
de Mr.Cheikh Cissokho, ministre de Développement Rural
(MDRH).Cette derniére visite avait un caract&e protocolaire plus manifeste, de
par la présence de deux ministres, de Mr. I’Ambassadeur de France (ancien
gciologue), de la Mission d’Aide et de Cooptiration (MM Chappelet et Guidot),
de Mr, Habib Ly, Directeur G&&ral de I’ISRA et des directeurs du CRQDT et
de I’ORSTOM,
La prestation habituelle de l’équipe UTIS a été appréciée par fa
présentation d’activités sur les volets Recherche et Développement en
océanographie, climatologie et connaissance du milieu estuarien (Saloum) par
t816détection.

8 5
Sthinaire UNESCO de TtUédétection:
L e CRODT a été sollicitk par I’UNESCO/Nairobi en vue de réaliser un
atelier de formation en TéiédcStection appliquée à l’océan et aux zones
c&ti&res.
L’ORSTOM,
I ’ f f r e m e r , I’Esa,
l e C S E , MWo-France e t I’Ucad
apportent également leur appui à cette manifestation.

86
PUBLICATIONS
CITEAU J et DEMARCQ H, 1990: Restitution de la température de surface
océanique en zone intertropicale à partir de données du satellite
Mét&sat. Bull. Inst. Océanogr., Monaco, no spécial 6, 149-l 72.
PAGES J and CITEAU J., 1990. Rainfall and salinity of a sahelian estuary
between 1927 and 1987. Journal of Hydrology, 113,325-341.
CITEAU J., MAHE G. and GORYL Ph., 1991. Some elements for understanding
and forecast the west african monsoon using Meteosat and ECMWF data,
Annales Geophysicae,
XVI General Assembly Wiesbaden 22-26 April 1991,
Supplement to vol. 9, C177.
CITEAU J., Ph. GORYL et A. PESIN, 1991. Position de la Zone Intertropicale
de Convergence
à 2 8 d e g r é o u e s t e t o b s e r v a t i o n s r e l a t i v e s à
l’anticyclone de Sainte Héléne, Veille Climatique Satellitaire, 37, 5-8.
DEMARCQ H. et 8. SAMB., 1991. Influence des variations de I’upwelling sur la
repartition des poissons pélagiques au Sénégal, in: P.Cury et C.Roy
(eds), Pêcheries ouest-africaines; variabilité, instabilité et changement,
290-306.
DEMARCQ H. et L. MAREC, 1991: Température de surface de la mer et
anomalies en atlantique tropical du 16 mars au 15 juin 1991. Veille
Climat. Satell., 37, 10-14.
MAHE G., H.
DEMARCQ H. et J. CITEAU, 1991: Evolution of the intensity of
the equatorial atlantic upwelling from 1854 to 1990 and its relations with the
global climate change. à paraÎtre (Jour. of Climate).

87
GONSIDERATIONS GENERALES
Le projet UTIS (ORSTOM/ISRA) demande comme souci constant le
maintien du potentiel technique humain et matériel de l’infrastructure mise
en place au CRODT.
L’aspect matériel
a généralement été couvert h la fois par I’ORSTOM
(budgets d’UR) et par des ressources propres.
L’aspect du personnel informaticien est sans cesse remis en question,
en raison d’une forte demande de compétences de ce type sur la place de
Dakar
et le
niveau peu
attractif des
c o n t r a t s p r o p o s é s p a r d e s
établissements publics ou d’instituts de Recherche.
Le maintien d’informaticiens à UTIS a necessité jusqu’a ce jour des
négociations permanentes auprès de I’ISRA, de I’ORSTOM et de la CoopBration
F rançai se.
En ce qui concerne le champ d’exploitation des données satellitaire, on
peut observer une large utilisation de donnees Meteosat dans des actions de
recherche domiciliées au CRODT (océanographie, climatologie, pluviométrie).
Par contre, l’exploitation d’imagerie Spot qui est faite reste très en
deçà des capacites d’UTIS, alors que la pluralité des actions de recherche
de I’ISRA sur le continent suggere une demande plus forte. Le stage de
formation UNESCO/ISRA/ORSTOM
devrait permettre de mieux faire connaître
les ressources disponibles aux différents départements de I’ISRA (hors
CRODT).

PROGRAMMEi SOCIOLOGIE ET
ECONOMIE DES PECHEkS

88
E SOCIOLOGIE ET ECONOME DES PECHES
JUSTIFICATiON - Of3JECTIFS
Le rôle important de la pêche et des activités connexes (mareyage,
transformation, exportation) dans I’kzonomie
nationale, tant par la vateur
ajoutée d4gagée que pour l’emploi créé, la fourniture de protéines animales
et les
a p p o r t s d e
devises,
justifient que parallèlement aux études
biologiques entreprises de longue date, des tstudes de Sciences Humaines
soient réalis6es.
L’ensemble des connaissances utiles ou indispensables à la mise en
valeur des pêcheries couvre
un champ trés vaste au delà de la seule
biologie
des pêches
; l’étude des facteurs non biologiques (sociaux,
kzonomiques...) qui conditionnent l’effort de pêche peut permettre de
répondre aux nombreuses questions qui
se posent à la planification et à
l’aménagement des pêcheries.
Les premiers travaux sur la pêche artisanale ont eu pour but de
décrire et d’analyser les caractéristiques générales, de mieux cerner les
questions clefs à poser, d’affiner les méthodologies. Paraflélement à ces
programmes, des travaux de nature monographique, réalisés dans le cadre
de stages,
ont permis d’approfondir
nos connaissances sur des points
importants mis en retief par les
recherches d’ordre plus général. Les
grands programmes mis en
place au cours des annees suivantes ont étc!
élargis à ia p&che industrielle et sont axés sur des probl6matiques plus
spkifi q u e s :
anal yses
régional es,
é t u d e s d e
fil&-es,
circuits
d’approvisionnement.
La définition d’une politique des pêches ne peut se concevoir sans
une approche globale des problèmes de pêche, en situant les contraintes
extérieures et les centres de décisions, et en se fixant comme finalité la
contribution du secteur à l’économie nationale.
MOYENS HUMAINS
- “!! :
M. KEBE
: ISRA
- économiste
coordonnateur d u p rog ramme
C. WABOUD
: ORSTOM - économiste
M. DEME
: ISRA
- konomiste
J. R. BRENDEL
: Coopération Française - fngenieur en
construction navale
6. GAYE
: ISRA
- sociologue
d .

BPERATIONS DE RECHERCHE
..@&&&~,J.- Analyse macro-&onomique de la pêche
artisanale
.Q&&&(m,z- Valorisation des produits débarqués par la
pêche artisanale
.Qad~tih~.,S - S y sth-nes
de
production et de
distribution
dans le secteur des p&ches en Casamance.
.jJ?,g&zti,A- Economie de la pêche industrielle.

90
OPERATION N” 1 : ANALYSE MACRQ-
ECONOMIQUE DE LA PECHE ARTISANALE
l.- DESCRIPTION :
L’objectif de cette operation démarrée en i98C est la connaissance de
variables de base économiques et sociales en vue d’aider h la planification
du secteur ainsi qu’à la gestion rationnelle des stocks halieutiques.
Quatre (4) actions de recherche ont été identlfiées pour l’annee 1991 :
- recensements semestriels du parc piroguier et des infrastructures
liées à la pêche ;
actualisation des connaissances sur les coûts et revenus des unites
de pêche artisanale ;
- politiques d’investissement et d’intervent.ion d e I’Etat dans le
secteur de la peche depuis l’indépendance ;
- bilan économique du secteur de la pêche au Sénégal.
2.- RESULTATS OIBTENUS EN 1991 :
Les opérations de recensement du parc piroguier sur le littoral
sénégalais entre Saint-Louis et Djifère, effectuees conjointement avec les
biologistes du programme “Pêche Artisanale”, permettent de realiser un
dénombrement exhaustif du parc piroguier maritime.
GrBce au systéme mis en place depuis 1991 sur le littoral sont
regulièrement suivis le
nombre de pirogues, les types de pêche pratiquee,
les mouvements migratoires des pêcheurs, les taux d’activité saisonniers des
unit& de pêche, le type de propulsion et l’origine géographique. Ce
dispositif d’enquête a Qté étendu à la zone estuarienne du Sine-Saioum, en
collaboration avec le programme “Pêche Continentale”.
Les résultats ont
servi
de base d’une part d’extrapolation
nécessaires à l’estimation des
débarquements et d’autre part d’actualisation de la base de données sur les
équipements, les types de métier et les flux de la main d’oeuvre.
Par ailleurs les informations complémentaires collectees lors de ces
recensements permettent de tenir a jour un
dictionnaire des villages de
pêcheurs. Ceci rend possible le suivi d’une évolution consécutive de la mise
en place de nouvelles
infrastructures liées a la pêche et permet au
planificateur de mieux connaître l’environnement d’un projet éventuel.
Sur la demande du Développement (Projet PRO-PECHES), une étude a
eté effectuée conjointement avec le programme “Pêche Artisanale”. Ce travail
a permis d’actualiser les
informations relatives aux coûts et revenus des
unit& de pêche artisanale.
Démarré en 1990, il a ete finalisé en avril 1991.
fl s’agissait d’apprécier l’exploitation des
ressources et la rentabilité des
principales unités de pêche opérant dans les centres de débarquement les
plus importants du littoral sénégalais.

9 1
Les résultats de cette importante étude ont permis de répondre à
trois (3) questions qui se posaient au Développement :
- l’état d’exploitation des ressources cotieres : pour la majeure partie
des espèces démersales, on note des indices de surexploitation locale ;
- la rentabilité des unités d’exploittion qui est fonction de la zone
d’activité et du type de pêche
; la palangre et le type mixte ligne à
mainlpalangre donnent les meilleurs résultats economiques et financiéres ;
- les perspectives
de développement du secteur artisanal : les
difficultés ont été cernées et chaque type de p&che analysé dans l’optique
de son développement ultérieur.
Depuis l’indépendance,
une politique de développement de la pêche
maritime a été mise en place à travers des programmes de subventions, de
détaxes et d’investissements directs, en raison de l’importance de ce secteur
dans i’économie nationale.
La Premiere phase de cette action qui a démarré en octobre 1990 a
et4 consacrea a la collecte et au
dépouillement de la bibliographie, a
l”affinement de la mtithodologie et à l’élaboration des outils méthodologiques
appropriés.
Durant la seconde phase, le travail de synthèse a permis
d’identifier les différentes formes d’intervention de I’ftat dans le secteur de
la pêche et les objectifs qui leur sont assignés. Une analyse historique de
cette intervention est aussi faite. Quatre formes d’intervention publique ont
&té repertoriées.
Les subventions, detaxes et autres péréquations sont destinées à
soutenir les revenus des pêcheurs en atténuant I&s coûts d’exploitation de
leurs unités de pêche.
L e s l i g n e s d e c r é d i t s d e s d i f f é r e n t s p r o j e t s
rhgionaux de développement (PAPEC,
PAMEZ et PRO-PECHE) domiciliées & la
Caisse Nationale de Crédit Agricole du Sénégal (CNCAS) répondent aux
besoins de financement importants du secteur de la pêche face aux fonds
propres insuffisants et les possibilités d’épargne limitées des pêcheurs. A
cela s’ajoute
le risque lié à l’exploitation des ressources naturelles
renouvelables poussant les banquiers a exiger des garanties que les
opérateurs Bconomiques ne peuvent satisfaire.
S’il est vrai que cette assistance financier-a contribue beaucoup au
développement économique de la pêche, elle peut aussi créer des effets
imprévus qui dans le long terme risquent de remettre en cause les résultats
acquis. D’où l’intérêt de mener une analyse d’impact sur ce thème.
L’idée de la primauté des formes industrielles de pêche sur la pêche
artisanale s’était progressivement imposee auprés des Pouvoirs Publics. La
pêche artisanale, considérée comme figée et repo$ant sur une tlconomie de
subsistance, devait evoluer vers des formes industrielles jugées mieux
intégrées au circuit économique monetaire en prise sur le marche mondial.
C’est ainsi que sont apparus les cordiers et les sardiniers, embarcations
semi-industrielles d’une capacité et d’une autonomie beaucoup plus grandes
et dotées de systèmes de détection du poisson plus ou moins sophistiqués.
Ces bateaux devaient exploiter les stocks de poissons jusque là inacessibles
fi la pêche artisanale.
L’introduction de ces nouvelles embarcations, devant

9 2
se substituer progressivement a la flotte piroguière, est allée de pair avec
les projets de création
d’infrastructures portuaires Iégéres. Parallèlement
d’autres projets visant a remplacer ou à améliorer la pirogue traditionnelle
furent mis en chantier.
II s’agira de faire le bilan de ces expériences et d’en tirer les
conclusions qui s’imposent.
Face à la mauvaise distribution du poisson à l’intérieur du pays et
toutes
les
conséquences
qui en
découlent (rupture
dans
les
approvisionnements, prix
du poisson prohibitifs), les Pouvoirs Publics ont
monté au Sénégal une chaîne de froid et des structures de commercialisation
du poisson.
En raison de l’importance économique et sociale de la transformation
artisanale du poisson, des actions visant à améliorer ou a introduire de
nouvetles techniques furent mentses.
Globalement, il s’agira de faire une analyse critique de toutes les
actions publiques menées dans ce domaine et d’evaluer
leur impact au
regard des objectifs poursuivis.
Jusqu’en 1980,
les actions retenues pour la pêche industrielle
mobilisaient plus de 80 % des dépenses prévues pour l’ensemble du secteur
de la pêche avec
un taux record de 90 % pendant la période 1969-1983. La
Société Sénégalaise d’Armement à la Pêche (SOSAP) a elle seule bénéficié de
pres de 25 % de l’enveloppe financiere prévue pour la pêche industrielle.
En collaboration avec les biologistes du programme “Pêche thonier-e”
du CRODT le bilan de ce premier armement thonier en Afrique Noire sera
d ressé.
Dans le
contecte actuel
d’ajustement structuret
de l’économie
sénéga!aise,
il est apparu important de mesurer l’enjeu que le secteur de la
pêche reprdsente pour
le pays et de créer les conditions favorables h
l’expressin de son potentiel de developpement. C’est pourquoi il a Bté mis en
place,
en collaboration avec les autorités chargées du développement du
secteur,
un suivi économique d’ensemble.
Cette action comprend trois
phases :
- un diagnostic de la situation économique du secteur au Sénégal,
complété
par des analyses visant à éclairer certains aspects de la
problematique ou a retracer la dynamique d’évolutions récentes dans les
domaines particuliers ;
- la mise au point d’un modèle de simulation ;
- l’installation d’un dispositif leger de suivi.
L a
p r e m i è r e p h a s e d e c e t r a v a i l a é t é réalisee a p a r t i r d e s
informations disponibles pour l’année 1987. La m&hode des effets a dté
utilisée pour étudier les implications du secteur des pêches.

9 3
Cinq filières ont été identifiées :
Filière 1 : Pêche artisanale - mareyage - marché local,
Filière 2 : Peche artisanale - transformation artisanale -
mareyage - marché local,
Filière 3 : Pêche artisanale - mareyage et usines -
exportation
Fil&e 4 : Pêche chalutière - mareyage et usines -
exportation
Filière 5 : Pêche thonière - conserveries - exportation
Les principaux
r é s u l t a t s d e l ’ é t u d e p e u v e n t s e r é s u m e r
comme suit
- Les ,.~~~.&,.a,.&.j,~,Ds des produits de la pêche sont estimée à 71 672
millions de francs CFA pour 86390 tonnes d’equivalent frais.
- Les ..jma~~~~~~.~~.~“~~.~“~~~~~~~~ -..,.._... b.~.,-@&~ti!,r s’élèvent à P t-ès de 20
milliards de Francs CFA. Le pétrole couvre 20 % des coûts en devises du
secteur.
La filiere du thon appertlsé est la plus grosse consommatrice de
produits étrangers. En valeur,
les apports de thon débarqués par la flotte
non basée à Dakar sont aussi importants que les importations de produits
pétroliers destinés à l’ensemble des activités au secteur de la peche.
- La ~~~.~K..,,~~~Jx&J~&~, toutes pêicheries c o n f o n d u e s , s e
monte à plus de 115 milliairds de francs CFA pour l’année 1987.
- La ..szwizmfmI&m “.._._ in.$&.r.ie.uc@ é-mm-ente est de 248 000 tonnes
equivalent f r a i s p o u r u n e
v a l e u r d e 60 m i l l i a r d s d e f r a n c s C F A . L a
consommation moyenne par
habitant serai donc de 38 kg par an, soit près
de 9 000 Francs CFA.
- E n termes de .LQLLEUK .- ti~u&.&a . . .._.. ,izta~..d~Le ..,.. 4“._ Q.U . ...“. de . . . . . . . . . . . . .
K,~.YB~.M ...I,....... s,w
.lij.Ek!..iS&s , la filière thon est plus performante. La ‘pêche artisanale, quant à
elle, degage bien moins de richesse par tête que les pêcheries industrielles.
Néanmoins, elle fournit plus de vingt fois plus d’emplois directs (45 000
contre plus de 2 000 aux pêcheries industrielles).
- La p ê c h e
art i sari al e est la .,m.oin& ,“., l.i.~~..~...~~~...de, . . . . . . 1.... I...&.,~.~,.Dsaxn.i.e.
Elle ne
consomme des
services, de
façon significative,
que
par
Yintermediaire de sa demande en carburant.
Les filières de la pêche industrielle dépendent largement de leurs
consommations intermédiaires. Le taux de valeur ajoutée des agents directs
est, à
l’exception des
thoniers,
inférieur à 4 0 %. L e s c o n s e r v e r i e s
n’atteignent pas 10 %.
Une telle dépendance envers des fournisseurs de
biens et services en position d’oligopole, et bien souvent de monopole,
fragilise les filières issues des pêcheries industrielles.
Dans un contexte d’internationalisation accrue du marché des produits
de la mer, et notamment du thon, cela constitue un handicap certain pour le
secteur de la pêche.

94
OPERATION N’2 : VALORISATION DES PRODUITS
DEBARQUES PAR LA PECHE ARTISANALE
l.- DESCRIPTION :
Cette opération vise
la comprehension du mode de formation des prix
l e l o n g d e l a f i l i è r e d e l a pische a r t i s a n a l e a i n s i q u e l e s mecanismes
economiques et sociaux qui permettent l’approvisionnement des marchés
urbains et ruraux du pays.
Deux actions ont été identifiées :
- suivi et analyse des prix,
- étude de la commercialisation du poisson de mer dans les régions
intérieures du Sénégal.
2.- RESULTATS OBTENUS EN ~1991 :
Nous avons constitué des fichiers de prix au producteur dans les
principaux centres de débarquement du littoral s&égalais, grâce à cette
action menée en routine depuis 1981. Notre banque de données économiques
et sociales
s u r l a
p&zhe artisanale
sénegalaise,
indispensables à
I’Administration des pêches ainsi qu’aux structures de développement et aux
investisseurs,
est alimentée à partir de la mise h jour régulière de ces
fichiers de données.
Après la publication du
rapport statistique et méthodologique, la
phase d’analyse des rkultats de l’étude de la commercialisation du poisson
de mer dans les régions intérieures du Sénegal a demarré.
Les premiers resultats de l’analyse de la consommation de poisson des
menages nous ont permis de v4rifier notre hypothèse centrale sur le choix
des mat-ch& lors du lancement des enquêtes. Il est apparu que ces marchés
constituent en réalité les lieux d’approvisionnement principaux des ménages.
L’éloignement de la côte va de pair avec une croissance du rôle des espèces
pélagiques et du poisson sec dans le régime alimentaire des populations. Les
resultats montrent que la consommation totale annuelle per capita de poisson
frais en milieu urbain est de 41’6 kg contre 31’4 kg en milieu rural. Pour le
poisson frais on a respectivement 3’9 kg et 5,8 kg.

95
OPERATION No3 : SYSTEMES DE PRODUCTION ET DE DISTRIBUTION
DANS LE SECTEUR DES PECHES EN CASAMANCE
(VOIR PROGRAMME CASAMANCE)

96
OPERATION N'4 : ECONOMIE DE LA
PECHE INDUSTRIELLE
l.- DESCRIPTION :
Cette opération sur l’économie de la pêche industrielle a comporté une
action principale :
étude de l’influence de l’adaptation des helices d e
chalutiers sur les performances en peche.
La première phase de l’étude de la pêche chalutier-e a concerne
l’analyse de la consommation
de carburant des navires chalutiers de pêche
démersal e
cotiére d e
la flotte sénégalaie.
C e t t e é t u d e a p e r m i s d e
reconnaltre que la plupart des chalutiers (environ les 2/3) n’utilisent en
chalutage qu’une puissance compromise entre 30 et 60 % de la puissance
reelle avec moteur de propulsion.
Il est évident que cette situation est tres nuisible aux performances
en pêche de ce type de
navire. L’étude entreprise dans le cadre de cette
deuxieme phase du travail,
a pour but de reconnaftre par l’application des
methodes générales de calcul des hélices à ce type de navire, les causes de
ûette situation.
2.- RESULTATS OBTENUS EN 1991 :
L’étude menée à son terme, a donne les resultats suivants :
1) Ce type de navire est somis à deux régions distincts :
- le déplacement en route libre à une vitesse aussi élevée que
possible ;
- la traction du chalutier a une vitesse comprise entre 2,5 et 4,5
noeuds.
2) Il n’est pas possible de satisfaire ces deux conditions à l’ide d’une
hélice classique à pas fixes sans entraîner comme conséquences :
- un plafonnement de la puissance du moteur de propulsion en
chalutage ;
- un faible rendement de propulsion (inférieur ou égal a 30 % pour
l’hélice).
Ces
résultats acquis,
I’etude examine
toutes les solutions de
propulsion existantes afin de reconnaître celles qui d’un point de vue
théorique et pratique permettraient d’améliorer sensiblement les conditions
de propulsion, donc le rendement de pêche.

97
BILAN ET DIFFICULTES RENCONTREES
EN 1991 - PERSPECTIVES
Une bonne partie
de l’année à été consacrée à la finalisation des
travaux destinés au développement. C’est ainsi que le document relatif à
I”exploitation des ressources cbtieres senégalaises par les unités de pêche
artisanale a fourni au projet Pro-Pêche des résultats essentiels dans la
programmation de ses activités pour l’an 3 liées au secteur Production.
Les deux documents élaborés en collaboration avec le programme
“Peche continentale”’
o n t c o n t r i b u é à l ’ é l a b o r a t i o n d ’ u n P l a n d’Actions
Forestier au Sénégal en vue de la relance du secteur de la pêche et de
I’aquaculture continentales.
Le travail portant sur le micro-altas des pêches au Sénégal a et4
publié.
Le document fait le point sur les principaux aspects socio-
Economiques concernant la pêche artisanale maritime sénégalaise.
Cet effort de valorisation des travaux déjà entrepris va se poursuivre
dans les années a venir avec les points suivants :
- formation des
p r i x d u p o i s s o n
à d i f f é r e n t e s é c h e l l e s spatîo-
temporelles et dynamique des systémes commerciaux ;
- flux commerciaux vers l’intérieur du pays : une approche de
géographie économique ;
- consommation
de poisson
au Sénégal :
une approche micro-
economique ;
- les acteurs de la commercialisation du poisson frais : une approche
socio-economique.

98
STAGES DE FORMATION A L’ETRANGER
pêches à l ’ U n i v e r s i t é d u Q u é b e c à Laval

99
DIFFUSION DES CONNAISSANCES
1. ENSEIGNEMENTS DISPENSES
ANIMATEUR 1 ETABLISSEMENT
REFERENCE
NBRE HEURES
M. KEBE
INDR de Thiès
Economie des
6
p&zhes
15 mars
M. KEBE
Ecole des Agents
Economie
6 par
Techniques de
politique
semaine
1'0céanographie et
Economie des de janvier
des Pêches Maritimes
pêches
à mai
M. KEBE
Etudiants sénegalais
Economie
4 par
Techniciens Supé-
aquacole
semaine
rieurs ISSTH/CEAO
de fevrier
à août
2, ENCADREMENT DE STAGIAIRES
ENCADREURS
STAGIAIRES
SUJET
DATES
M. KEBE
A. KA
DEA en Environnement
septemb.
Etudiant ISE
Transformation artisa- décembre
(UCAD)
nale B Missirah
M. KEBE
S. CHIASERA
Mémoire fin d'etudes
juillet
M. DEME
Etudiant ISTOP sur les unités de pê-
B
Paris
che encadrées par le
septem-
PAMEZ
bre
M. DEME
3 élèves
Mémoires fin d'études janvier
M. KEBE
EATOPM
a juin
C. CHABOUD Sophie NGUYEN
Analyse de l'impact
m a i
KUOA
des pêcheries sportive à
Etudiante
et artisanale de
juin
ENSAR Rennes
l'espadon au Sénégal

100
3. PARTICIPATION A DES SEMINAIRES, GROUPES DE
TRAVAIL, REUNIONS SCIENTIFIQUES
es nouveaux en-
M. KEBE
a p i s c i c u l t u r e
M . DEME
S é m i n a i r e r é g i o n a l s u r l e s p r a t i q u e s ,
m é t h o d e s d e v u l g a r i s a t i o n e t l e f i n a n c e -
ment dans l e d o m a i n e d e l a t r a n s f o r m a t i o n
CEASM et PAMEZ, Ziguinchor,
C . CHABOUD
a gestion des pêches,
M . KEBE
S é m i n a i r e O M P I / I S R A s u r l a v a l o r i s a t i o n
ctives d e développe-
C . CHABOUD
R é u n i o n d u Comite scientifique de la
0 2 - 0 3
M . KEEE
VIh”e C o n f é r e n c e b i e n n a l e d e l’IIFET,
décembre
P a r i s ( F r a n c e ) .
M. DEME
Commission sous-régionale des pêches,
17-22
s e s s i o n d u comit6 d e c o o r d i n a t i o n e t d e
décembre
la Conférence des Ministres, Nouakchott
( M a u r i t a n i e ) .

101
NOTES, PUBLICATIONS ET RAPPORTS
1. DOCUMENTS EDITES PAR LE CRODT
DEME CM.).- Les politiques d’investissement et d’intervention de I’Etat dans
le secteur de la pêche depuis l’indépendance : problématique générale
et actions de recherche. Dot. Sci. Cent. Rech. oceanogr. Dakar-Thiaroye,
128, 27 p.
MATHIEU (C.).- Micro-atlas des pêches au Sénégal. Dot Sci. Cent. Rech.
océanogr. Dakar-Thiaroye, 124, 81 p,
2. COMMUNICATIONS A DES COLLOQUES
BRETON (Y.) et DIAW (M.C.).-
La variable sociale. Seminaire CIE0 sur la
recherche interdisciplinaire et la gestion
des pêcheries, Casablanca
(Maroc), 27 mai - 14 juin 1991, 21 p.
CHABOUD (C. ).-
La pêcherie d’anchois du Pérou, la crise de 1972-73. Etude
de cas. Stlminaire CIE0 sur la recherche interdisciplinaire et la gestion
des pêcheries, Maroc, 27 mai - 14 juin 1991, 18 p.
CHABOUD (C.) et FQNTANA (A.).- L’approche système dans les les pêches.
Séminaire CIE0 sur la recherche interdisciplinaire et la gestion des
pêcheries, Maroc, 27 mai - 14 juin 1991, 50 p,
DEME (M.).- La pêche dans un contexte régional ouest-africain, une etude de
cas sur la problématique de I’amenagement. Séminaire CEASM/FAO/CCCE
sur le crédit a la filiere pêche artisanale en Afrique de l’Ouest, Abidjan
(Côte d’ivoire), 16-20 septembre 1991, 15 p.
DIAW (M.C.).- Pêche artisanale et assistance financière au Sénégal : analyse
historique et bilan de la motorisation des pirogues. Séminaire CIE0 sur
la recherche interdisciplinaire et la gestion des pêcheries, Casablanca
(Maroc), 27 mai - 14 juin 1991, 19 p.
KEBE (M.).-
Pour un credit adapté au système peche artisanale : gestion du
risque et de l’incertitude. Séminaire CEASM/FAO/CCCE
sur le crédit à la
filiere pêche artisanale en Afrique de l’Ouest, Abidjan (Côte d’ivoire),
16-20 septembre 1991, 15 p.
K E B E (M.) et THIAM (D.).- La recherche halieutique au Sénégal : une
a p p r o c h e g l o b a l e d e s p r o b l é m e s d e p ê c h e . S é m i n a i r e CIE0 sur la
recherche interdisciplinaire et la gestion des pêcheries, Casabianca
(Maroc), 27 mai - 14 juin 1991, 15 p.
KEBE (M.) et DEME (M.).- Bénéfices économiques tirés des accords de pêche
dans tes
pays côtiers
africains :
c a s d u
Sénégal.
Séminaire
CREDETIP/ICSF
sur la “coopération
internationale, Je cas des accords

3. cmcwmtrs NON mm3 (LITTERAT~RE GRISE)
DEME (M.).-
Rapport de la mission effectuée à Montpellier, Paris et Rome du
10 au 30 novembre 1990, 9 p.
DEME (M).-
Rapport de la mission effectuée à Nouakchott du 17 au 22
décembre 1991, 6 p.
KEBE (M.) et THIAM (M.).- Rapport de la mission effectuée du 25 mai au 19
juin 1991, 31 p.
KEBE (M.).-
Rapport de la mission effectuée en Guinée du 25 au 31 octobre
1991, 12 p.
KEBE (M.).- Rapport de la misison effectuée à Paris du 28 novembre au 06
décembre 1991, 10 p..
KEBE (M.), BAKHAYOKHO (M.) et GERARD (M.).- Etude de l’exploitation des
ressources cotieres sénégalaises par les unités de pêche artisanale.
Rapport final contrat de sous traitante Projet Pro-Pêches/CRODT-ISRA,
77 p*

PROG- SINE-SALOUM

103
E SINE SALOUM
1. JUSTIFICATION ET OBJECTIFS
L’estuaire du Sine-Saioum draine l’une des parties les plus peuplées
du Sénégal avec plus du sixiéme de la population totale pour une superficie
qui ne représente qu’environ 10 % du territoire national.
P o u r ces
populations, les
ressources haiieutiques
sont d’une
importante capitale pour deux raisons :
- elles constituent la principale source de proteine animale (plus de
90 % des protéines animales de la ration alimentaire dans certaines localités,
nIotamment au niveau des îles).
- elles sont devenues une des sources les plus importantes de revenu
a la suite du déclin de l’agriculture.
Or, pour des raisons qu’il conviendra de rechercher, les captures ont
fortement dimunue depuis une douzaine d’années passant de plus de 40.000
tonnes h moins de 10.000 tonnes.
La volonté politique d’accélérer le développement économique et social
des regions de Fatick et de Kaoiack, drainées par l’estuaire du Sine-Salaum,
est ciai rement
aff i rmée
par
le gouvernement sénégalais. Le secteur
halieutique est specialement vise.
C’est pourquoi, les autorites s&-&glaaises
ont impuisé la création d’un centre de pêche a Missirah et le redémarrage
d’e l’usine de Djifère reprise par une société privee. D’autres projets
halieutiques et aquaooies sont prévus.
Malheureusement, le Sine-Saloum n’a été que fort peu étudié et est,
sans nul doute, le milieu estuarien le moins bien connu du Sénégal. En
particulier, les connaissances de base sur
la ressource et son exploitation
font largement défaut.
En plus de ces motivations’
1 ‘estuai re du Si ne-Saloum présente
l’intérêt secientifique d’être un milieu hyperhalin et ceci depuis fort
longtemps. De surcroît, c?t lui seul, il offre,
concentré sur une superfie
restreinte,
une diversité de situations environnementales et biologiques qui
font de ces trois “bras”, le Saloum,
le Diomboss et le Bandiaia un lieu
privilégié pour développer un programme de recherche sur l’écologie, la
biologie des peuplements de poissons, la socio-Économie
et le comportement
des pêcheurs en fonction des variations de la ressource.

1 0 4
ressources naturelles du pays.
Cela permettra, en aidant au développement de la pêche et de
Yaquaculture, .,d..k~~M.k~e.t: . . . . . . . . . .
1.1.6tit ,.... n.u,&J.;lni.~n.n,e1
d e s
populations
locales mais
egalement d’autres
régions du Sé&gal, qui reçoivent du poisson venant du
Sine-Saloum.
On cherchera
également
à comprendre
l ’ o r g a n i s a t i o n e t l e
fonctionnement de I’kcotiystème partiuclier que constitue le Sine-Saloum
(hyperhalinitk chronique, réseau hydrographique
très découpé) pour . ..u.~e
.nnnst.i..l.i.e.U..C~ . . . CKkXXkkiQ~ ,..I.. d”S. ..,,, S~~ls+~.s.““.~-~...“~“~~.~~.~R.~~~~n~.
- Comprendre les mécanismes de production primaire dans l’estuaire.
- Réaliser l’inventaire ichtyofaunistique.
- Caractériser la
nature et la
structure
d e s
peuplements
ichtyologiques des différents bras du Sine-Saloum et préciser leur zonation
sipatiales et les variations saisonniéres.
- L i e r
ces variations
des peuplements
& d e s
paramètres de
I’environement aquatique et aux grands événements climatiques.
- Etablir l’état actuel de l’exploitation des res&ources halieutiques.
- Déterminer les contraintes au développement de la pêche.
- Connaître de maniére fine l’adaptabilité des pêcheurs à la variabilité
de ta ressource.
- Evaluer les quantités débarquées dans les centres de pêche les plus
tieprésentatifs.
- Décrire et analyser l’environnement socio-économique pour mieux
orienter les systèmes d’exploitation des ressources halieutiques.
- Faire des recommandations pour l’aménagement et la mise en valeur
des ressources.
- Contribuer il ta formation de scientifiques natoinaux par l’accueil de
stagiaires (étudiants, jeunes chercheurs).
- valoriser les résultats du programme.
- Instaurer un
r&eau de collaboration régionale sur les milieux
saum$tres notamment avec la Guinée (CRHB).

105
2:. MOYENS HUMAINS
P.D. DIOUF
: ISRA - biologiste-environnementaliste 100%
coordonnateur du pragramme
T. BOUSSO : ”
- biologiste
100%
M. KEBE ”
: ”
- Economiste
25%
1 . DEME-GNING : ”
- chimiste
50%
J.J. ALBARET :ORSTOM - biologiste
75%
L. LE RESTE : ” -

33%
D. CORBIN : ”
- Chimiste
50%
6. NDOUR
ISRA - chimiste
25%
II
O.G. DIOUF
- enquêteur
100%
D. TOUNKARA
II
- enquêteur
100%
II
B. LY
- enquêteur
100%
>I
M. TOURE
- enquêteur
100%
3. OPERATIONS DE RECHERCHE
.,Q~sztz.....l : Physico-chimie et biomasse phytaplanctonique.
QQ&~~,Z : Bio-écologie des poissons.
..Q~~~....3 : Exploitation des ressources halieutiques.
,.QQ&e,..tl: : Bio-Bcoiogie et exploitation des crevettes.
.Q&&-.b : Socio-Économie des pêches

106
OPERATION N’ 1 :
PHYSICO-CHIMIE ET BIOMASSE PHYTOPLANCTONIQUE
(cf. Environnement)

107
OPERATION No2 : BIO-ECOLOGIE DES POISSONS
1. DESCRIPTION
Cette action comporte deux phases :
- une phase préliminaire de mise au point de la méthode et de
localisation des stations ;
- une phase durant laquelle le protocole établi tournera en routine. Il
s”agit de la phase d’acquisition des données.
En plus des actions de routine,
des opérations ponctuelles seront
menées en fin de saison seche et de saison pluvieuse sur des milieux
piarticuliers : mangrove, petits bolons, extrémite sursalée du Saloum.
Des pêches experimentales seront réalisées tous les deux mois à toutes
les stations avec un engin peu selectif = senne tournante.
Trois types de données seront recueillies :
- des descripteurs environnementaux : salinites, température, pH,
t u r b i d i t é , oxygene
dissous,
chlorophylle matière organiques dissoutes,
profondeur de disparition du disque de Secchi, bathymétrie, distance par
rapport à la berge et la nature des fonds. Ces données pourront être
mesurées directement par l’équipe de bio-écologie ou obtenues auprès de
celle de la physico-chimie ;
- des descripteurs d’abondance des espéces : nombre et poids global
des individus triés au niveau indispensable de I’espece ;
- des descripteurs biologiques : taille et poids individuel, sexe, stade
sexuel, poids de gonades, contenu stomacal.
21. RESULTATS
La phase préliminaire de mise au point méthodologique est terminee.
Un échantillonnage stratifié a été adopte suite à une zonation de l’aire
d:‘&ude tenant compte des résultats préliminaires et des travaux antérieurs
di’autres auteurs.
La collecte en routine des données est en cours. Par ailleurs un
traitement des résultats des premier-es campagnes a été effectué, ce qui a
p?rmis :
- de concevoir un prémodèle de fonctionnement de I’écosystéme ;
- de constater que
le facteur environnemental qui semble le plus
influer sur la répartition des poissons est la salinite.
- de réaliser l’inventaire ichtyofaunîstique plus de 80 espèces ont été
inventoriées dont une nouvelle pour la science. If
s’agit d’un mulet du

108
genre Liza que nous ~tvons appelé Liza bandialensis (du nom du bras de
mer ou ii a été habituellement capturé) ;
- de confirmer la plus grande richesse du Bandiala par rapport aux
deux autres bras de mer qui constituent le complexe estuarien du Sine-
Saloum ;
- d’avoir des informations sur le régime alimentaire des principales
espèces.
En outre une réflexion avance a 6% menée sur la mise en place d’une
base de données et des types de traitements a adopter à la fin de la
ciollecte des données.

109
OPERATION 3 : EXPLOITATION DES RESSOURCES EN POISSONS
1. DESCRIPTION
Il s’agissait de :
- faire
une description
de l’activité
d e p ê c h e ( t y p o l o g i e d e s
techniques de pkhe et des embarcations, une description des equipages et
des lieux de pêche, une cartographie des villages et campements de pêche ;
- mettre en place un systdme d’enquête (activités de pêche et
d4barquement) ;
- recenser le parc piroguier ;
- traiter les donnees de l’enquête cadre de 1990.
2. RESULTATS
- La rédaction d’un article sur la typologie des techniques de pêche
et leur mise en oeuvre.
- Résultats partiels enquête cadre 1990 :
Nombre de pirogues par type d’engin
-
TOT STPP STPF SPP SPD1
BAR
EP PAL SAS BAR FD 114 FME YOllPElP
Y01 PEtP FELG KIL FIXC PAG
-
OCT 90
2e sortie 1126
2
1 193
11 81 35
7
1 181 178 179 155 4 1 0
410
2 65
31 130
-
HARS 90
le sortie 902
2
2 139
72 98
72 98 28
7
0 222 66 171 148 3 6 6
366
5 60
21
0
I
I
-
Ces resuitats permettront de calculer les facteurs d’extrapolation pour
chaque type d’engin et chaque saison au moment du traitement des données.
Sur la base de ces résultats d’enquête cadre, les points de collecte
(centres principaux et centres secondaires) ont été choisis.
Les premieres données brutes issues des enquetes de débarquement
sont saisies, un programme de controle des erreurs est mis au point et la
vérification est faite.
Deux recensements ont eu lieu en mai et novembre 1991. La saisie et
le traitement des donnees sont en cours. Les résultats permettront d’avoir
une vue instantanee de la structure de la pêcherie : moyens de production,

110
Eocalisation des points de dbbarquement.
OPERATION N’ 4 : BIO-ECOLOGIE ET EXPLOITATION
DES CREVETTES
1. DESCRIPTION
- Etudes des variations interannuelles des captures (qui dépendent
presque uniquement de la disponibilité des ressources en fonction de la
gluviométrie) dans l’estuaire de la Casamance, pendant deux décennies.
L”analyse prend en compte les variations numdriques et celles du poids
individuel. L’étude est terminée et un article a été rédigé,
- Etude des variations saisonnières des captures en fonction de la
pluviométrie dans l’estuaire de la Casamance pendant deux décennies.
L’étude est terminée et un article a Bté rédigk
- Etude de la bio-écologie des crevettes dans l’estuaire du Sine-
Saloum. Les donntles (prises, p.u.e., taille) sont recueillies depuis juin 1990.
L’action se poursuivra jusqu’en juin 1992.
- Exploitation des crevettes. Vaut-il mieux les exploiter en cours de
croissance, avec des engins actifs (comme au Sine-Saloum ou sur le fleuve
Stlnégal par exemple) ou lors de leur migration de retour vers la mer, avec
des engins passifs (comme en Côte d’ivoire et en Gambie par ex.). Une étude
est en cours en Casamance où, au deuxième type d’exploitation a succtsd4
une exploitation mixte. Un article est en préparation. Une étude spécifique
&t envisagée en 1992-1993 si les moyens demandés sont disponibles.
2. RESULTATS
Une explication globale des variations spatiales (le long de l’estuaire)
et temporelIes (saisonnières et interannuelles) en Casamançe est proposiie.
Comme la salinité a varié entre 0 et 69 O/OCJ durant la période d’étude, les
conclusions prennent en compte toutes les conditions halines auxquelles
peut-être confrontée I’espéce,
dans n’importe quel estuaire de l’Ouest
africain. Au cours de cette année,
deux probkmes sur lesquels je butais
(variations numériques
interannuelles et variations saisonniéres d u p o i d s
individuel) et qui ont retardé la publication d’article ont, je crois, pu être
C$orrectement expfiqu&.
Les modMes bio-écologiques mis au point en Casamance permettent :
- de prévoir avec une assez bonne approximation la structure en
tailles des peuplements de crevettes dans un estuaire & partir de quelques
paramètres environnementaux (salinité,
vitesse du courant). D’où expertises
rapides peu couteuses sur les possibilit& de développement d’une pêcherie
artisanale. Ceci a été fait en Guinée-Bissau et en Sierra-Léone. Au Sine-

1 1 1
Saloum la réalite est également conforme à ce que prévoit le modele. Des
informations sur l’environnement estuarien e n Guinde C o n a k r y o n t éte
demandées pour formuler un diagnostic sur les potentialités.
- d’en déduire, si les modalités d’exploitation sont modifiées, ce qui a
6% le cas en Casamance, les variations en tonnage et en valeur qui
résultent de ces modifications. J’ai pu ainsi montrer que l’utilisation
d’engins actifs, en Casamance, avait entraîné une diminution de la taille des
crevettes capturées par les engins passifs, et donc une dévalorisation de la
production.
Cette dévalorisation
augmente de l’aval vers l’amont de
l”estuaire. Au terme de l’étude, en 1993, je devrais &re en mesure de porter
un jugement plus global (en terme de tonnage capturé et surtout de valeur
de la production) sur
les engins actifs et passifs qui vaudra pour toutes
lies pêcheries.

112
OPERATION N’ 5 : SOCIO-ECONOMIE DES PECHES
(cf. Programme Socio-Economie)

113
BILAN ET DIFFICULTES RENCONTREES EN 1991 :
PERSPECTIVES
- L’estuaire du Sine-Saloum étudié depuis 1990, commence à peine h
être connu. Un effort particulier lui est actuellement accordé.
Les principales difficultés rencontrées par le programme sont de deux
ordres :
- le manque de moyen financier ;
- le manque de véhicule tout terrain.
Une demande de financement est en cours d’élaboration et sera soumis
à, des Bailleurs de fonds.

114
DIFFUSION DES CONNAISSANCES
1. ENSEIGNEMENT DISPENSE
ANIMATEURS
PARTICIPANTS
REFERENCES
l
DATES
P.S. DIDUF
Etudiants de
Cours sur l'environnement
7 janvier au
l'Institut des
et la p&che
2 février
sciences de
l'environnement
T. Bousso
Jury de
Soutenance de mémoire de
9 juillet
soutenance
fin d'étude de A. FAYE
2. ENCADREMENT DE STAGIAIRES
ENCADREURS
STAGIAIRES 1
REFERENCES
I
DATES
T. BOUSSO
Adama FAYE
Etude comparative du
collecte des
P.A. de la WPM
L. LE RESTE
P.S. DIOUF
6. MBODJ
M. GOUDIAEY
Mémoire DEA sur la finalité Toute l'année
bacteriologique des pro-
1991
duits halieutiques
KANE
Metnoire fin d'étude EAOPH
Nov et Déc
bio-écologie des poissons
1991
du Sine-Saloum
E. NDIAYE
Mémoire DEA - Bio-Ecologie
Déc 1991
des Gerreidae du Sine-
Saloum
T. BOUSSO
1. LO
Etude de la typologie des
Dec 7997
~EAOPM
techniques de pêche du
Sine-Saloum
l

115
3. PARTICIPATION A DES SEMINAIRES, GROUPES DE TRAVAIL,
REUNIONS SCIENTIFIQUES
REFERENCES
Casamance
'L. LE RESTE
15 mars 1991
-Structure des peuplements aquatiques
20 au 21/06/91
(Paris)
'P.S. DIOUF
-Soutenance rapport ACDI
UT. BOUSSO
~34. KEBE
,P.S. DIOUF
Troisième symposium international sur
11 au 16
J.J. ALBARET
le Tilapia (ISTA III) en aquaculture,
novembre 1991
Abidjan - C. d'ivoire

116
NOTES ET PUBLICATIQNS
BAKHAYOKHO (M.), THIAM (M.), BRENDEL (R.), GERARD (M.) et DIADHIOU
(H.D.), ?991.-
L’embarcation “NAUTICUS” : Unité artisanale ou industrielle
? DO~. int. CRODT, 21 p.
BOUSSO (T.), 1991.- L’ostréiculture au Sine-Saioum, contexte environnemental
et bio-économique. Arch. CRODT, 186, 20 p.
BOUSSO (T.), 1991.-
Exploitation des stocks dans “l’estuaire” et les bolongs
du Sine-Saloum, évolution depuis 20 ans. Doc. SC. CRODT, 130, 29 p.
ECIUSSQ (Te), 1991.- Etude de la dependance de la ressource halieutique aux
facteurs
humaines et
environnementaux au
Si ne-Saloum.
Projet
halieutique, DCIG. int. CRODT, 7 p,
D I O U F (P.S.I, KEBE (M.), L E R E S T E (L.), B O U S S O (T.), DIADHI~U (H.D.) e t
G A Y E (A.B.), 1991.-
Contri bution à l’élaboration d’un plan d’action
forestier. Pêche et aquaculture continentales.
Vol. 1 - Diagnostic, CRODT, FAO/MDR, 25 p.
Vol. 2 - Proposition d’action, CRODT/FAO/MDR,
32 p.
DIOUF (PS.), 1991 s- La pisciculture dans le bassin du fleuve Sénégal. Doc.
scient. CRODT, 125, 25 p.
D I O U F (PS.), ALBARET (J.J.), 1991.- L’élevage du tilapia dans le bassin du
fleuve Sénégal : un échec 36” Symposium International sur le tilapia en
aquaculture, Abidjan du 11 au 16 novembre 1991, 15 p.
D’IOUF ( P S . ) , 1991.- Guide de détermination rapide des mulets des estuaires
senégalais. Dot. scient. CRODT, 129, 13 p.
DIOUF (P.S.), 1991.- Le zooplancton au
Sénégal sur les pecheries ouest-
africaines variabilité,
instabilité et changement. CURRY et ROY C. Edit, :
103 - 116.

PROG- CASANANCE

117
E CASA~A~CE
~JUSTIFICATI~~~~
/

L’améi ioration des résultats du programme Casamance phase 1 (1984-
11986) et la vulgarisation des résultats de recherche acquis lors de cette
Iphase justifient la poursuite de ce programme.
Mais ii y a aussi l’importance que la pêche a prise dans cette région.
:Les pêcheurs casamançais constituent aujourd’hui 35% des pêcheurs du pays
let 85% de ces derniers sont des autochtones casamançais (pêcheurs en mer,
[dans l e f l e u v e e t d a n s l e s belons).
Les rapparts annuels du Service
iRtigional des Pêches indiquent une progression constance des effectifs entre
7985 et 1990. Depuis 1984,
les Pouvoirs Publics ont cherché à développer
/cette activité auprés des jeunes autochtones des villages de la région de
iziguinchor avec
la mise sur pied du Projet de Développement de la Pêche
;Artisanale dans la région de Ziguinchor (PAMEZ).
MOYENS HUMAINS
/
H. D. DIADHIOU : ISRA
- Biologistes des Pêches,
Coordonnateur du programme
A-8. GAYE
: ISRA
- Sociologue en remplacement de C.DIAW en
formation au Canaba
C.M DIAW
: ISRA
- Sociologue, en formation
L. LE RESTE
: ORSTOM - Biologiste des P$ches
/OPERATION~ DE RECHERCHE
!
/

SiB&&iQca. .,.,. 1. : Etude de la Pêche Artisanale en Casamance
,Qp&&-on+,2 : Etude des systemes de production et de la
distribution des produits de la pêche en Casamance
.QQ~“Katim....a
: Suivi de la pêche au niveau du barrage anti-sel de
!
Guide1
.Q,p&&jp~J : Etude de la pêche artisanale de crevettes en
Casamance.

118
OPERATION N” 1 : ETUDE DE LA PECHE ARTISANALE
I
EN CASAMANCE
I
1. DESCRIPTION
t
!
Cette opération comprend 3 actions de recherche :
- collecte et traitement des statistiques de pêche artisanale de
+asamance
- description de la pêche artisanale piroguier-e
- bioécologie des principales espèces exploitées.
y‘.RESULTATS OBTENUS EN 1991
En 1991, les donnees de la pêcherie de sole en mer ont dté réunies et
tirai tées.
Une publication
en rapport avec deux collègues du CRODT, un
biologiste
(pour les aspects disponibilité de la ressource> et un économiste
(jpour les aspects
économiques et finançieres de la pêcherie) est en cours,
a finafisation est prévue en 1992. I’anlyse des dosnées montrent l’existence
%,e deux périodes d’abondance pour les ressources en sole expioitées par la
décherie artisanale en Casamance
: une dans la saison de transition de
ri ovembre-decembre
et l’autre au début de la saison chaude en avril-mai.
L@s rendements sont plus importants sur la seconde malgré un effort de
êche plus important pendant cette saison.
q
La pêche de cette ressource qui n’était importante qu’en saison séche
dommence à se développer en saison humide depuis 1989 avec les opérations
$che hivernale des p&heurs du PAMEZ. Les rendements obtenus pendant
$ette saison sont intéressants (entre 10 e t 5 5 kg/sortie contre 5 & 2 0
k/g/sortie au début de la saison chaude en saison s&he et 10 a 35 kg/sortie
pI endant la saison de transition de novembre a décembre.
L e s especes s e c o n d a i r e s debarquées p a r c e t t e p ê c h e r i e s o n t d e s
j véniles des espèces ciblées par d’autres pêcheries (pêcherie de filet
b
d rmant à gros poissons).
Suivant la saison, les débarquements de ces
ebpèces variant entre 40 a 80% des quantites debarquées. Les plus fortes
p)-oportions de capture sont observées pendant la saison chaude.
j .dzif&.2..ml”“.&“ram”“2
l
Dans cette région, la pêche au
niveau du Bassin de I’Anambe (le
p’rincipal milieu en eau
douce de la région où s’exerce des activités de
L
p che) a été étudié.... Dans le Bassin de I’Anamb6, la pêche est une activité
p atiquee par les migrants, étrangers pour la plupart (pêcheurs originaires
d
Mali et de la Guinée Blssau) et par les autochtones (peulh firdou et
4 andingues). Du point de vue du nombre,
ces deux populations sont
r$iativement
identiques (49 contre 51% de la population totale de pêcheurs
r$censée en mars 1991
: environ 103 pêcheurs répartis dans une quinzaine
d’ sites).
Ii existe environ une dizaine d’engins de pêche au niveau de ce
b ssin.
Par leur nombre, les filets dormants à grosses mailles (maille étirée
E
5; et 60 mm> et la palangre malienne sont les plus importants (47 et 16% de

/
119
l’effectif du parc des engins de pêche.
/
Le poisson pêch& est autoconsommé, vendu dans les villages et en
kille B Vélingara. Dans cette derni&re
localité, elle constitue une partie
importante dans les apports reçus (entre 20 et 30% des quantités de
boissons mareyés, en hivernage la proportion est plus élevée : pendant
ptte période la ville reooit moins de poissons de ses autres fournisseurs).
La production de poisson au niveau du Bassin d e I’Anambé a
été
stimée à 132 tonnes en 1990.
tt!
j. BIOLOGIE DES ESPECES
La collecte des données sur la migration des juvéniles des espkes
Ql’origine marine dans le fleuve Casamance en aval de Ziguinchor débutée en
1909 a p r i s f i n
en décembre 1991. Le codage et le traitement des données
$ont prevues en 1992.
!

120
OPERATION N-2 : ETUDE OES SYSTEMES DE PRODUCTION ET DE
DISTRIBUTION DANS LE SECTEUR DES PECHIB EN CASAMANCE
DESCRIPTION
Cette opération comporte deux actions de recherche :
- suivi des unités de pêche
- pisciculture.
RESULTATS OBTENUS
Z.~~~~~-._“.~~~.~..~~~.~
l’op&-ation a débuté cette année. Les résultats seront disponibles en
1992‘
i .2,2,.lmti
1
l
1
Cette Etude est effectuée pour voir comment augmenter le rendement
ies bassins piscicoles des paysans pêcheurs de Bas&e Casamance.
Pour atteindre cet objectif, le test des plans d’élevage uti1Ms en
‘isciculture a étb réalis&! en station & Katakalouss avant de prévoir en
1
; tuation réelle au niveau des bassins villageois.
1 &4i?ALLK~*~
I
Pour des ratios dto
stokw de 2 : 1 et 1 : 7 de . . . . . . L....cl,.un:neeasis
et i?"
,~~Q~~~~QJ dans ies bassins de 400 m2 pour une densité de 1 ind./mz on
le?
:, nstate que l’espèce dominante a une meilleure croissance. ce qui donne les
: oissances journalières suivantes :
0,44 g contre 0,41 g d a n s l e p r e m i e r
)t; ssin et 0,18 g contre 0,21 g dans le second. Ces faibles croissances sont
1 es en grande partie par les reproductions en cours d’élevage. les poids
1
levins et juvéniles récaltés sont de 10 000 et 2 $70 g. Ces reproductions
3bnt
ntlfastes p o u r
la croissance
individuelle car
.,... SS .*,, I..”m*elmth.eLQfl
iincubateur buccal)
et . . . . . . & ..,,,.,,, -rz~.&zwn&l.s (parental tare) ne s’alimentent pas en
>1 riode de reproduction, ce qui occasionne des pertes de poids. Par contre
k
3, cage où la reproduction ne peut avoir tieu, tes croissances journalières
)$tenues vont de 0,76 h Cl,94 g.
!

1 2 1
OPERATION N’ 3 : SUIVI DE LA PECHE AU NIVEAU
DU BARRAGE ANTI-SEL DE GUIDEL
. DESCRIPTION
L’objet de cette &ude est d’apprécier les wnséquences du barrase
sur I’ichtiofaune et d’approfondir les connaissances. sur les poissons
d’estuaire.
I
La collecte des données est réalisée de juin 1982 à septembre 1991.
I$
Des pêches expkimentales ont Bté faites avec des filets de mailles
ifftkentes en amont et en aval du barrage ainsi que sur un bolon de
Mrence (Bolon de Sindone).
RESULTATS OBTENUS
Les resultats montrent que tes :
- captures sont plus faibles en amont du barrage qu’en aval et sur le
Ion de Sindone.
- variations différent selon les sites. En avai du barrage et le bolon
référence, elles sont maximales en saison froide comme dans la pêcherie ;
amont du barrage, elles sont maximales en saison chaude.
E n 1 9 9 2 , l e s donnbes seront codees et le travail de traitement et
nterprétation réa1 ise.

122
OPERATION 4 : ETUDE DE LA PECWE ARTISANALE
CREVETTIERE EN CASAMANCE
1. DESCRIPTION
Cette opération comporte 2 actions de recherche.
- Etude des variations temporelles de la ressource dans l’estuaire.:
La disponibilité de la ressource
dépend ds la salinité et de la
diuviomètrie.
L’analyse prend en compte non seulement les variations
ondérales
mais également la taille des crevettes qui conditionne la valeur
1 archande
de la production.
- E t u d e d e s mei’lleures modal&% d ’ e x p l o i t a t i o n . L a p ê c h e r i e e s t
cbnfront&e à des difficultés. (conflits entre pêcheurs, petite taille de
cbevettes p&chées et donc faible valeur marchande de la production) du fait
dle l’utilisation des “felé-felé), qui est autorisée, et de la p&che au filet fixe
e
aval de Ziguinchor qui
est interdite. Une première 6tude à été réalisée
PL ur Evaluer ta taille des crevettes pêchées tout le long de l’estuaire,
pbndant une annde, avec les filets fixes et les “felé-felé”.
21. RESULTATS OBTENUS
I
- En terme de biomasse (tonnage), la ressource augmente lorsque la
pjuviomètrie diminue.
Les captures maximales peuvent être obtenues lorsque
1
pluviométrie moyenne B Ziguinchor, S6dhiou et kolda est d’environ 900mm.
i
S
la pluviomt?trie devient inférieure,
les captures peuvent s’effondrer
r’ pidement. La taille des crevettes est maximale lorsque la pluviomtitrie est
c mprise entre
1000 et 1200 mm, elle diminue en deça et au delh de ces
v leur. Un article a étB rédigé et proposé 8 la revue scientifique “Aquatic
1
L ving Ressource”.
- Si on effectue un classement par engin et par zone en fonction de
I ’ taiIle,décroissante
des crevettes capturées, on obtient 1) filets fixe en
8
a ont (autoris&) 2) filets fixes en aval (interdits) 3) “félé-félé” en amont
( ‘utorisés).

Ii y a donc de sérieuses anomalies dans l’organisation actuelle
d% la pêcherie. Un financement (8 millions CFA sur deux ans) a été demandé
pbur une étude plus approfondie (estimation des captures en poids et en
vbfeur de différents sc$narios d’exploitation) de manière à proposer une
*lution rationnelle d’exploitation.

123
BILAN ET D'IFFICULTEES RENCONTRES EN 1991 :
PERSPECTIVES 1992
L’amelioration du système de collecte des statistiques de la DOPM a
4th propos& pour augmenter la fiabilité des données recueillies.
Le point a eté fait sur les conséquences des modes
d’exploitation
(ctuelle de la crevette sur le devenir de cette ressource et l’économie.
Un atelier a été organisé B Ziguinchor pour faire le point sur les
tudes menées dans I’operation pisciculture en même temps voir son contenu
our des années à venir,
La vulgarisation des acquis de la recherche prévue dans l’opération
‘!Etude d e s Systemes de Production et Distribution dans le Systeme d e s
êches en Casamance”
n’a pu être réalisée après la suspension du
du CRDI
ij. DIFFICULTES
En 1991,
il n’y a pas toujours de financement pour la collecte et le
tiraitement des statistiques de l’ensemble des pêcherles casamançaises.
Les deux enquêteurs recrutés pour la collecte des statistiques étaient
en nombre insuffisant pour l’envisager. Aussi, nous avons utilise le premier
our la collecte des statistiques de pêche d’une pêcherie (la pêcherie de
4,ole, parmi les plus importantes pecheries de poisson à l’heure actuelle sur
I
façade maritime,), le second a été chargé de collecter les données de
li”ioécologie des espèces marines en migration dans le fleuve.
Pour ce qui concerne l’opération 2, il y a eu des problèmes au niveau
de l’obtention de la détaxe pour acheter le matériel audiovisuel prtsvu dans
14) volet communication ainsi que pour les motos.
/4. PERSPECTIVES
t
Les activités du programme se poursuivent en 1992 notamment avec
l%tude de la pêche artisanale et des systèmes de production et de
ci istribution des produits en Casamance. En outre les cltudes d’aquaculture
en Casamance (pisciculture, ostréiculture et crevetticulture) doivent se
1oursuivre avec la mise en place de financement pr&u à cet effet.
Dans le cadre du Projet PAMEZ II (Programme “U WEENA”),il est prévu
l$ financement des opérations Iiees à la pêche ceci sur trois ans. Le budget
pjrévu dans ce financement est d’environ 55 millions sur trois ans.

1 2 4
P U B L I C A T I O N S
BAKHAYOKHO ( M . ) , THIAM ( M . ) , BRENDEL ( R . ) , et DIADHIOU (ti.D.),1991 -
L’embarcation
“NAUTICUS”
:unitt!
artisanale ou
industrielle ?
Doc.int.Cent .Rech. Qceanogr. Dakar-Thiaroye, 2Sp.
IJIADHIOU (H.D.), i 991.- “Rapport sur la participation du CRODT au Séminaire
Sous régional sur la formation des cadres professionnels a la pêche
artisanale”. Séminaire organise par le PAMEZ et le CEASM au Cap
Skirring du 27 au 30 mai 1991. Doc.int.CRODT 6p
IIADHIOU (H.D.). Contribution a la connaissance de la pêche dans le bassin
de I’Anambé. A paraltre.
DbADHIOU (H.D.), THIAM (D.), et DEME (M.). -La pecherie artisanale de sole
(Cynoglossus sp.)
en mer en Casamance.
Aspects biologiques et
Economiques . A paraftre.
DbALLO (A.),1992a.- “Problèmatiques d’Aménagement et de DBveloppement des
Systemes de Production et de distribution des Produits de la pêche” :
Aménagement et Developpement de la pisculture en Basse Casamance.
CRODT. Rapport final, 71~.
DFALLO (A.) et
MBAO (NJ, 1991b.-
Pisciculture traditionnelle en Basse
Casamance (Sénégal) :
Potentialites et Perspectives de Développement.
CRODT. Ai-ch. 187
DI[ALLO (C.), 1991 c.- Troisieme Symposium
International sur le Tilapia en
Aquaculture. Abidjan (C. d’ivoire) du 11 au 16 novembre 199f.CRODT.
Rapport de mission.
Ll RESTE (L.), 1991.-
Pluviométrie et captures de crevettes en Casamance
pendant deux décennies :
1 - Variations saisonnières
2- Variations inter-annuelles (sous presse).
LF RESTE (L.), DIADHIOU (HO.), 199l.-
Disponibilité et exploitation des
ressources halieutiques en Casamance. Dot. int. CRQDT, 14 p.
PbNDARE (0.3, DIADHIOU (H.D.) et CAPDEVILLE (B.) 1991.- The ichthyofauna
of Casamance (SENEGAL) Article présenté à ” The threatened World of
fish”
Seventh international Ichthyology congress. Den Haag (THE
HAGUE), 26-30 August 1991. (Publication dans les actes du congres)