ENQUETE SOCIO-ÉCONOMIQUE SUR LES PECHEURS DE ...
ENQUETE SOCIO-ÉCONOMIQUE SUR LES
PECHEURS DE GUET-NDAR, SAINT-LOUIS
PAR
~BDOULAYE SENE (STAGIAIRE)
RAPPORT I NIERNE
y c> 69

1.S.R.A
- --I_ - -__-_-_
CENTRE DE RECHERCHES OCEANOGRAPHIQUES DE DAKAR-THIAROYE
.----.--
-. ..- ..-. _-.--.--.-_
--_.
E N Q U E T E
SOCIO- E C O N O M I Q U E
S U R L E S
P E C H E U R ' ; D E
G U E T - N D A R ,
S A I N T - L O U I S
RAPPORT DE STAGE
Abdoulaye SENE( 1)
(1) Socioloque ctagiaire.

1 NTRO D 1! CT ION
Lrd présent rapport que nous livrons fait le point sur le travail de ter-
rain ql:e nous avans mené au sein dc la collectivité des pêcheurs de Guet-Ndar
de Saint-Louis de décembre 1982 à juin 1983.
II n'a ét6 possible qu'avec l'aide matérielle et scientifique du Centre
de Kecherches océanographiques de Dakar-Thiaroye. Que l'ensemble du personnel
scientifique et technique trouve ici
l'expression de notre profonde gratitude.
Au hasard de quelques réflexions, notre propos tend à rendre compte de
la démarche que nous avons suivie et son exposé suit la progression du tra-
vail de terrain qu"i1 a été effectué dans le temps et dans l‘espace. Ce qui
nous améne à dégager les parties suivantes :
1 METHODOLOGIE
II ETAPES DE LA RECHERCHE
. Saint-Louis
. Mbour
. Joal
. Kayar
III LES FONDS DE PECHE A SAINT-LOUIS
IV CONNAISSANCES ET TECHNIQUES
V DONS ET PRESTATIONS SOCIALES DANS LA PECHE PIROGUIERE
VI CONCLUSION
BIBLIOGRAPHIE

I
M E T H 0 D 0 1, 0 (; 1 k
IA> travai 1 dr> i-et-rain a d u r 6 s i x m o i s ptandant. l e s q u e l s :~ous nou$: c; ommes
rendus aux divc>r5;
ca n t. r c- c; d e m i g r a t i o n d e I;n ~~;C\\IF guet-ndnrienne : I(a\\rar,
Ybour e t J o a l .
N o u s a v o n s fai t diAu>. s6ries d e s é j o u r s ,I S a - i n t - l o u i s au dii-but et 21 l a
f i n dc n o t r e rer:ht-brctle.
4 toutes l’es c;tapes,
n o u s a v o n s m e n é cor!jointl?ment :
I Des enquêtes
--.---- -_---
- C o û t s dF produc t ion-revenu : 1 ‘enquête a o c c u p é u n e p’riode de ?,S j o u r s
-épartis e n c i n q s e m a i n e s d e j a n v i e r à j u i n . ~1 le c o n c e r n e 58 uni.tés d o n t 3 0
!?n m i g r a t i o n e t 2 8 b a s é e s à S a i n t - L o u i s .
P a r m i l e s 5 8 uniti;s, o n t r o u v e 1 1 serines, t o u r n a n t e s , 1 9 l i g n e s s 5 piro-
g u e s g l a c i è r e s e t 23 fi lets dormants.
. E n q u ê t e s o c i o - p r o f e s s i o n n e l l e à Guet-Ndar- : e l l e s ’ e s t a d r e s s e é e a u x
;)ersonnec â g é e s dta p l u s d e 1 8 a n s des 2 sexes mariés ou cel.ibataires et. ne
)rat i q u a n t p a s l a p ê c h e p v i v a n t d a n s l e q u a r t i e r .
Vous n’auon<- L)as d i s t i n g u é l e s p e r s o n n e . ; prC?sentes de celles absentes<
4 cc’ n i v e a u , n o t r e v i s é e é t a i t d e n o u s r e n d r e c o m p t e d e l a p l a c e e t d u
r-ilile des autres satégories socio-professionnelles dans le c h a n g e m e n t s o c i a l
!I’un m i l i e u t r a d i t i o n n e l l e m e n t t o u r n é v e r s l a m e r .
. E n t r e t i e n s -’ discussions collectives
I-------.-I_- ,--..- e__-_---------.w ----.---
loue avons SC’1 i (%Vi, l.er; questions d’ordre biographique ‘I socio-his tor ique,
!)rofe ?slcnnel, pal i t iqw C+I c u l t u r e l s u r l e s pêc*hr=urs g u e t - n d a r i e n s .

Hommes
Femmes
N . R .
t
. Observation Earticipante
------es---- - - - - - - -s-m
Cette rubrique constitue un lieu commun dans notre travail de recherche,
car nous avons vécu avec les pêcheurs zn mer et à terre. L’observation s”est
appuyée d’un support iconographique (films-diaporama),
. Recherches bibliographiques
------e-----w---- a- - - -mm
Nous avons profité de notre séjour pour mettre à jour le travail biblio-
graphique en compilant les données disponibles au CRODT, les Archives nationa-
les, l’IFAN, le CRDS de Saint-Louis, le Centre de documentation de 1’OM’VS et
1’ Université de Dakar, les services régionaux et départementaux de l’océano-
graphie et des Pêches maritimes.

Enquête : Pêche artisanale
Semaine du
au
Type de pêche :
Lieu de pêche
Relation propriétWtravai1 :
J O U R S
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I
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LUNDI : %ARDI
E Q U I P A G E i
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II - 1, E s
E T A P E S
1) F
1. A
R E C H E R C H E
S A 1 N ‘1 - 1 “1 U 1 S
1. - LA PECHE MARITIME
Au regard du déroulement de la peche dans ces dix à vingt dernières
années f on peut se demander si l’acceptation de saisons de pêche, telles
qu’elles ont rythmé la vie des pêcheurs depuis des générations peut être
encore retenue.
Le jeu de descente et de remontée des poissons le long de la côte en
liaison avec le climat et la température, la croissance et la mobilité des
espèces, la variété et la succession des espèces, qui influence le compor-
tement du pêcheur, ne semble plus fonctionner tel qu’on le décrit.
Nous avons eu l’impression durant notre séjour à Saint-Louis en janvier
er: février 1983, que le pêcheur n’obéit pas forcément à ce mouvement répétitif
qui, à cette période, correspondait à une faible activité, à une basse saison
o;i l’essentiel des pêcheurs avaient migré vers le sud. Mieux le taux d’activi-
t.5 a été relativement important, le nombre des pêcheurs consistant. Cet état
des choses peut être mis en relation avec la pratique de plus en plus consi-
dérable des filets dormants concentres à Dack et Poude Kholé comme on le voit
dans la répart ition spat iale des types de pêche 2 Guet-Ndar.
Fréquence des types de pêche dans le quartier
Types de
pêche
F.D.
sous-
I

remmcnt contoI! r11~~~’
/.A t;lqon dc travai Iler d e s
r:.!). peut: sunnorter u n c e r t a i n
n o m b r e d e jour, s I‘1 I-l! j c,“rt IV e t Ics p r i s e s s o n t assez bien concernées avec les
e a u x f r o i d e s , 1 ;i p 1 r t 1. <’ c 1 L! s i,aptures qui s o n t .\\ndommagées s o n t d e s t i n é e s à
l a t r a n s f o r m a t i o n
O n p e u t sf deiwnder s i n o u s n e sommes l-las e n f a c e d ’ u n e t e n d a n c e e n c o r e
rëcente, v e r s 12 .~;dirn~~nt ari sation des pÊ!cheur~
a v e c 1-e d é v e l o p p e m e n t d e s F.D.
A c ô t é dt. !;: sc>nne t o u r n a n t e q u i e s t c’n c’xpansion, l e s l i g n e u r s s o n t
a u s s i er: oeuvr* ~lurrinr cettcs péri.ode a v e c ceci d e r e m a r q u a b l e : i l s u t i l i s e n t
dans leur maj or i t Ci l a piroguci m o t o r i s é e extfrieure, e n c e q u ’ e l l e i m p l i q u e
un attribut. SUC> iol agi que dans la composition C~C- 1 ‘ é q u i p a g e , l a g r a n d e p i r o g u e
d e v e n a n t 1 ‘apanage de l a serine t o u r n a n t e e t des u n i t é s f a m i l i a l e s é l a r g i e s ,
disposant d’assez JC bras.
L’ evo1ut i on dr t a p o p u l a t i o n e t d e l a , p r o d u c t i o n à G u e t - N d a r e n t r e 1 9 5 6
e t 1 9 9 2 montres que dans la produc.tion une hausse progressive avec une pointe
e n 1 9 7 4 , p u i s u n e a m o r c e d e d e s c e n t e réguli$re q u i s’accèlzre a v e c d e s n i v e a u x
en 1980 et 1981, i n f é r i e u r s 3 l a p r o d u c t i o n de, 1956, c’est.-â-dire à 1 ‘époque
d e l a v o i l e e t d e l a p a g a i e .
A u n i v e a u d e l a p o p u l a t i o n , ‘La situati.on n’est pas la. même ; elle s’accroît
r é g u l i è r e m e n t a u p o i n t q u ’ o n e s t t e n t é d e s o u p ç o n n e r l a r e c e v a b i l i t é d e s
c h i f f r e s c a r e n moins d ’ u n e decennïe,
e n t r e 1 9 6 6 e t 1 9 7 4 , l a popuiation a
t r i p l é , r i e n qu’rnt r-e 1966 e t 1 9 6 7 , e l l e p a s s e d e 1 5 9 5 p ê c h e u r s Zi 4 3 8 6 ;
c ’ e s t e x t r a o r d i n a i r e .
Nous avons extra i t c e s donntics d e s archivec d u SKPM d e S a i n t - L o u i s ,
v o i r tabl. évolutic~n population e t p r o d u c t i o n ,
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Ponulat ion
tonnes
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9 000
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18 863
.j7 592
1
44 998
43 094
14 158
13 870
‘1 41 I
IO 171
H 17:’
fi
!< ( .,

Cette situation de baisse continue depuis 1975 n’est pas probablement
passagère,
car la campagne du tassergal, par exemple, qui en mai-juin, battait
son plein à Saint-Louis, après s’être réduite au fil des ans, de mois en semai-
nes, de semaines en jours, est totalement ignorée cette année à Saint-Louis.
2. - LA PECHE FLUVIALE
Nous avons fait deux séries d’observations, du 4 au 10 janvier 1983 et
du 9 au 15 février 1983, sur les débarquements de la pêche fluviale en divers
points de Saint-Louis ; d’abord le marché de Guet-Ndar côté petit bras du
fleuve, puis la garre ferroviaire quartier Sor.
Nous nous présentons tous les matins de 7 h à 10 h, heures du débarque-
ment, nous n’avons rencontré aucune pirogue guet-ndariennes - les pêcheurs
venaient de Gandiole et des villages périphériques de Saint-Louis.
Peut-on en conclure à un abandon définitif ou à un arrêt simple de La
pêche par les guet-ndariens ?
3. - SUIVI COUTS DE P~ODUCTION/R!WENU
. Du 24 au 31 janvier, nous sommes dans la saison noor, période réputée
de baisse d’activités à causes des conditions maritimes mauvaises (barre in-
franchissable, manque de visibilité) particulières à Saint-Louis.
Quatorze unités de pêche ont fait l’objet du suivi pour les trois types
de pêche convenants :
- Senne tournante : 3 unités, 3 de Lodo et 1 de Dakc
- Filet dormant
: 6 unités de Dack
- Ligneur
. 5 unités, 4 de Lodo et 1 pirogue glacière de Dack.
l
Un ligneur et une senne tournante ont désisté ; en somme, le suivi a
touché 12 unités.
. Suivi du 13 au 19 juin, traditionnellement, c’est la campagne du tasser-
gai. Le suivi coïncide avec la Premiere semaine du mois de carême. Ses départs
s I? font de 5 h ? 10 h du matin pour les F.U.,
les ligneurs et la senne tournan-
tcb an p e u p l u s t a r d ; les rentrées s’6tnlent j u s q u ’ à 2 2 h d u s o i r .
N o u s avons r e t e n u quinzcb (151 unitc;s, m a i s q u a t o r z e ( 1 4 ) o n t r é g u l i è r e m e n t
rrpondu :

-.-<.
,A”
- S e n n e t0urnant.e 5
- F.D.
5
-. L i g n e u r s
5 dont une non--rCpon:;(, .
4. - LES SORTIES FN MER
Nous avons f a i t t r o i s s o r t i e s e n m e r , rf.3~1)~ s t ivcm(>nt aveï Je5 F.1). , JeS
l i g n e u r s e t l a s e n n e t o u r n a n t e . L e s s o r t i e s ~)nI ~>t i; f i IrnGe>;.
. S o r t i e F . D. : j o u r n ë e d u 14 ju.in 1 9 8 j
______-____ __-___ - _____ ----..--v.-v-----
d é p a r t 7 h
r e t o u r 1 3 h.
temps de route, i ij 40
l i e u d e peche : .Jaatara-Pra?a
Mer calme, t e m p s c l a i r e t e n s o l e i l l e .
P i r o g u e m o t o r i s é e à l ’ i n t é r i e u r 8 c h
Equipage : 3 p ê c h e u r s ( 3 2 , 2 2 , 15 ans).
-
D é r o u l e m e n t d e s o p é r a t i o n s :

- - - - - - - - - e - m - - - - - - - - - - - - -
- R e c o n n a i s s a n c e d e s f i l e t s à l ’ a i d e d e s 1-anions
- R e m o n t é e d e s f i l e t s e t récuperation de:-. I‘aptures, l a nirogue e s t a n c r é e ,
t o u s l e s p ê c h e u r s s o n t a u t r a v a i l .
~ R e p l o n g é e d e s f i l e t s ( 2 p ê c h e u r s ) > ir t 10.1 si Cme g u i d e la p i - r o g u e , a v a n t
l a p l o n g é e , l e s f i l e t s s o n t s e c o u é s p o u r être rii;harrassés d e s i m p r o p r e t é s .
- On s ’ é l o i g n e p o u r récuperer u n autre-- grouw d e f i l e t s (seund? q u e l ’ o n
r e m o u i l l e r a a p r è s récupërations des capture:,.
-. On reparr v e r s l a h a u t e - m e r (Praïa) I)(:II~ dtsposer les f i l e t s q u i é t a i e n t
emharqui% au départ ,
- Un a u t r e groupcb de f i l e t s s e r a ramenli J7!~lur rnparation.

- Durée sortie : 14 h 30
- Lieu de pêche :
- Pirogue motorisée extérieur : 8 ch
- Equipage : 3 pêcheurs : 27-25-23 ans
- Equipement :
. . à l’avant : 2 ancres, 1 cordage, 1 pagaie, 1 sac contenant les lignes,
a . au milieu : un bidon d’essence (30 1), 1 caisse à appât (sardinelles)
et 1 sac rempli de sable (lest),
. . à l’arrière : 1 pagaie, 1 moteur, le réservoir d’essence et 2 écopoirs.
Position au travail : un à l’avant, un au milieu, un à l’arrière ; les
pêcheurs sont assis ou debout selon le rythme de capture.
Pêche à la plaque : la pirogue est en marche, la ligne traîne à l’arrisre,
technique qui permet la capture du nound.
Pêche à l’appât vivant pour les doy et caf.
On a changé quatre fois d’endroits durant la pêche pour trouver un lieu
poissonneux.
Pêche très bonne : caf, doy, kibaro, nound, jaay... Les prises sont entas-
sées au milieu et à l’avant de la pirogue. La mer a été assez mouvementée, l.e
vent souffle, la visibilité est bonne ; pas de nourriture, ni d’eau dans la
pirogue.
. Sortie senne tournante : journée du 27-6-83
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - --_--____e____e--
- Départ : 8 h
: temps de route 1 h 30
- Retour : 14 h
: durée de pêche 4 h 30
- 2 pirogues : pirogue de senne, pirogue de charge, 3 moteurs de 2.5 ch,
190 litres de carburant :
- Lieu de pêche : à hauteur de Saint-Louis vers Gaspard au nord.
- Equipage : 9 pêcheurs dont trois mariés (35 - 33 - 27- et six célibatai-
res (26 - 26 - 26 - 23 - 20 - 14 ans).
- Déroulement des opérations :
Recherche des bancs de poissons ; chaque piroguts SC’ met à la quête ;
dils qu’un banc* se repére, on fait signe à 1 ‘autre. I,r f i l e t s e j e t t e à ;jartir
dv l a p i r o g u e d e s e n n e qui dfcri t II~ vcarcle p o u r e n t ourt’r l e ban<\\ ; dès que
1 ‘encerclement est fait, on passe In c*ordr de la partir ;i coul isst> à la piro-
s:t~t~ d(h c h a r g e ; l a corclv I’st a t tactrfc .‘t la pi rogue (lui
<;t> met en mouvemc‘nt

I
ii
p o u r f e r m e r l a poche e n t i r a n t ; cf‘t:t:e o p é r a t i o n est f a i t e q u e l q u e f0i.s p o u r
‘es hommes.
L e s p ê c h e u r s du l a p i r o g u e de serine rirent
l a p a r t i e s u p é r i e u r e drl f i l e t .
cluand l a poché est fermCr-. E n s u i t e . ; lç> capitaintl f a i t s i g n e à l a p i r o g u e d e
t:harge d e s’arri;ter d ’ a b o r d , pui.s dr commenrer ;I s ’ a p p r o c h e r ; o n f a i t p a s s e r
la p r i s e d a n s l a p i r o g u e d e c h a r g e , E t o n comment<: 1 “ o p é r a t i o n .
T?oi5 jet x (1~. -ienntx o n t cit6 r~alis6s d u r a n t l a s o r t i e , l a p r i s e a é t é
maigre.
I l f a u t remarqner q u e c“Gtait l a derni.Sre s o r t i e d u f Set a v a n t l a p a u s e
de 1 ‘hivernage.

KAYAR
Centre de migration de la colonie saint-louisienne, le plus récent est
de loin le plus important (1945-50),
le village lébou de Kayar vit et subit
le phénomène guet ndarien tout le long de l’année. La physionomie de Kayar
est fortement impressionnée par la campagne de pêche des gens du nord
(Bonardel) qui en ont fait un grand point de débarquement de la pêche artisa-
nale sénégalaise par le volume des captures et par le nombre des pêcheurs qui
y sont présents toute la saison.
Entre 1969 et 1982, les pirogues guet-ndariennes font le triple ou le
quintuple de celles de Kayar, annuellement. Le tableau ci-dessous nous montre
l’évolution du parc des pirogues actives des deux collectivités. Nous n’avons
pas les données de 1974, 1975, 1978 et 1979, mais cela ne semble pas modif ie,r
l’allure du tableau. Les données sont extraits des archives du Poste de Contrôle
de Kayar.
Si le nombre des pirogues de Kayar augmente régulièrement, on assiste à
une diminution du nombre des pirogues guet-ndariennes, excepté pour l’année
1981 qui voit une augmentation remarquable de ses pirogues actives (444) que
l’on peut mettre en relation avec le nombre accru de sennes tournantes, la
baisse reprend dès 1982 et retrouve le niveau de 1972 (178-163).
Nombre des pirogues actives
Pirogues
Guet Ndar
Kayar
Années
1969
332
56
1970
270
50
1971
282
77
1972
163
64
1973
252
8 3
1974
1975
1976
364
8 9
1977
268
6 4
1978
1979
1980
285
126
1981
444
121
1982
178
55
---_--
_- __-~---
- -

L e t.aux d ’ a c t i v i t é d e p ê c h e à K a y a r e s t inc. ompar~~l)lc s u r t o u t e
La côte
s é n é g a l a i s e . D e n u i t c o m m e d e j o u r , 1-e t r a v a i l . maritimt‘ s e m b l e i n t e r m i t t e n t
et associe l’ensemble de l a c h a î n e soci.o-profcAc;c i onne i c> > qui. v a d e l a p r o d u c -
t i o n ( p ê c h e - t r a n s f o r m a t i o n - a r t i s a n a l e ) ;I 1 ’ 1;(.0111 cment d u p r o d u i t ( m a r e y a g e -
e x p o r t a t i o n ) .
L ’ a c t i v i t é p r o d u c t i v e d e K a y a r r é s u l t e dc., ‘“fait qu’il cit p r é c i s é m e n t à
1 ‘ e n d r o i t o ù l a b a r r e a t l a n t i q u e est. l a moins i.r71portanr.t-. r%t la p l a g e la plus
a c c e s s i b l e a u x p i r o g u e s ” ( A r n o u x , 1952.).
E n c e s e n s , l e s sorries e n m e r s o n t fréquevtc:s ut nombr-Puses d ’ a u t a n t q u e
K a y a r p o s s è d e u n e f o s s e m a r i t i m e e x t r ê m e m e n t rl(*hc t?t s o n a i r e d e p ê c h e s ’ é t e n d
s u r u n e d i z a i n e d e k m e n t r e F a s s e t l e village, dans S~I p a r t i e septentrionaleP
Aux deux types de pêche dominants -’ l a 1 i,ql!e e t l a s e n n e t o u r n a n t e - o n
p e u t f a i r e c o r r e s p o n d r e d e u x m o d e s : l a p ê c h e dl lurne t.‘t l a p ê c h e n o c t u r n e
La Pêche diurne :
----._--_-------
T r a d i t i o n n e l l e m e n t l a p ê c h e s e f a i t d e juur, !es pir,ogiues s o r t e n t t ô t
l e m a t i n e t r e n t r e n t l e s o i r a u x a l e n t o u r s de ! ? ‘1. D a n s SOT: d é r o u l e m e n t habi-
Cuel,
e l l e n ’ a p p e l l e p a s d e r e m a r q u e s particuli Cres f c ‘ e s t z,lne p ê c h e regulière,
i l a r r i v e q u ’ u n e p i r o g u e s o r t e d e u x f o i s d a n s l a j o u r n é e .
L a P ê c h e n o c t u r n e o
- - - - - - a - - - - - - - - - -
Les pêcheurs portent dans la pêche de nui.1 u n svstème d e s i g n a u x s o n o r e s
( c h a n t s e t s i f f l e t s ) e t l u m i n e u x ( l a m p e s , feu sur : ‘ e a u ) p o u r faci l i t e r l e
d é b a r q u e m e n t , p o u r a p p o r t e r u n s e c o u r s rapide erl ~a:? d’accidents.
C ’ e s t u n c o d e s i g n e s a u d i b l e : e t v i s u e l : ; bicr; Flabori;c e n t r e le.~ p ê c h e u r s
à bord des embarc a t i o n s e t l e s p e r s o n n e s q u i !VE a( C:ut:i1 lei?t à t e r r e . C e sus-
tème rythme toute 1 ‘ a c t i v i t é n o c t u r n e .
Les pêcheurs p a r t e n t e n m e r (‘11 f i n d’aprt..,
‘*,x--midi (:t rtvi Pnnent d a n s l a
n u i t j u s q u ’ a u p e t t m a t i n .

On trouve le poisson à partir de 2 m de profondeur, la nuit et de ,jour
dans les 2Q m à cause de la forte intensi.té de la clarté du jour, i 1 s’éloigne
durant les “jours blancs” c’est-à-dire les 12, 13, 14e jours du mois lunaire.
~,a pêche la plus éloignée se fait dans les 25 m.
Quand la lune aborde la phase descendante, le poisson replonge et dans
L:ette période, ne mord plus à l’appât.
De nos jours, la pêche nocturne ne tient plus seulement au kiw ; e:le
s’est généralisée pour répondre aux objectifs accrus du développement du SCJ(‘.-
t c>ur. C’est pratiquement durant toute la campagne qu’elle a lieu surtout en
cette année où la saison de Kayar paraît médiocre et qu’elle s’écourte.
La majorité des pirogues-lignes sont motorisées à l’arrière extérieur,
La pêche ligne se divise en deux groupes : les pirogues de nuit et celles
du jour, il arrive qu’une pirogue-ligne sorte simultanément de jour et de
nuit , surtout quand le kiw se produit.
Nous avons dénombré prés d’une soixantaine de sennes et chacune est compo-
sEIe de deux équipages : un de nuit et l’autre de jour.
Il faut observer qu’à côté de la ligne et de la senne, il existe la pGche
aux filets dormants.
La Pêche aux filets dormants
_--___-----_----------------
La pratique est réglementée
par un arrêté préfectoral (n” 0940/DTH) du
20 mai 1980. Cette disposition consacre la délimitation des zones de pêche au
niveau de Kayar :
. La zone nord, allant de la bouée Niary raïa à Mboro et réservée exclu-
sivement aux filets dormants.
. La zone sud, allant de la bouée Niary raïa à la limite de la région
du Cap-Vert est réservée aux lignes à main.
La rcglementation de la pratique des F.D. résulte d’un C:onflit entre 1.c.:;
pecheurs locaux et les migrants. Les causes du conflit remontent dans ICS
~nn6e.s soixante ( I9r73) quand les pêcheurs de Kayar montrèrent leur host i 1 i tt
l !’ emploi des filets, exclusivement utilisés par les guet-ndariens.

- que les !-‘. 1). o:,cupcJJt u n g r a n d e s p a c e d e p ê c h e p o u r u n p e t i t n o m b r e
ce p e r s o n n e s e t gêr.Jc>nt l e s pêcheurs-.ligneurs q u i f o r m e n t l a m a j o r i t é .
C e diff6rrnt ‘J rcsurgJ LJ plus-leurs reprises? e n 1 9 6 7 e t 1 9 7 3 , e t n ’ a
c’onnu d
e

solrJtioJr cJcJ’c’JJ 1980.
A u t r e raiscJJ1 qui lt: pCcheur kayarois avance, c‘est q u e 1.e fil.et é m e t u n
b r u i t q u i f a i t 1 JJi I icrs. ;I(I~ I-PS espëces, l e s p o i s s o n s d é m é n a g e n t d e s z o n e s con-
(:ernées.
Cett.e rfglem~~ntat i o n n e s o u f f r e d ’ a u c u n e e n t o r s e d e p u i s q u ’ e l l e e s t e n t r é e
en a p p l i c a t i o n er raison de l a f o r t e p r o p o r t i o n d e s l i g n e u r s à K a y a r .
L a campagnt dry Uayar p e u t ê t r e d i v i s é e e n d e u x s a i s o n s d i s t i n c t e s :
débarquements sont importants, l a l i g n e d e f o n d p r é d o m i n e e t l a p ê c h e ,
n ’ e x c è d e p a s l a l i m i t e d e s 2 5 m des profondeur. L a s e n n e t o u r n a n t e p a r t i c i p e à
cette campagne depuis son avénement (1972).
- d’e j u i n 3 dGcembre * l e s deharquements sont faïbles et les rendements
médiocres pour 124 ! i g n e d e f o n d . L e s g u e t s - n d a r i e n s o n t r e g a g n é l e n o r d , L e s
sorties sont plus espacées par rapport à la période précédente où l’activité
t o u r n a i t 2 4 h s u r 2 4 ha Seuls les filets dormants, les sennes de plage et
q u e l q u e s f i l e t s t o u r n a n t s r é a l i s e n t l e s a p p o r t s c o n s é q u e n t s .
C’est ainsf qJJ’,7 p a r t i r d e m a i . - j u i n , les fi lets dormants de Guet-Ndar
s o n t p l u s n o m b r e u x et v e r s l a f i n d e j u i n , cent inuent sur Mboro au nord où en
g é n é r a l , ils sont m o u i 1 lés t o u t l ’ h i v e r n a g e ,
V i e s o c i a l e
--w--------v.
C ’ e s t à Kayzr q u e i ‘011 s e r e n d c o m p t e que l a campagne d e p ê c h e e s ! u n
e s p a c e e t u n tcmpc ~xc1us1.f~ d e t r a v a i l .
L a v i e quoti.dicnne tast rëdui te 2 d e p l u s s i m p l e e x p r e s s i o n e t t o u r n e
a u t o u r d e l a product ion <‘ommg o n l e v o i t aver t o u t e s c e s a c t i v i t é s a n n e x e s
q u ’ e l l e génèrt>
P o i n t d’act
c h a n t s r e l i g i e u x
c o n s t i t u e n t uns

I.es instruments de travail sont rangés dans la pièce-dortoir.
on peut distinguer physiquement le Kayar lébou du Kayar guet-ndarien
itanti Yoff et Yarakh) qui s’étend entre l’artère principale du village et
Ja plngt- dans l’aire du domaine maritime national qui n’est susceptible
C!‘;iu:.unt: appropriation et ne peut être l’objet de cession.
I.tl chef de village, en présence du représentant des guet-ndariens proc&
i: t’ t’r3 ~I ~1 s de besoin à une attribution de parcelles sur lesquelles le pêcheur
!clifit sa cabane qu’il rejoint à chaque campagne. Toutes les parcelles sont
attrihui;tts et ne peuvent être retirées à leur bénéficiaire même s’il est
absent pendant une saison. Les arrangements fréquents se produisent quand il
n’y ,I pas assez de place.
Cette situation dans un espace
t r è s r é d u i t a c o n d u i t à u n en-
t,isscment humain propice aux épidémies (grippe, choléra) qui jalonnent la
Iiampagne de pêche.
C’est dans ces conditions de misère sanitaire et d’absence d’hygiène qu’une
case de santé primaire mobile alimentée par les cotisations des pêcheurs a
Gt6 instituée. Elle fonctionne de janvier à juillet et à la fin de la campagne
~>Ile regagne Saint-Louis où elle est intégrée dans un complexe médico-social
il0nt les structures d’accueil seront édifiées à guet-ndar à l’emplacement des
iocaux de l’ancien syndicat.
L’histoire sociale de la cohabitation des deux communautés est parsemé de
i.onflits et d’incidents graves souvent dont il serait fastidieux d’analyser
dans C:V cadre. A titre d’indication, on peut noter que la pratique de la loca-
ti.on d’habitation n’existe pratiquement pas et chaque année des incendies sont
provoqués causant des dégâts matériels énormes comme celui du 25 décembre
Ii176 oii les dommages ont été estimés Zi près de 24 millions de francs CFA ;
hagarrc, de fami Iles avec plusieurs blessés dont un mort.
J I n’entre pas dans notre propos de déterminer les responsabilit6s mais
‘)l f~st t’n droit de C:onstater les rapports conflictuels et tendus entre deux
~.cwnu!~.~ut~;s q~lv 13 p’che u n i e qllelle q u e s o i t
J ‘Gtroitesstb dea chauvinismt-
‘Il! i
111iIlli' t t'i;
rclat i o n s .

MBOLJR
Cen tre important de débarquement de la pSchr art isanalc’ sur la Petite-
Ste, Mbour accueille annuellement, de décembre ?I juin, les pêcheurs de Guet
Ydar qui y côtoient les lébous et les sérères pratiquant traditionnellement
le filet maillant, délaissé progressivement: au protit dc I;i serine tournantr
qui marque la physionomie locale de la pêche.
C’est au début du siècle que remonte la pr-i;~(~nc~c de pê:hheurs du Nord 3
Mbour ; en effet sa promotion en tant subdivisioli administrative date de 1910
avec le transfert des compétences de Nianing à Mbour!, qui de simple escale
commerciale de la traite arachidière deviendra IJIÏ~ vil le ér%onomique et poli-
tique dont les structures actuelles ont été facgrnnëes pax ICI processus de
l’édification de l’économie coloniale. Mais ce sera aussi dans l’histoire de
la migration des pêcheurs guet-ndariens, leur seconde local it6 de campagne
après Rufisque, position qu ‘el Le perd.ra avec 1 ‘ouverture dt- Kayar vingt an
plus tard.
Au tout début de leur arrivé à Mbour, les guet-ndariens étaient hSbergés
chez une dame d’origine saint-louisienne, Yeye I?;eyla, dont !e mari pa.ysan de
Gandiole avait fuit 1 ‘impôt qui pesait sur l.es paysans du Candiole pour deveni.r
un traitant à Mbour (entretien avec A. DIW;. C:C sera un acte du commande de
cercle de Mbour qui va marquer le début de 1,‘ét:ablissement des guet-ndariens
à Mbour : en effet l’autorité publique avait attribui; une parcelle de 50 II? à
un pêcheur guet-ndarien (C.T. FAX) qui se fixa avec sa famîl le dans 1.e sous-
quartier connu aujourd’hui sous 1f.h nom de “Ndar g u ndaw” en réfêrence à l e u r
origine ou encore “Rue Xaxam”
endroit broussai 116 d’arbust-ths 3 Piquants( 1).
La fixation des guet ndariens à Mbour n’a 6té possihlt. grâce à une coha-
bitation. paisible entretenue par des relations matrimonia If?:: réciproques entre
les deus. populations, mais aussi r)ar la commun,+uî6 dans 1~ t ravail que part a-
gent les deux groupes. Cc courant d’khangcs 1-1 t!; i t ifs 3 p(?rr;li s 1 a. prt;sç?nc(a

. ,
quasi annuelle des guet ndariens au point que la notion de campagne dans son
acceptation temporelle (saisonnière) ne vise que la période où ils y sont
plus nombreux, autrement dit les guet ndariens sont présents toute l’année.
Durant notre séjour (prémière quinzaine de mars) nous avons eu des entre-
tiens avec les pêcheurs, les notables professionnels et le responsable du sec-
teur de I ‘Administration des pêches de Mbour.
Nos préoccupations ont tourné autour des conditions de vie et de travail
des pêcheurs en campagne et des relations entre communautés, des choi.x qui ont
présidé à la préférence de Mbour à d’autres lieux.
Nous avons procédé à un suivi, d’une semaine du 7 au 13 mars 1983 sur les
coûts de production de la pêche. Le suivi concernait un échantillon de cinq
mi tés, mais seules deux ont régulièrement répond
à cette enquête.
. Conditions de travail
--_--___---__----_a--
Le nombre de pirogues actives en ce début de mars à Mbour s’établit comme
suit :
- 271 pirogues originaires de Mbour dont 182 motorisées, 14 à voile et
75 parties en campagne.
-. 65 pirogues motorisées venant du Cap-Vert, Saint-Louis et du Sine Saloum
(Sources S.P.M. - Mbour).
Nous avons estimé à une vingtaine, le nombre de pirogues guet-ndariennes
pratiquant toutes la pêche-ligne avec une moyenne par équipage de cinq person-
ne;. Les deux tiers (2/3) des pirogues viennent de Lodo-Guet-Ndar et le reste
entre Dack et Goxumbacc à peine 6 unités.
Onze pêcheurs ont L’objet d’une enquête sociologique et biographique dans

En cette saison (noor),
la pGche se fait essentiellement à la ligne, le
filet dormant ne sera actif qu’a partir de juillet avec l’hivernage. Les
lieux de pêche ne sont pas C;loignGs,
les fonds, de p6che sont rocheux.
On ne trouve pas dans cette région les poissons dans les fonds vaso-
sableux, En toute sai on, on peut pratiquer une pêche de subsistance et la
journée de pêche excède rarement en moyenne 9 la de sortie. Mais les sorties
diminuent en période de forts vents ; la mer est souvent calme toute l’année,
ce qui fait penser a:’ pêcheur que dans cette zone qUC la mer est du genre
féminin, par opposition a la grande côte 02 elle est virile. Aussi, la pêche
de nuit y était très partiquée par les guet-ndariens mais elle est abandonnée
maintenant à cause de ‘la surexploitation des fonds par la pêche industrielle
qui ne s’active dans la zone réservée à la pêche artisanale que de nuit. Le
pêcheur observe que le bruit. des navires fait fuir le poisson.
Dans certains pirogues guet-ndariennes, l’équipage se compose aussi de
pêcheurs lébous.
Les engins de pêche sont utilisés differemment selon les saisons : la
ligne :se pratique durant la saison sèche et ‘Le filet dormant en hivernage,
c’est aussi en hivernage que la pêche de nuit était plus pratiquée. La pêche
à la pirogue glacière s’y fait aussi par des pêcheurs de Daçk (4 pirogues)
et par une autre pirogue dont 14.: propriétaire est un, fonctionnaire local et
l’équipage se compose de guet ndariens et de Iébous.
Cinq pirogues sont parties en marée pour un navire industriel : nous
reviendrons sur ce problème de La ligne-mar6e,
La pirogue motorisée a 1 ‘extérieur caractérise l’armement guet-ndarien
à Mbour.
Toutes les pirogues débarquent au même endroit sur la plage, le “doming”( 1)
quelle que soit la pêche, Le tr~ansbordement se fait sur des charettes qui
rejoignent les camions des marcveurs
;i une 4.entaine de mètres de la plage
sur la place d\\r boulevard marit inw, partie I.-xt cirieur du doming.
-
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(1) Nom chatic dt domain(.;, S:I~ réft;rc%nc,4. ;III domainc maritime ; c’est la

q, rJ <
c;, 63 3
1 9
Après le débarquement et 1.a conc*lusion dcx la vente, les pirogues guet-
nciariennes sont acheminées vers la plage de gardiennage à Ndar gu ndaw au
nord de l’espace réservé à la transformation artisanale.
La contiguité de l’espace de transfc.)rmation et celui du parcage des pire-
gues fait l’objet de conflits fr6quents r’nI.re les pêcheurs et les femmes de
l’industrie du kétiax. Le risque d’inc<Andic des pirogues est constant et la
transformation nécessite, avec l’augmenration de la production plus d’espace.
La plage constitue un enjeu social ~Iu’il faut résoudre judicieusement si
i’~n veut sauvegarder un climat de bon voisinage entre les groupes professio-
nf?ls. Les tentatives de transfert de l’air<> de transformation n’ont jamais
abouti encore que l’on cherche à maintenir ses contours actuelç pour ne pas
polluer le tourisme voisin.
. Modes de vie
- - e - e - _ - - _ - -
La campagne mbouroise dure au moins six mois dans l’année. La majorité
des pêcheurs louent des chambrents dont le prix varie en fonction de l’état
des chambres : une chambre éclairée vaut 2 500 F CFA et non éclairée 2 000 F C:?A.
Quand ils ne sont pas venus avec leurs femmes, ils prennent une sorte
de pension à la journée dans la famille logeuse en fonction de leurs activités
à terre ou en mer : quand ils sont en mer, ils ne prennent qu’un repas, celui
du soir ; par contre quand ils séjournent à terre, la pension est complète.
Le prix de la pensi.on est très variable, il tient à la nature des relations
entre les deux parties.
OR note une certaine sédentarisation des guet-ndariens à Mbour par le
mariage que renforce la tendance à J, prendre une deuxième épouse ; ce que
ri;f lète 1 ‘Schelle des âges des pêcheurs interrogés.
si le mariage se vérifie dans les :lt’\\lx sens, il est tout de même plus
f rfquent chez 11~ guet ndar ien.
pro, cssus (le sédentarisat ion, In:* i : :IIIL;S i 13 scolarisation des enfants
1111s dt>s Iini ans &c)cales,
1 ‘hétéroq6nci t ( (11 i ‘origine socio-professionnelle
JCS parrant s f ;lvori st’ ‘ot t e t (~~ndan(~r~ (I(I~ I)( :;( 1lC;.j,‘1 problGm(J quant 3 la I,rodw-
C iorl t>t t-(>proclI1(,t ion 1~5 çontli t ions *OI :.iii’:. dt
la p?chr artisanale.

J 0 A L
De mi-mars au début d’avri 1, nous nous sommes re!ndus à Joa 1, chef-lieu
de la région maritime de Thiès où se trouve 1 ‘inspect.ion région ale des pêches.
Joal est le premier centre de production artisanale du pays dont le dy-
namisme des industries est lié
à la permanence des activités et leur succes-
sion en rapport avec les saisons de pêche. Depuis juillet 1982, Joal s’est
doté d’un centre de mareyage, le second de la région après Kayar (1980).
1 Esquisse historique de la migration guet-ndarienne à Joal(1)
-- ------_______ __________- _______ ___<____-_------.------
Les pêcheurs guet-ndariens en campagne a !lbour, vont ouvrir le centre de
Joal à partir de 1920 sous la députation de Blaise DLAGNE. L’ouverture de ce
nouveau point d’activité n’allait pas sans poser des problèmes quant à la
CO-habitation entre les deux collectivités sur le plan religieux et économique.
L’église catholique préssentait déjà la concurrence islamique dans son
fief avec l’arrivée des pêcheurs du nord, à. qui elle interdisait de prier
dans le village+ On garde encore l’image répandue du joalien sommant le musul-
man â ramasser la terre sur laquelle son front s’est posé. Galandou DIOUF,
député en 1934, interviendra auprès des autorjtés coloniales pour faire cesser
cet ostracisme religieux et a la célebration de /.a Korité de cette année que
dirigea le khadriya C.T. FAYE de Mbour, dix villageois se convertissent à
l’Islam ; plus tard la première mosquée de .Joal. sera construite.
Sur le pian fconomique, le village était un lieu d’activité passager où
l’on ne faisait que la transformation des captures du fait de l’absence de
marché comme dans les “daal”(2) 0 Le principal marchi; important se trouvait à
Kaolack,, après Mbour 1 Les pêcheurs transportaient le poisson frais ou transfor-
m6 à dos d’âne vers Tataguine, Thiadiaye ou fPat.ick ii travers les “tarin”,
-_.-... ._--.. ..- -_1_--1
( 1 ) Nous tirons cet te partie, de 1 ‘entrci I~II, que nous avons <lu avec’
i:oncl i FALL, vieus p;cheur guet-ndarien instal !i; Fi JoaI (7 1 31~s) s
(‘2) 1,~ daal 12~1 un campement temporairi, ~-~tir i a pingc 011 on trnnsformr
l t pal sson qlli n’<! />II être 6vncui’ :;lir 1~ m;lri.lii;.

Plus tard, un mulâtre du nom de Marcel préconisa le transport par auto
en 1925. Ce qui fut fait avec un premier chargement des prises de deux pirogues
(diarègne,
t h i o f , doy...) en directiorr de Fatick. Les poissons de chaque pi-
rogue recevaient une marque singulière (section des nageoires par exemple),
CE qui deviendra une habitude dans le système de vente groupée dans un seul
vi:hicule.
Cette première opération s’avGra concluante et Le commandement de cercle
de Fatick proposa aux pêcheurs un c-amion d’un plus grand tonnage pour assurer
l’approvisionnement de la région.
A partir des années cinquante, le village de Joal deviendra un centre
permanent de campagne grâce au développement accéléré de la commercialisation
du poisson frais vers Dakar par un système routier important.
. Conditions de vie et de travai 1
-------------------e-----v-----
Nous avons vu que les guet ndariens en campagne à Mbour avaient fait de
,Joal un point de chute au cours de leur DéroRrination vers le Sud. C’est pro-
gressivement qu’ils s’y installeront de manière saisonnière en raison de la
richesse halieutique de la zone (espèces nobles) et du développement des in-
dustries annexes.
Les conflits religieux latents ne vont pas favoriser de résidence fixe ni
le développement des relations matrimoniales, ce qui ne se fera que tardivement
i)izn qu’il y eût des exceptions. Les changements se feront très lentement.
Le mode d’habitat dominant se fera par la location mais essentiellement
<tri milieu musulman ou auprès des gens de tolérance d’abord. Au début, les pê-
(%h9?urs dressèrent des tentes sur la plage ; de nos jours, que ce soit la lo-
t.ntion des maisons en dur ou des cases en paille, ils sont installés dans la
partie comprise entre la rue principale du village et la plage ; ils se retrou-
vent dans les quartiers de santhie, tilène, diamaguene.
La campagne de pêche de Joal est très diversifi6e par la spécialisation
c’;iIlS 1 es captures et pal
la m i x i t 6 des t y p e s d(, p?cht~ ; o n d i s t i n g u e : l a
! i);ne-stichcs c.asier (LSc), la lien<’ pi rogue normal(x (LPn), la ligne pirogue
ts, I iic i ? ro ( LPg) tût la vat-iEti$ dcb fil(>ts dormants.

types à Guet Ndar semble se reproduire dans les différents centres de campa-
gnes et se confondrait avec
les groupes socio--spatiaux des sous quartiers.
Nous avons relevé une centaine d’unités d’origine guet ndarienne en mars
(source : 1. NDIAYE, PA, enquêteur mensuelle) .
Ligne normal c”
LPn
2 7
Ligne glacière
LPi-?
19
Ligne-seiches casiers LSc
2 5
Fiïtts dormants
F D
29
.--.
Total
1 00
La campagne joalienne débute vers novemhr(: 1:~ !.a pêche est dominée par
la ligne et les filets dormants ; à partir de fi;vrier on observe deux phéno-
mènes :
- le départ du gros des ligneurs vers Kayac (montae)
- le passagçb de la ligne et 1.a réduction des f-ilets dormants vers la
ligne-seiche.
Compte tenu de 1 ‘effort de pêche, nous. dissoci.ons le type ligne entre
la ligne normale et la ligne glacière qui comporte une structuration parti-
culi$re ; elle demande une plus grande autonomie en mer, ses moyens sont
multipliés et 1 ‘équipage n’est pas forci;ment famiiial t on retrouve une for-
mule associative.
Les filets dormants se differencient par rapport aux captures : on peut
retenir : les FD yeet, Les FD sole-l.angoustcs, les FD poissons ou “Rock”. Le
FD yeet ne se fait qu’à Joal.
La. ligne normale ou les FD !;(J1e--lango~lse~~~;
passent er: fonction des sai-
sons à la ligne seiche-casiers qui commence 3 SC> répandre 3 Saint-Louis du
fait de: Ea demande accrue des céphalopodes sur jr: marchés des usiniers.
L’enquête portant sur les coûts de produc tien concernait 2! unités dont :
F D
6
Lf’n
h
d o n t 2 n o n repenses
LSC
6
LPg
4
d
o
n
t
I non-réponse
TotaI
21
dort<
sur 2 I IIII i I I s 1

I>[I~
faiK ~ff~>ct~vrrn~*i~t 1 ‘1115 i I‘i tic ;-Pr t f’ ~~13quêtc.

.
La ligne-marée Consiste en un groupement de plusieurs unités & pêc[le
souvent
une quinzaine , qui vont pêcher en dehors des eaux senégalaises au
profit d’un navire industriel pour une durée variable de ‘30 3 40 jours. !,a
ligne-marée est formalisée par un accord verbal ou par un protocole écrir.
sous forme contractuelle.
Le recrutement se fait à Saint-Louis et à .Joal, le plus souvent, qui
sont les points de départ des marées pnr 1 ‘intermédiaire des pêcheurs devenus
to.Jrtiers dans cette nouvelle formule.
Nous avons assiste le 24 mars 1983, au départ d’une marée affrêtt;t par
un navire coréen battant pavillon. sénégalais (SOSETEM no 1 Dakr 663) qui
débarque son produit à Las-Palmas, à la fin de la marée. Cette marée s’est
c,onstituée de 15 unités avec un total de 77 pêcheurs se répartissant ainsi :
4 unités de 6 pêcheurs
= 24
9
!I
de 5 ”
= 45
2
II
de 4

=
8
-
Total
= 77
Leur situation matrimoniale est présentée dans le tableau suivant :
Célibataires
Pères de famille
2 0 ans
8
2
21 à 30 ans
17
2 2
31 à 40 ans
26
plus de 40 ans
2
I
I
I Total
25
52
On peut remarquer que le 1/3 des pêcheurs oui ont moins de 30 ans sont
tous des célibataires (25), la majorité soit 73 pêcheurs ont moins de 40 ans
c*t t e s Cf.3 sont des pères de familles et n’a teignent pas la quarantaine
(!‘années soit 50 pêcheurs.
Tous les embarqués sont des pêcheurs ligneurs ; chaque uniti! est dirig(.;ci
!;<ir un tapit 3intx qui en es1 souvent l(a pr:y)rictairc.
Tous les capitainc>s sont
iii;1 r i SS ,
i 1s sont au nombrr 15 dont l(>-; 14 ont moirI;-. dt> quarante an5 (voir
! ;Ii 1 (‘a Il Ci i -;inri,s.

11 peut s ‘i’(.ouler, entre deux marées, uno période d’un à deux moi
pen-
dant laquelle 1t.9 p”cheur, inactif, attend le paiment de sa prestation qui
n’intervient qu’après la vente en Europe du produit.
En moyenne, les sorités privées réalisent 5 à 6 marées de 30 à 40 jours
par an. Le pêcheur vend le poisson au prix modique de 100 F/kg pour les espèces
prisées par l’armateur rt 60 F/kg pour les petits individus et autres espèces..
A 1 ‘époque où la ligne-marée était conclue par accord verbal, certaines
sociétés ont abusé les pêcheurs et même un groupe de pêcheurs poursuit depuis
cinq ans un homme d’affaires sénégalais qui n’a pas honoré son engagement.
La formule contractuelle par écrit est un phénomène nouveau et n’a pas
du point de vue formel. une valeur juridique recevable, car n’étant pas auto-
risée de manière claire et précise.
Cette nouveilc forme de pêche véhicule des conséquences incalculables
par ses effets .;ocLaux dans la pêche artisanale et par son induction négative
dans la planification de la politique de la pêche sénégalaise. Les quantités
pêchées Echappent
al! secteur artisanal et au marché national, les prises sont
commerci.ali.sées 5 1 ‘Etranger (FON’MNA, WEBER) ,,
Le pillage des ressources ne s’arrête pas simplement au mode d’exploita-
tion industriel ICJ, 3u nor! respect de son aire d’activité, pire par la généra-
lisation de la ligne-marée, Les sociétés privees exploitent la force de travail
artisanal dans la pêche artisanale, La ligne-marée est aussi le fait de socié-
tés sénGgalaist2, c’t mauritaniennes,
A rôti, dt‘ i.3 1 igne-mnrCe, des pêcheurs, encore minorir.aires, abordent les
bateaux qui l<A\\li 1 i vrcsn: 1~:; c;spèce: qu’ils no recherchent pas et qu’i 1 déver-
sent en gén8ral Sl.2rig
1 ‘<)i.~63rI,
en con! reparti (3 des services rendus à terre
(approvi sionnc~mt~trt ~ bfhsi)ins divfhrs), par simpl ta ilon ou par achat cc qui est
le plu5 frc;qliklri[

iIT- 1, IE: S
F O N D S D E
P E C H E A
S A I N T - L O U I S
L e p ê c h e u r s i t u e , nomme les lieux de pêche en mer en se référant à l a
vie terrestre, p a r l ’ h i s t o i r e e t l a g6ographie e n y integrant s o n u n i v e r s
s o c i a l e t c o s m o g o n i q u e . L e s l i e u x d e p ê c h e i n t é r e s s e n t oarticulièrement
l a
peche-ligne, les filets dormants, dans une moindre mesure, alors que la sen-
I’IC’ t o u r n a n t e e n g i n d e s t i n é à l a c a p t u r e d e s e s p è c e s p é l a g i q u e s n ’ a p a s u n
e s p a c e determiné d ’ a c t i v i t é , e l l e p e u t s ’ e x e r c e r a u s s i b i e n e n h a u t e m e r q u e
près de la côte. Nous d e v o n s l ’ e s s e n t i e l d e s d é c o u v e r t e s d e s f o n d s a u x pecheurs
li.gneurs v é r i t a b l e s p i o n n i e r s e n c e d o m a i n e .
L e s f o n d s d e p ê c h e s o n t d e n a t u r e r o c h e u s e “Xer” o u v a s o - s a b l e u s e “Joxoor”,
d&limités e t r e p é r a b l e s e n f o n c t i o n d e l a p r o f o n d e u r , d u t e m p s d e r o u t e , d e
points situés sur la terre ou en fonction de la position des astres, mais
a u s s i l e s u n s p a r r a p p o r t a u x a u t r e s .
L ’ e n s e m b l e d e s l i e u x d e p ê c h e c o n n u s s o n t s i t u é s s u r l e p l a t e a u x c o n t i -
n e n t a l q u i s u r l a G r a n d e C ô t e n ’ e x c è d e p a s u n e l a r g e u r d e c i n q u a n t e k i l o m è t r e s .
1. - TOPONOMIE ET GEOGRAPHIE DES FONDS
N o u s a v o n s r é p e r t o r i é d a n s l ’ a i r e d e p ê c h e d e S a i n t - L o u i s u n e v i n g t a i n e
dc f o n d s ( X e r d a n s l e s e n s g é n é r a l ) a v e c l e u r c o m p a r t i m e n t a t i o n e n “Keer”
(ou m a i s o n ) d o n t u n e d i z a i n e p o r t e d e s n o m s d e p e r s o n n e s ( n o t a b i l i t é s politi,-
ques ou professionnelles. I .>, d ‘autres fonds portent des appellatations de
li.eux p u b l i c s ( h ô p i t a l ) , d ’ i n s t i t u t i o n s e t s o u v e n t d ’ é l è m e n t s t y p i q u e s
(ctrbres “koko”,
“tandarmagi”) o u a c c i d e n t e l s (6pave “saxaar”) d e l a n a t u r e
environnante.
Les fonds sont plus ou moins rtendus,
concentrés ou dispersés dans l’es-
pace maritime ; l e s p e t i t s f o n d s , fi’néralement r e g r o u p é s ? s o n t t r è s n o m b r e u x
e t o n n e p o u r r a i t d a n s c e c a d r e l e s d6nombrer avtzc. e x a c t it Ilde. Nous dressons
himplemcnt l a l i s t e d e s f o n d s l e s plut, i m p o r t a n t s s a n s prtatendre ;i 1 ‘(>xhalls-
t ivitc;.

__,._ _.--i .
Les zones de pêche sont disposées du sud vers le nord(l), de la côte
au large, se répartissant en trois groupes, certaines zones sont plus ancren-
nes, d’autres ne seront connues qu’après la motorisation ; de ce fait plus
éloignées et se localisent en dehors des eaux de juridiction sénégalaise
(Mauri tanie).
Les fonds varient
entre 7 et 10 brasses(2) en général
a.- De Tassinière à Guet-Ndar on distingue sePt fonds :
-----------------------------~--------~-
- - - - - .------w
1”) Xer wu rye (10 brasses) composé de 6 maisons :
- Coletu mor j aw
- Niaty koko
- Bopu wer wi
- Coletu tandar magi
- Seeru gny wi
- X.eru yatma gene (7 brasses).
2”) Der u ndum
3’) Xeru lopital
4”) Xeru mam mor gi
5’) Praïa (24 brasses) se divise en deux maisons :
- Praïa tank
- Praïa gop.
6”) Jatara (à 17 brasses) avec: six maisons :
- Mvedum angar
- K.eer seer yu ndaw
- K.eer njak
- Colet bu rey
- K.ang.
7”) BOOS, au nord de Jatara à 17 brasses.
b.- De Guet-Ndar à Boyo,-on compte onze fonds variant entre 7 et 9 brasses
----- --_--_______ ~ ____
----_ -- _____” ___,__,_____ -_-______------~~~-~~----.--
1”) Bolaw
2”) Ndoos

3 ” ) Xeru nb layt’ gev
4 “) xerubbi)c) 1
3") Xeru wu bes wi
6”) Xet- wu rey wi
7") Xeru rig;,tlj g i
8”) Xeru n g o o r
9” j :\\eru rnadabo
10”) Xeru mun d a u r ( 7 b r a s s e s 1
I 1”) %?ru d a u d a .jeye (8 brasse.sI.
c.-
Dans i e s e a u x mauri tanicnrres
* f o n d s r e l a t i v e m e n t rC;cents n~u:. t.11
--_____________------- _,________I’----------------------------~-----
_-...
r e t e n o n s d e u x d e s plus
--________--_-----
f r é q u e n t s :
w--m_-- - - - - -
1”) L a x r a t , d é n o m m é p l u s t a r d X a d i A d i de Y ,i .!O brassrs ~~omprrnd 4 m3 i i.113
- T a k a l é
- Niary ron
- T u n d u daai y i
- Salu p e r v i
2”) Harem siru, d é c o u v e r t e n 1 9 6 3 , d e 1 7 2 32 brasses, SC’ c o m p o s e d e h u i t
maisons :
- Beel xaasan
- Ngetij
VII sew v i
- Ngedj YU mak yi
- I<anal h a
_. Saam
.- IJremitB -,rixar
- Dezienr >%axar
- t roisic>r! saxar.

pas, mais ils sont rare dans l’aire de Saint-Louis, par contre ils sont nom-
breux sur la Petite Côte.
- Le Joxoor : fond vaso-sableux, on y rencontre les espèces (saisonniè-
res) migratrices, en saison des pluies y vivent les “Waragne”, “tononé”,
“lao”, “dakale”, “feet”, “sikène mbaw” entre autres ; en saison froide, tous
les poissons des roches y s’éjournent tels que “xof”, “koch”, “doy”, “loger”
etc.. .
- Les Xer : ils regroupent des poissons connus sous l’appellation d’es-
pèces nobles capturés principalement à la ligne et des crustacés piégés aux
filets dormants.
Nous nous gardons toutefois de faire une distinction rigide en matière
de peuplement des fonds selon la nature de ceux-ci :; il s’agit beaucoup plus
d’un phenomène de comportement lié aux saisons, à la qualité des eaux mais
aussi de l’espèce considérée. Certains poisser ont uncomportement ubique, on
les rencontre aussi bien dans le “Xer” que le “Joxoor” c’est le cas de “caf”,
“d oy”, “xed”, “ngo t ‘ls Il existe une zone entre deux “xer” appelée “tanch” que
fréquente un poisson particulier le “pal-pal”” qui comme les jeunes espèces
permet de découvir un “xer” (dans le sens de *ieu poissonneux) ; de même la
présence d’urr oiseau marin “‘wuk’” ou d’un groupe d’oiseaux “njore” piquant
des élèments organiques et des déchets de graisses animales sur l’eau rensei-
gne sur la qualité du fond ainsi à la première pêche, le pêcheur peut être
fondé sur le comportement sédentaire ou migrateur de l’espèce et de se déter-
miner sur les possibi lités de pêche.

i \\’
C 0 N N A 1 S S A N C b. S
E ‘r
T E C H N t (1 II II S
Nous reproduisons l’entretien que nous avons eu à Joal avec’ Insa I)LEYF: Cii
sur le fond du s;tvoir maricime, sommes d’expériences accumulées qui fait ia
réputation du pe(*heur guet ndarien (2) . Notre conversation a tourne autour des
questions relatives aux systèmes d’orientation et de navigation, à l’hydrogra-
phie (eaux, vagues, courants....), sur la dynamique comportementale du poisson
eC l’influence des astres sur cette dynamique (“Lok ak nde”) et des stratégies
mises en oeuvre par le pêcheur dans l’exploitation du monde maritime.
Nous avons essayé de rester figèle à l’esprit et au texte, seuls Les in-
tertitres constituent un rajout. L’ordre d’exposition reflète correctement le
cheminement de 1’ entretien.
(1) Cette conversation devait avoir lieu avec Djeug DIEYE dont la notabi-
lité et la sagacité en matière de pêche sont reconnues de tous les pêcheurs
guet ndariens, on lui prête avoir émis l’idée de doter la pirogue d’une caisse
à glace pour faire> une sortie prolongée en mer. Il nous a recommandé son jeune
frère Insa DIEYE, ce qui montre une des modalités de transmission des connais-
sances accumulées par le pêcheur. Nous les avons rencontrés à Joal où annuellc-
ment ils passent la campagne de pêche de novembre à juin, en général. Lis sont
âgés respectivement de 53 et 51 ans.
(2) Durant notre séjour à Joal, des pêcheurs de Mbour ont été porté dispa-
rus pendant cinq jours. C’est une unité de pêche guet ndarienne basée à Joal
qui ;L été à leur recherche au sud de la casamance. Les pêcheurs étaient égarés
en pleine mer alors qu’ils poursltivai e,llf Ill1 h;lIlC dl.? sardine1 1 Ps CI I;f ;~~lln~’ tc>tlrij-
nantt . Grâce au s~*s~!~lrs des guet ndariens ils ont pu rejoindre letir port de
dfharquement sain’. tnt ~;;l~lf~s avec leur matérici. Cet événement prouva la solida-
r i t6 d e s p ê c h e u r s ~1a11s 1 ‘cbxercice du mét ier. Soulignons que cet ac’te dê volon-
:ai r(’ èt désintiir ‘.S ‘. N o u s t;tions prc;scnt 3 Joal q u a n d I ‘f?v<>ncmt~~~t s ‘c~s[ prc!-
Ii[!i t .

1, - LES SYSTEMES D'ORIENTATION ET DT: NAVIC,ATlW
Les. Astres
3
---.--e-e--
Le compas a changé les méthodes puisqu’on se guidait en fonction des astres,
quand nous sommes à Joal, sur la Petite Côte, nous répérons Les constellations
“dologne” et “langane? (croisée de deux rangées de trois étoiles), l’étoile de
“ianganeé au sud ; le “daaj” est une étoile très brillante au sud du “langane”
qui pointe au crépuscule et disparait entre 4 h et 6 h du matin , puis la cons-
tellation de “rankalde”.
L’étoile du crépuscule ou “bidewu timis” s’avance toujours de l’ouest vers
l’est ; elle est utilisée le soir pour rentrer ; tous les deux ans’ elle appa-
rait à 1 ‘ouest et à la deuxième année elle commence à paraître à 3 ‘aube ou
“bidéwu f aj aar” ; elle évolue en fonction des saisons,
Autrefois, les anciens pêcheurs s’intéressaient aux étoiles de l’est qui
sont visibles durant le loli (de décembre à février) et parmi elles, le groupe
“Jaap sa mbaal” qui constituait le principal guide car en fonction de son appa-
rition débutait la campagne de Poli*
L’étoile polaire “peler” est fixe et désigne le nord.
“DoPogne” e t “langane” partent de 1. ‘est vers l’ouest’ quand disparait le
“dologne” il y a toujours une pluie qui l’accompagne et un mois et dix jours
plus tard’ c’est la saison des pluies “nawet’“, â partir de ce moment le “dolo-
gne” réapparait à l’est,
“Dologne” et “langane” se suivent à distance égale et “langane se situe
plus au sud. Le “dologne” est formé de six a sept étoiles.
En l’absence des astres, on peut tenir compte du ‘“ganax”, ondulation des
eaux pour s’orienter’ il se dirige vers la terre ; le “ganax“ ne se casse pas
comme la vague. On se détermine en fonction de la posit.ion de la pirogue pour
le “ganax” n'est pas manifeste tout le temps. On a recours aussi aux vents.
. LPc: Vents
---.---_--
Oh distingue les vents suivants : taraxan, mhoya, lnkum t-~~g, corof ou
sambarax, j a a l cor-of, jaal, j a a l njagop, njago:>

En “Jaa 1 ” , pour rentrer, o n f a i t dos au v e n t t;indis qu”en “ m b o y a ” o n t a i t
1 ;li’? au vent.
E n t r e “ f a r a x a n ” e t “corof” q u i Sont des vi’nts o p p o s é s , s e l o n q u e 1 ‘ o n
parie o u q u ’ o n r e n t r e o u L e s p r e n d del b i a i s ; par exemple à Saint-Louis où la
(.ôt,l e s t r e c t i l i g n e q u a n d f a r a x a n s o u f f l e , t o u j o u r s d u n o r d a u s u d , e n p a r t a n t
tu mer o n d o n n e 1 ‘ a i l e d r o i t e d e l’embarcation a u v e n t e t a u r e t o u r o n p r o c è d e
ri 1 ‘ i n v e r s e ; q u a n d i l s ’ a g i t d e “corof” v e n t q u i s o u f f l e d u s u d v e r s le nord,
dans la même situation géographique, o n i n v e r s e l e s c o m p o r t e m e n t s a p p l i q u é s
8 V~I( 1 e f araxan .
C o m m e “ f a r a x a n “ e t “corof”,“mboya”et”jaal” s ’ o p p o s e n t d ’ e s t e n o u e s t ;
jr431 v i e n t d ’ o u e s t e t m b o y a e s t u n v e n t d ’ e s t . “Corof” c i r c u l e e n h i v e r n a g e ,
d e rê”que jaa:l.
“Faraxan”
s o u f f l e d e loli à noor ( d ’ o c t o b r e - m a r s ) ; m b o y a e s t s u r t o u t fré-
q u a n t à cette même période.
Les vents sont prédominants en fonction des saisons et ils s’interpénétrent.
(“Jord)
Faraxaam
2. - HYDWGRAPH:L
E
. I,cs e a u x
M a i n t e n a n t q u e n o u s n o u s a c h e m i n o n s v e r s corok ( d ’ a v r i l 5 j u i n ) , o u rencon-
t ! !’ des “eaux rauges ” c o u l e u r d e v i n r o u g e , (‘311x p o i s s o n n e u s e s q u i circlulent
,llIïsnt (‘tltte s a i s o n . E n t r e j u i n e t j u i l l e t , 1 ‘eau commence à changer et vire
,ils 1) 1 chu-vrrt. , 11% “pa lyngom” que fréqritbnt tint
1 C’S especes “itant è”, “yawa 1 “,
“11 !r)uride” c>t 6pcn~sent l a c o u l e u r d e I ‘enil. 1~ palyngom est unr tuau d e s haut <~III s
:,,i<
SIraiIl(, I I *.t*nf “jaal” v e r s 1 3 terti’.

1,’
5 - ndawum kellu gop : courant des hauteurs provenant du N-W
6- ndaxum k e l l u t a n k : ”
Il
provenant du S-W
7 - ndawum kawu gop
: c.ourant d e s rivages provenant du N-E
8- ndawum kawu tank :
II
,l
provenant du S-E
‘:o p
’ /
Haw
- -
SO6
I
s2
Tank
-
-
L’opposition de 2 courants de sens contraire, de surface ou de fond est ap-
pelée “nguri”, très fréquent en hivernage du fait des vents qui détournent le
sens de marche des eaux de surface ; ce péhnomène tient aussi du fait de la SU-
.
perposition des eaux D L’eau douce qui est plus légère que lDeau salée, se trouve
en surf ace.
L e ” nand”, eau rougeâtre* est de surface en période de chaleur, et de fond
quand il fait froid.
a Les vagues : xanx
----dB - - -
Les vagues varient en fonction de la nature des mers, femelle ou mâle. On
distingue trois vagues différentes sur la côte A St-Louis, on ne les rencontre
plus à partir de Kayar .
1 - Sop-sop bi : c’est la première vague qui. mouille,
2 - n j akaw : c’est la seconde vague qui marque la limite entre le rlvagle
et la mer,
3 - njalagaol : appelée aussi. “njalu gorbi”, la vague que ne franchit que
les hommes (ou n’a jamais vu une femme le faire) .
Njakaw est un brisant permanent. tandis que njala gool est: fonction du ganax,
on peut le rencont.rer comme il peur ne pas SC’ manifester, Le sop-sop bi est d’ im-
9ortance variables :‘t s(’ m a n i f e s t e il9 deux m;jnji>ri 5 :

- s o p - s o p hu satel : il creuse le sable et crée des petites dunes qui em-
p6chen t !‘accostage d e s p i r o g u e s , e n g é n é r a l , il se produit quand la mer est
bel !e ;
- sop-sop hi tali : i l a p l a n i t l e s a b l e e t f a v o r i s e 1 ‘a(,costage.
. I>c,k
: du t3e au 16e jour,
- -
l e s e a u x g o n f l e n t (vi.ves chaux) ; 14, p r e m i e r jf)lur
j ou 1’ lunaire et le jour où la lune disparaît le matin à 1 ‘OUC~SI ; quand elle SC
1 ?vc, ;I 1 ’ est , l e m a t i n e t q u a n d a u c r é p u s c u l e , e l l e s e l è v e ii 1 ‘est. Lok L:roît.
p r o g r e s s i v e m e n t e t a r r i v e à u n p o i n t culmilant p o u r e n s u i t e regresscr v e r s ride.
. Nde : Au crépuscule, la lune est au-dessus de nos têtes, cl l e n ’ e s t n i tl
l ’ e s t n i à l ’ o u e s t , nde est à son maximum ; q u a n d l e m a t i n o n l ’ a p e r ç o i t , l a l u n e
2 c e t t e m ê m e p o s i t i o n , nde est aussi à son maximum. Au quatorzième jour, l a l u n e
“brfle”, c’est-à-dire qu’elle accompagne le solei 1 dans son parcours, el l e s e I.ève
,
Ci l ’ e s t e t s e c o u c h e à 1 ‘ o u e s t .
E n N d e , les e a u x d i m i n u e n t ( f a i b l e s e a u x ) .
Dans 1.a r o t a t i o n d e “Lok ak nde”, c h a q u e é v é n e m e n t s e p r o d u i t q u a t r e f o i s
d a n s l e m o i s l u n a i r e .
Lok a k n d e s e d i f f é r e n c i e d e l a m a r é e b a s s e o u h a u t e ( n a s g i ) ,
Dans 1.a j o u r n é e , o n r e n c o n t r e d e u x f o i s n a s g i e t u n e f o i s f e r g i o u i n v e r s e -
ment ; quand le matin, c’est fergi, i l s e p r o d u i t d e u x f o i s d a n s l a journce.
Qusnd l a l u n e s e l è v e , i l f a i t “ n a s g i ” o u “ n a a c ” , q u a n d t?llc s e c o u c h e , c’est
rncor’c n a s g i ; q u a n d l a l u n e e s t a u - d e s s u s d e n o s t ê t e s , i l fai.t “ f e r g i ” .
Quand on se trouve 2 l ’ e m b o u c h u r e o ù 2 1 ‘ e s t u a i r e , n a s g i et fergi se produi-
sent plus t6t q u e s u r l e r e s t e d e l a c ô t e e n r a i s o n d e s f o r t s c:ourants e t d e l e u r
f réqu(lnce dans cet te zone .
l,cn mouvement- des poissons en I.ok ak ride
_-- --
_.
._-
-
___._._
,__

3 4
D’aoûit à octobre, “navet”, l’eau devient claire à cause des forts vents
d’est “garagne” qui mélangent les eaux et le courant suit la direction des
vents d’hivernage qui sont plus forts que l’eau, ce que montre la ligne jetée
en mer dérivant dans le sens du courant, mais dès que le vent souffle, la ligne
suit la direction du vent, opposée à celle du courant, En ces temps, on quitte
l’hivernage pour entrer en loli (de novembre à février) ; en cette saison,
1 ‘eau change (à nouveau) car il n’y a plus de “garagne” et en novembre, le fa-
raxan souffle, les eaux des hautsurs ne descendent plus, celles de surface ne
remontent non plus, le palyngom n’est ni sombre ai clai.re et les espèces de
passage que l’on appe “jenu ganesi”’ sont fréquentes ; plus on va vers le nord
on les rencontre avec la descente des eaux froides, Tous les poissons viennent
du nord e.t se dirigent au sud vers les zones chaudes.
De Zoli, on passe à noor, saison la plus pénible pour lie pêcheur du fait
de la houle et des vents, les vents de noor comme de loli s’interpénétrent et
on trouve à peu prP_s les mêmes eaux.
Lolii montre qu’on vient de navet, alternance de chaleur et de fraicheur
très forr:e et on rentre dans la saison noor, période de froid et dès le premier
mois se fait sentir ; à I.a fin de mai, la chaleur pointe, à juin c’est-à-dire
à coron les poissons remontent vers le nord à cause des fortes chaleurs du sud.
A loli, les nuits sont froides et les joumees <chaudes tandis qu’à coron,
les nuits sont plus longues et chaudes. Loli et- coron sont. des saisons mixtes.
Les eaux rouges “ndox mu xonx” véhiculent le tassergal, saxabi, yaboy et
les poissons de profondeur tels que feet, korong, jaye, cae, tonoon qui se pro-
pagent e.n bancs. Ce sont aussi les espèces janxarfet, kibaro qu’on ne recontre
plus qui. abondaient avec ces eaux à coron.
Ces poissons pondent à coron se déplaçant en bandes et en juillet c’est
l’éclosion que lgon dit “regeel”, les oeufs ainsi échos pullulent dans les eaux
et on a l’impression que celles-ci emportent du couscous.
, L e s c o u r a n t s o u “Ndaw”
.----------------_--.----
O n r e n c o n t r e ( 8 ) huit s o r t e s d e c o u r a n t s d a n s l e s e a u x :
1 -’ ndawum top : v i e n t d u n o r d
2 - ndawum tank : v i e n t d u :.+ud
3 - ndawum kcl J : v i e n t d e s Ilarit e u r s
4 - r>daw~~m k;lw : ,.«uraIlt d e
:-;~~rF;lcc>, tlta:; 1-i v;icc’:- ~III~ l (,:: 1 ~~IC)IJF :11’p”l 1 r’nt


V-DONS E
T
P R E S T A T I O N S
S O C I A L E S
D A N S L A
P E C H E
p 1 R 0 G U 1 E R E
Une certaine quantité du produit de la pêche mari.t.ime artisanale échappe
à la commercialisation, par le pêcheur, des mises 2 terre. Cette production
non directement vendue est difficilement mensurable bien qu’elle comporte
une signification sociale très importante dans la repraduçt ion de la vie
communautaire du pêcheur ; elle est l’expression des réseaux de sociabi.litF
du pêcheur que ne révèle pas forcément son apparence. Et l’on est tenté de
dire dans les journées de mauvaise pêche qu’elle est une aberration économi-
que car elle varie entre 5 % à 20 % environ de la capture. En effet, lors
du hâlage de la pirogue sur la grève, on assiste 2 une distri.bution de pois-
sons à des personnes, qui pour avoir aidé, qui pour être présente au débar-
quement,, que l’on nomme communément “néran” à guet ndar ou “téru wan” en
lébou qui constitue un don personnalisé ou prestations sociales, le “neral”-
produit offert -- peut être soit individuel soit coll.ectif ; dans ce cas on
distingue le “neral” proprement dit du “mbole”-
L”institution du “neral” relève de l’idéologie communautaire et par
conséquent a évolué avec l’histoire économique et sociale du groupe.
On rencontre d’autres formes dans lesquelles s’exprime le produit
non commercialisé par le pêcheur à côté du “neraI” telles que “njaylu”, geti
nj aylu”, “ndawal” et “yew”.
- Neral (teru-wan) : csest la part traditionn.el.lement destinée aux
vieux pecheurs qui forment des groupes de neran-kat. Le nera’l est. l’objet
de cade,ux entre amis et connaissances proches : il. est très personnalisé.
- Obole : c’est ia part destinée à ~II groupe de personnes âgées OU
à des f’emmes ; elle est collective.
- Njaylu R quantité réserGe aux pêcht.urb pour leur servir de pécule,.
argent de pêche.
- Yew : i- ‘est une forme de rétributiiiri des rnenu~ travaux pffcctués
p a r les enfants lors des sorties et rentrées .ï~ pêc,trta ; 1~~ yew c>st de plus

e n p l u s donne e n a r g e n t c o m m e p o u r l e “doker”, aide dans l’affrêtement et
le débarquement (il achète l’appât, le carburant, . . . . . porte le moteur . ,, I .) .
- ydawal : i l e n t r e d a n s l ’ a u t o c o n s o m m a t i o n d u p ê c h e u r , p e u t ê t r e
c o n s t i t u e de plusieurs espèces et devient de plus en plus commercialisé.
C e s c i n q c a t é g o r i e s s o n t . o r d i n a i r e s e t n e c o n c e r n e n t p a s d’especes-C:ible:,
l e p o i s s o n p e u t . ê t r e d e f a i b l e o u d e forte v a l e u r m o n é t a i r e e t depend d u v o lumé
d e l a c a p t u r e . T o u t e f o i s , i l a r r i v e q u e le neral soit simplement collectif,
c a s d u mhole, i l s ’ a g i t d ’ u n e m a u v a i s e p ê c h e ; l e neral n ’ e x c l u e p a s l e m b o l e
q u a n d l a s o r t i e e s t f r u c t u e u s e . O n p e u t d i r e q u e c e s d e u x f o r m e s v a r i e n t e n
f o n c t i o n d u r é s u l t a t d e l a p ê c h e e t d a n s 1 ‘ e n s e m b l e , c e s d i f f é r e n t e s d o n a t i o n s
ne sont pas nécessairement exclues du commerce, e l l e s p e u v e n t ê t r e v e n d u e s o u
autoconsommées.
U n e a u t r e i n s t i t u t i o n m é r i t e d ’ ê t r e s i g n a l é e , l e “ g e t i n j a y l u ” .
G e t i n j a y l u : c ’ e s t u n e p r a t i q u e e x t r a o r d i n a i r e c o n s i s t a n t e n u n e j o u r -
n é e d e p ê c h e d o n t l e p r o d u i t i n t é g r a l e s t v e r s é a u p r o f i t d ’ u n e a c t i o n d e b i e n -
f a i s a n c e à l ’ e n d r o i t d e l a c o m m u n a u t é ( c o n s t r u c t i o n d ’ u n e m o s q u é e , d o t a t i o n à
u n e a s s o c i a t i o n à b u t s o c i o - c u l t u r e l , r e l i g i e u x . . . ) . à l ’ e n d r o i t d ’ u n e f a m i l l e
d ’ u n p a r e n t , d ’ u n c o n f r è r e e n d i f f i c u l t é s q u e l ’ o n a p p e l l e “ d e y a ” ; l e s j e u n e s
p ê c h e u r s l o r s d e s f i a n ç a i l l e s d ’ u n d e s l e u r s a l l a i e n t f a i r e u n “geti n j a y l u ”
pour le soutenir financièrement et. moralement, pratique tombée en désuétude.
Dans son étude sur les pêcheurs de Guet Ndar
_ ---------’
LECA dêcrit l a r é p a r t i t i o n
d u p r o d u i t d e l a p ê c h e q u i s e d i v i s e e n t r o i s p a r t i e s :
- L e “Saku”, s a c c o n t e n a n t d u p o i s s o n plac6 à l ’ a v a n t e s t r6servé à l a
“ s o e u r d u m a r i n q u i l e v e n d r a e t g a r d e r a le p r o d u i t e n d é p ô t ” p o u r c o n s t i t u e r
“ u n r é s e r v e i n t a n g i b l e e n p r é v i s i o n d e s r é p a r a t iorls de l a p i r o g u e , o u d ’ a c c i -
dents possibles”. A u c u n p o i s s o n n’est prélevc sur cette partie.

:i R
“le reste est divisé en quatre parties égales correspondant à chaque membre
de 1’ gquipage , le chef excepté”. Les 2 composants du “Kalu bop” représentent
respectivement le “yew” car les aides peuvent être soit des enfants mineurs,
soit des ruraux saisonniers dans la pêche et, le “njaylu” réparti entre les
pêcheurs.
- L e “Kalu dig” : ou 1~33/5 de la. capture est “distribué aux femmes
du marin” . Dans cette part “on en distrait “i à 6 poissons ‘pour la cuisine,
- c’est le ndawal - et les cadeaux au:: parents - c”est 1.e neral - ; le reste
est conservé ou vendu, on prélève sur le produit de cette vente, les dépenses
de la famille, le prix de Pa nourriture, des amorces et des fournitures de
pêche”, p. 373 à 375.
A notre avis le “Kalu dig” représente ce que nous appelons le “naf”
la part effectivement commercialisée par le pêcheur.
Deux remarques s’imposent à la lumière de la classification de LECA :
- d’ordre technique : l’enfilage des poissons à l’aide des cordes a
pratiquement disparu et ce procédé se pratiquerait surtout dans la pêche-ligne;
actuellement la capture est contenue dans un filet avec ouverture placée au
milieu de la pirogue quand celle-ci n’est pas dotée de caisse à glace.
- d’ordre formel : LECA ne persoit pas 1.e statut socio-économique dses
personnes auxquelles les cadeaux sont destinés,
- d’ordre socio-historique : la vente de cette troisième partie n’est
plus affectée aux femmes exclusivement comme aussi la soeur du marin ne dé-
tient plus le “salcu”. La disparition du “saku” s ‘est accompagnée d’un change-
ment de position de la femme dans l’organisation socio-économique de la pro-
duction, cependant elle garde toujours une place importante dans la société
des pêcheurs avec les transformations des conditio,ns de travail et de produc-
tion. La forme de répartition que décrit LECA ne concerne que la pêche-ligne
qui était la seule activité en mer.
Dans la pêche aux filets dormant,-; oii la pirogue peut réunir des pê-
cheurs indépendants (proprîtitti individuc.,! 1(. des engins) on regroupe les dons
(’ ‘est-ci-<ii rt’ ~II(’ ~.~llnquc pêc~lic~ir I prt lève 1111 !II:‘ priilève pas C?I~ fonction du r-t;-
:;:1ltat <II. pC(~ilt ; v(at Lt. opi~l-:If 10n i;e fait :Ii1 gc;ni*rn I en ml*r- I

/.a rr. c!lerrhé socio-6conomiqut
*.‘5 t

.

r-1LmtII~, r~ridri i:omptt- Z3 la f o i s
dc.
I<l compltxitt; dtl la p ê c h e artisanaIl. dnn<, i;t 2, proi o n d e s mutat ions i n t e r n e s
!t;volution t.echnotogique e t c h a n g e m e n t dt.5, rapports sociaux dtb production) ,
Ia:<t.ernes ( m o t o r i s a t i o n , c o o p é r a t i o n ,
tnt roCjuct iorl Jt.5 tc~~:llni.qut~s n o u v e l l e s )
<‘T d e 1 a s p é c i f i c i ti, d e s p ê c h e u r s gu~h?
ndar ~L.:I.+ l)ar ~ppt~si t i o n a u x a u t r e s
,lt.hni(ls s6nêgalaisec d u l i t t o r a l 5llr 14 ipa5i jt ~»nsidérations sociologiques
i nt rins.?queF , d(>
la transformation) Jr, I ‘t-nvi ronnemtsnt socio-6t.onomique d
e
i n p ê c h e 2 S a i n t - L o u i s , c o m m e o n It v o i t avec. l a r6presr;ion d e l a pecht I:on-
t i nentale.
S i à G u e t N d a r l a p r i n c i p a l e activitÉ produccivt, a m a r q u é l ’ e n s e m b l e d e
1 a p o p u l a t i o n , c e l l e - c i a p r o f o n d é m e n t ~VO~US ver’ d ’ a u t r e s a c t i v i t é s liges
:i l a p o u s s é e u r b a i n e , a u d é v e l o p p e m e n t dc, l a s c o l a r i s a t i o n m a i s a u s s i curieu-
!-;ement a u c h ô m a g e d e s j e u n e s .
D a n s c e r t a i n f a m i l l e s , l a p ê c h e l-n t a n t q u e p r o f e s s i o n f a m i l i a l e y a
d i s p a r u v o i l a a u m o i n s u n e g é n é r a t i o n . L ’ a n a l y s e b i o g r a p h i q u e r e n d r a i t d e
m a n i è r e p l u s p e r t i n e n t e 1 ‘ a m p l e u r d u phénomene ; c e p e n d a n t l a p o p u l a t i o n a c t i v e
?~jvant d e la peche a u g m e n t e régul.i?rement, accompagné d’ un double mouvement
tic f i s s u r e p r o f o n d e : é c l a t e m e n t d e l a c o h é s i o n f a m i l i a l e e t m u l t i p l i c a t i o n
tl~r; u n i t é s d e d i m e n s i o n s r é d u i t e s - d a n s u n a r r i è r e f o n d d ’ a g g r a v a t i o n d e s
,,tindi t i o n s SOC~ o--6conomiques d u p a y s , m a i s a u s s i r e n f o r t emtlnt d e l a d é p e n d a n c e
tit p l u s i e u r s mc;nages a u t o u r d ’ u n e se>uIt> unitt- d t I>rl.lduction, l a serine t o u r n a n t e .

- Concurrence 9 mixité et conflits des types de pêche.
- Etude de la senne tournante : impact et fonction sociale
- Le mouvement coopératif dans la pêche artisanale.

13 1 B 1, 1 1) (; fi A P H 1 I:
c
AKNOUX .- N o t e s u r l a p6che ‘5 Kayar : i n bu1 1 . d e s Serv. d e 1 ‘f::leva;;c e t d e s
I n d u s t r i e s a n i m a l e s AOF. Tome V, EI” 2 , j a n v - m a r s 1952.
“IIIAIIVEAU (J.P. ),
lYM2.- Developpemc>nt h i s t o r i q u e dt, l a p ê c h e ;i Saint-Louis c
f>remières hypot hilses. K a p p . i n t . CROD’I’.
VA:\\~ C H I BONNARDEL, ( . ) ,
1979.- i.~omf>cjrt~~rnent. ~10 pêctléur fact E’ 1 ‘Gvo lut i
o
n
t e c h n o l o g i q u e . R a p p . SISET-INT : non p a r u .
‘LJEBER (J.) e t ‘ F O N T A N A ( A . ) , 1983.- P6chc e t stratGgie d e d é v e l o p p e m e n t : discours
e t p r a t i q u e s . F A O . R o m e , 10-14 m a i 1 9 8 3 , c o n s u l s t a t i o n s u r l e s s t r a t é g i e s
d e d é v e l o p p e m e n t d e s p ê c h e s .