VARIABILITE SPATIU-TEMPORELLE DE LA TEMPERATURE, 1, ...
VARIABILITE SPATIU-TEMPORELLE DE LA TEMPERATURE,
1, DEME-~GNI~~GuE
DES NITRATES ET DE LA CWRVPHYLtE DEVANT
c, ROY
LES COTES DU SENEGAL,
D, Tcwt
-_-,-.
-- j--- -
._ .._-....
-.--.-- . -.... ---
.-~_ - ---.--
DOCUM$NT
SCIENTI#IQUE
C E N T R E D E R E C H E R C H E S DCÉANDGRAPHIQUES D E D A K A R - TIARDYE
NUMCRO il 2 2
+ I N S T I T U T SÉNiWAl$ D E R E C H E R C H E S A G R I C O L E S *
1 J U I L L E T 1 9 9 0

VARIABILITE SPATI~TE~~ELLE DE LA TEMPERA:TURE,
DES NITRATES ET DE LA CHL~YL LE DEVANT
LES COTES DU SENEGAL,
Itaf DEHE-GNINGUE(i 1, Claude ROYt2 1 et Diafara TOUREflf
R E S U M E
A p a r t i r d e s m e s u r e s d e temp6rature, de la
b i o m a s s e p h y t o p l a n c t o n i q u e e t d e s d o s a g e s d e
s e f s n u t r i t i f s
r4afises en surface au cours des
s e p t
campagnes
oc&anographiques
du programme
)
C I R S E N , u n
schema
moyen
des
c o n d i t i o n s
hydrologiques de
s u r f a c e rencontrees a u
cours
d e s d i f f é r e n t e s s a i s o n s m a r i n e s a u S é n é g a l e s t
présenté.
L a v a r i a b i l i t é saisonniere
e t inter-
annuelle des composantes physiques, chimiqu,es et
biologiques
e s t
analyshe.
L’hétérogenéitQ
:
s p a t i a l e e t
n o t a m m e n t l e s differences e n t r e l e s
z o n e s s i t u é e s d e p a r t e t d ’ a u t r e d u C a p : - V e r t
sont mises en evidence.
(lj Chercheur ISRA en poste au CRODT-ISRA, BP 2241, Dak$r,
St+rGgal.
(2) Chercheur ORSTOM en poste au CRODT-ISRA, BP 2241, Dakjr,
Sédgal.
c

2
A B S T R A C T
From surface
measurements of
temperature,
nutr i ents and
p h y t o p l a n k t o n b i o m a s s during t h e
seven
oceanographic
s u r v e y s o f
t h e
“CIRSEN
program” , the mean p a t t e r n s o f t h e o c e a n o g r a p h i c
c o n d i t i o n s e n c o u n t e r e d during t h e t h r e e marine
seasons in
Senegal are
d e s c r i b e d . T h e seasonal
a n d annual v a r i a b i l i t y o f p h y s i c a l , chimical a n d
biological p a r a m e t e r s a r e a n a l y s e d . T h e s p a t i a l

h e t e r o g e n e i t y a n d t h e differences b e t w e e n t h e
two areas
N o r t h a n d S o u t h o f t h e Cap-Verde
p e n i n s u l a a r e also i n v e s t i g a t e d .
INTROOUCTION
L e d o m a i n e m a r i t i m e senégalais s’etend d e 12’30’N B 16;N,
l a p r e s q u ’ î l e d u C a p - V e r t situee a 15”N l e d i v i s e e n deux
zones
a u x caracteristiques t o p o g r a p h i q u e s d i s t i n c t e s ( f i g . ij.
A u n o r d , l e p l a t e a u c o n t i n e n t a l
e s t p e u Etendu v e r s l e la$ge
e t
o r i e n t e N - N E . A u s u d d e l a p r e s q u ’ î l e , l e p l a t e a u s’Blardit
e t l e t a l u s
c o n t i n e n t a l e s t oFiente nord-sud.
L’embouchure jdu
f l e u v e Sén&gal a u n o r d d e l a p r e s q u ‘ î l e d u C a p - V e r t e t celles
d e l a G a m b i e e t d e l a C a s a m a n c e a u s u d c o n s t i t u e n t egalement
u n t r a i t m a r q u a n t d e c e t t e r é g i o n .
L e s t r a v a u x r&alis&s
a u Senega1 e n o c é a n o g r a p h i e depyis
l e s annbes s o i x a n t e ( B e r r i t 1 9 6 2 ,
R o s s i g n o l e t
Aboussoqan
1965,
Tour& 1 9 8 3 ,
Rebert 1 9 8 3 ) o n t montre que deux
saisons
marines
a u x caractdristiques
tres d i f f e r e n t e s
s e succédent :
UfW
s a i s o n c h a u d e d e j u i l l e t CI o c t o b r e e t u n e s a i s o n f r o i d e Ide
d é c e m b r e & m a i .
C e s d e u x s a i s o n s s o n t separees p a r des
p é r i o d e s d e t r a n s i t i o n .
P e n d a n t l a s a i s o n f r o i d e
l e s alizj&
( v e n t d e s e c t e u r
n o r d - o u e s t a n o r d - e s t ) s ’ é t a b l i s s e n t (et
engendrent
cl la
cote
une
résurgence
d’eau
profonde
(“upwelfing”) v e r s l a s u r f a c e .
A u SenBgal , l e s q u e s t i o n s p o s é e s p a r l a f o r t e v a r i a b i l i t é
d e s r e s s o u r c e s h a l i e u t i q u e s e t p a r
l e u r e x p l o i t a t i o n rendeint
necessai re
une approche
C?L la fois de la pacherie et de sbn
envi ronnement.
C o n c e r n a n t l ’ e n v i r o n n e m e n t
m a r i n e t
sbs
c o m p o s a n t e s p h y s i q u e s , c h i m i q u e s e t b i o l o g i q u e s ,
l e s Btudps
menhes j u s q u ’ i c i o n t é t é l i m i t é e s e s s e n t i e l l e m e n t à. l a “Petibe
C8te”
au sud du Cap-Vert (Rebert 1983, Tout-e 1983). Le CRODT! a
d o n c m i s e n o e u v r e , de 1986 a 1988, le programme CIRSEN dont
1 ‘ o b j e c t i f
e s t d e decrire l a d i s t r i b u t i o n s p a t i o - t e m p o r e l l e &t
l a v a r i a b i l i t é d e s p r i n c i p a u x param&tres p h y s i q u e s , c h i m i q u e s
e t
biologiques
qui
caracterisent
1’4cosystème
marin
senegalais.
Sept campagnes
océanographiques h
b o r d d u N.O.
L o u i s S a u g e r o n t
&e e f f e c t u é e s d e 1 9 8 6 à 1 9 8 8 . C e s s o r t i &
o n t
c o u v e r t l ’ e n s e m b l e d u d o m a i n e m a r i t i m e , d e l a Casamanceià
S a i n t - L o u i s e t
de la
cBte
a 19” ouest (fig.
1).
Trojs
campagnes
ont été
réa1 i sées en
s a i s o n f r o i d e , deux en saisbn
chaude
et deux
e n s a i s o n d e t r a n s i t i o n v e r s l a s a i s o n f r o i d
.
AU
c o u r s d e
ces
campagnes
d e s p r o f i l s
v e r t i c a u x
e

temperature,
d e s a l i n i t é e t d e s prelevements d ’ e a u d e m e r p o u r
l e d o s a g e d e s p r i n c i p a u x s e l s n u t r i t i f s o n t é t é realises.
:
Dans
c e t t e p r e m i é r e
analyse,
nous
pr&ientons
:les
r&wltats o b t e n u s u n i q u e m e n t
à p a r t i r d e s m e s u r e s d e surfjace
e f f e c t u é e s
a u c o u r s d e c e s s e p t c a m p a g n e s . U n schema g&-&-a1
d e s s t r u c t u r e s r e n c o n t r é e s s u r l e
p l a t e a u e t a u l a r g e e n bst
d é d u i t paur c h a c u n e d e s s a i s o n s ; l a variabilite saisonnî$e,
de 1986 21. 1988, est également etudiee.
1 .
t4ETWODOLOGIE
Pour
chacune des
campagnes,
6 4 s t a t i o n s hydrologiques
r e p a r t i e s
l e l o n g d e h u i t r a d i a l e s o r i e n t e e s e s t - o u e s t o n t &te
v i s i t é e s ( f i g . 1). L a d i s t a n c e e n t r e d e u x s t a t i o n s e s t :de
t r e n t e m i 1 l e s a u
l a r g e e t
e s t déterminée p a r l a t o p o g r a p h i e
d e s i s o b a t h e s 10,
20, 5 0 , 100 e t 2 0 0 m&tres’pour l e s stati$ns
si tuees
s u r l e
p l a t e a u
continental.
D i x j o u r s o n t $té
nécessaires
p o u r c o u v r i r l ’ e n s e m b l e d e l a z o n e d’etude. @es
p r o f i l s
v e r t i c a u x
d e t e m p é r a t u r e e t
d e salinite o n t $té
realises B l ’ a i d e d ’ u n e s o n d e C T D e t d e s prelevements d’eaude
mer,
jusqu’à
500 metres
o n t B t é effectuhs ~3 l ’ a i d e jde
b o u t e i l l e s h y d r o l o g i q u e s N I S K I N equipees d e thermom&res: B
renversement.
U n e p a r t i e d e c e s
é c h a n t i l l o n s Btait congejbe
p o u r l e d o s a g e à t e r r e
d e s s e l s m i n e t - a u x ( n i t r a t e , nitriqe,
p h o s p h a t e e t s i l i c a t e ) ,
A
1 ‘aide
d’un
a u t o - a n a l y s e u r
Technicon.
L e d o s a g e d e l a c h l o r o p h y l l e a éte realise ~3 b o r d à
l’aide d’un fluorimétre TURNER.
Pour
a b o r d e r l’etude d e s s t r u c t u r e s s p a t i a l e s rencontr4es
au
s e i n d e l’écosyst&me o c é a n i q u e senegafais e t d e leiur
v a r i a b i l i t é ,
t r o i s p a r a m è t r e s o n t éte s é l e c t i o n n é s :
:l a
temperature,
l e s n i t r a t e s
e t l a c h l o r o p h y l l e . ~a températujre
permet
d ’ i d e n t i f i e r
l e s m a s s e s d ’ e a u x e t l e s structurps
physiques,
l e s
n 7 t rates
c a r a c t é r i s e n t
l’enrichissemeht
p o t e n t i e l
e n 4léments
n u t r i t i f s e t l a c h l o r o p h y l l e e s t u n
i n d i c a t e u r d e l a b i o m a s s e p h y t o p l a n c t o n i q u e pr&ente d a n s Ila
zone.
Ces observations
ont ete regroupees par campagne et p@r
zone
( n o r d e t
sud du
C a p - V e r t ) e t tracees, p o u r c h a c u n e des
r a d i a l e s ,
e n f o n c t i o n d e l a d i s t a n c e Èi. l a c8te ( f i g . 2 , 3 , +,
5,
6, 7, 81. Les moyennes et
l e s k a r t - t y p e s d e c h a c u n d e s
paramètres
s o n t prksentes p a r r a d i a l e e t p a r c a m p a g n e s u r l e s
t a b l e a u x 1 e t 2.
2
1
S T R U C T U R E S
S P A T 1 A L E. S
Une
a n a l y s e c o n j o i n t e
d e l a d i s t r i b u t i o n s p a t i a l e d e s
t r o i s
paramhtres selectionnés n o u s p e r m e t t r a d e m e t t r e e n
é v i d e n c e d e s s t r u c t u r e s p r o p r e s à c h a c u n e d e s s a i s o n s e t
d’ktudier l e u r v a r i a b i l i t é d ’ u n e annee A l ’ a u t r e .

4
2.1. SAISON FROIDE
L’&ude d e s s t r u c t u r e s p h y s i c o - c h i m i q u e s r e n c o n t r é e s : e n
saison
f r o i d e e s t d ’ u n g r a n d
intéret p o u r
comprendre : la
d y n a m i q u e d e l’ecosystéme m a r i n a u Senégal. E n e f f e t , Ce!tte
période
correspond 1-i
l a s a i s o n d ’ u p w e l l i n g p e n d a n t laquejlle
l e s aliztss d e s e c t e u r n o r d c h a s s e n t l e s e a u x superficiel:les
v e r s l e l a r g e
;
B la
cbte le déficit ainsi
p r o v o q u é est
c o m p e n s é p a r u n f l u x v e r t i c a l l e l o n g d u t a l u s c o n t i n e n t a l q u i
apporte
en surface
des eaux profondes issues des couches sbb-
s u p e r f i c i e l l e s
(O-1OOmj. C e s
masses
d ’ e a u x f r o i d e s sbnt
caractérisées p a r d e s t e n e u r s elevées e n s e l s n u t r i t i f s . C e t
a p p o r t d’&lements n u t r i t i f s e n s u r f a c e p e r m e t , s o u s l’act$on
d u
rayonnement
s o l a i r e ,
l e d,Gveloppement d e p o p u l a t i o n s
phytoplanctoniques
; c e t t e f e r t i l i s a t i o n e s t CI l ’ o r i g i n e de l a
r i c h e s s e h a l i e u t i q u e d u d o m a i n e m a r i t i m e cbtier s&négalais.
Trois
c a m p a g n e s o n t éte rbalis&es e n s a i s o n f r o i d e :
j a n v i e r - f é v r i e r
1986, mars
1 9 8 7 e t m a r s
1988.
P e n d a n t l a
s a i s o n f r o i d e , l a t a p o g r a p h i e d u p l a t e a u c o n t i n e n t a l
3%
l ’ o r i e n t a t i o n d e l a cote e n g e n d r e n t d e s s t r u c t u r e s s p a t i a l e s
differentes a u n o r d e t a u s u d d u
C a p - V e r t ( H u a e t Thomas$et
1982,
C r é p o n e t a l . 1 9 8 3 ,
R o y 1 9 8 9 ) . C e s d e u x rbgions fer&nt
d o n c l ’ o b j e t d ’ u n e a n a l y s e separee.
S u r l a cote n o r d , l e s t e m p e r a t u r e s l e s p l u s f a i b l e s s o n t
observ4es à l a cote s u r
l e s f o n d s i n f é r i e u r s à 1 0 m e t elfjes
augmentent
e n s u i t e p r o g r e s s i v e m e n t e n d i r e c t i o n d u l a r g e (fiig.
4 ,
5 et 6). O n n o t e u n f a i b l e g r a d i e n t t h e r m i q u e n o r d - s u d , les
eaux
s e rechauffant e n d i r e c t i o n d e l a p r e s q u ’ i ’ l e d u C a p - V e r t .
L e s tempbratures d e
s u r f a c e l e l o n g d e s t r o i s r a d i a l e s n - r d
v a r i e n t d ’ u n e annde & l ’ a u t r e :
l e s p l u s f a i b l e s temp&ratu/es
sont
observees en
1 9 8 6 ( f i g . 4j, a v e c
de 15’C à 16’C & ifa
ct)te
et moins
d e ZO’C a u l a r g e ;
l e s t e m p é r a t u r e s l e s plps
élevees s o n t o b s e r v e e s e n 1 9 8 7 ( f i g . 5) oii e l l e s v a r i e n t entk-e
plus,
d e 17’C d a n s l a b o r d u r e c&iére p o u r depasser 22’C bu
large;
l a s i t u a t i o n
o b s e r v é e e n
7 988
(fig.
6)
eist
intermddiaire,
a v e c m o i n s d e 17,5*C B l a c ô t e e t e n t r e ZO’C et
2 1 ° C a u l a r g e .
L e t r a i t
l e p l u s
m a r q u a n t d e c e t t e s&r:ie
d’observations
e s t s a n s d o u t e l a s i t u a t i o n observ$e e n 1 9 8 7 où
l e s e a u x f r o i d e s ( e n t r e 1 7 ° C e t 19°C) s o n t p l a q u é e s l e l o n g d e
l a b o r d u r e
c o n t i n e n t a l e ,
l a tempbrature d e s m a s s e s d’eau
s i t u é e s à p l u s
d e 1 0 m i l l e s d e l a cbte etant s u p é r i e u r e B
19,5”c,
i l e x i s t e a l o r s u n f o r t g r a d i e n t t h e r m i q u e h proximité
de la ctcjte. En
1 9 8 6 e t
1988,
l e g r a d i e n t zona1
de
?a
t e m p é r a t u r e s e m b l e p l u s f a i b l e .
L a
s t r u c t u r e
s p a t i a l e
d e s tempdratures
d e s u r f a c e
rencontrée
s u r l a cbte s u d e s t differente d e c e l l e p r é s e n t e $u
n o r d d e l a peninsule. P o u r l e s r a d i a l e s s i t u é e s a u s u d , le
minimum
thermique est
o b s e r v é e n o n p a s à l a c8te m a i s a#tx
accores
d u t a l u s c o n t i n e n t a l ( f i g . 4 , 5 e t 6). C e s structur$s
sont
particulierement marquQes
e
n
1986 et
1987.
L$S
températures
de surface
s u r l e p l a t e a u c o n t i n e n t a l presenterit
u n f o r t g r a d i e n t
n o r d - s u d ( s u p é r i e u r h 6 ° C e n 1986>, l e s eaGx
l e s p l u s f r o i d e s
s o n t r e n c o n t r é e s & proximitd d u Cap-Ver-q;
l ’ i n t e n s i t é d e l a rksurgence s e r a i t d o n c m a x i m a l e à c e t
e n d r o i t
( f i g . 4 ) . L a c o m p a r a i s o n d e s s i t u a t i o n s r e n c o n t r é e s d e

5
p a r t
e t d ’ a u t r e d e l a p r e s q u ’ î l e suggere e g a l e m e n t q u e ‘les
g r a d i e n t s
c ô t e - l a r g e s o n t p l u s f o r t s
au sud qu’au nord (fig.
4 ) .
L ’ é v o l u t i o n i n t e r a n n u e l l e
s u r l a c8te s u d e s t similaine à
c e l l e o b s e r v é e a u
nord :
1 9 8 6 e s t c a r a c t é r i s é e p a r d e s
‘aux
f r o i d e s s u r
l e p l a t e a u c o n t i n e n t a l e t u n g r a d i e n t
z 1
na1
f a i b l e ,
l e s e a u x d u l a r g e n e d é p a s s a n t p a s 21,5’C;
e n $987
(f-b.
51, l ’ e x t e n s i o n d e s e a u x f r o i d e s e s t l i m i t é e a u plaieau
c o n t i n e n t a l
e t l a
temperature des eaux du large dépasse 22’C,
c r é a n t a i n s i u n f o r t g r a d i e n t c o t e - l a r g e .
E n e s t i m a n t l ’ i n t e n s i t é d e l a
resurgence b p a r t i r
ides
températures,
o n c l a s s e r a l ’ a n n é e 1 9 8 6 c o m m e etant u n e aninee
d ’ u p w e l l i n g
f o r t , 1 9 8 7 d ’ u p w e l l i n g f a i b l e e t 19638 d’upwelliing
modkre,
P e n d a n t l a s a i s o n f r o i d e , l ’ u p w e l l i n g v a e n t r a î n e r 1 u n
apport
e n s e l s
m i n e r - a u x d a n s l e s c o u c h e s s u p e r f i c i e l l e s , ‘les
concentrations
e n n i t r a t e d e s e a u x d e s u r f a c e s e r o n t djono
sup8rieures
a c e l l e s o b s e r v é e s p e n d a n t l a s a i s o n c h a u d e . El,les
v a r i e n t
en général
i n v e r s e m e n t à l a t e m p é r a t u r e ( f i g . 4 , 5 e t
6) . .
A u n o r d d u C a p - V e r t , l e s m a x i m a (20 uatg/l) s o n t obser$.&s
h l a c ô t e a v e c d e s p i c s s e c o n d a i r e s ( 5 - 1 0 patg/l} s u r l e tdlus
en

1987 et
1 9 8 8 ( f i g .
5 e t 6 ) . L a s i t u a t i o n o b s e r v é e e n lj986
( f i g .
4j e s t caracterisee p a r d e f a i b l e s g r a d i e n t s cote-ladge,
l e s c o n c e n t r a t i o n s o b s e r v é e s a p l u s d e 9 0 m i l l e s a u large
etant e n c o r e s u p é r i e u r e s a 1 0 uatg/l p o u r l e s r a d i a l e s 1 et/ 2 .
A u c o u r s d e s d e u x a u t r e s
s a i s o n s f r o i d e s e n 1 9 8 7 e t 1988,: la
teneur
e n n i t r a t e
d é c r o î t r a p i d e m e n t e n d i r e c t i o n d u large\\ e t
n e depasse p a s 6 uatg/l à 6 0 m i l l e s d e s c8tes.
S u r l a cbte s u d ( f i g . 4 , 5 e t 6), c o m m e l e l a i s s e previoir
l a
s t r u c t u r e
thermique,
l e s c o n c e n t r a t i o n s m a x i m a l e s : e n
n i t r a t e
(15-20 uatg/l) s o n t o b s e r v e e s n o n p a s a l a cote m a i s
e n b o r d u r e d u t a l u s c o n t i n e n t a l ,
excepté pour
l a radiales l a
p l u s p r o c h e d e
l a peninsule
( f i g . 1 ) . U n f o r t g r a d i e n t ndrd-
s u d e s t o b s e r v e l e l o n g d e l a b o r d u r e c8tiQre, n o t a m m e n t e n
1 9 8 6 e t 1 9 8 8 ou l e s t e n e u r s e n n i t r a t e v a r i e n t e n t r e 2 0 Pa&/l
d e v a n t l e C a p - V e r t e t s o n t p r o c h e s d e 0 uatg/l
d e v a n t ’ la
Casamance ;
en 1987, l’ecart e n t r e l e n o r d e t l e s u d n e dep ‘sse
p a s 1 0 patg/l.
C o m m e s u r l a cbte n o r d , 1 9 8 6 e s t u n e ”
annee
d ’ u p w e l l i n g
f o r t
s e t r a d u i s a n t p a r d e f o r t e s t e n e u r s d e
n i t r a t e
en surface
et une
e x t e n s i o n p l u s
i m p o r t a n t e vers le
1 arge.
En 1987,
a n n é e ~3 l a q u e l l e l ’ u p w e l l i n g a éte l e pjlus
f a i b l e p e n d a n t l a p e t - i o d e etudiee,
l e s c o n c e n t r a t i o n s e n
n i t r a t e
sont egalement
i n f é r i e u r e s a c e l l e s Observ&es e n 1j986
e t 1 9 8 8 .
S u r l a cote n o r d , e n d e h o r s d ’ u n e s t a t i o n s i t u é e : a u
ni veau
d e K a y a r e n 1 9 8 7 ,
l e s c o n c e n t r a t i o n s d e chlorophyille
s o n t p e u é l e v é e s
(ne dépassent pas 5 ug/l ). En 1986, .j le
max i mum
e s t o b s e r v e a l a c8te; e n
1 9 8 7 e t 1 9 8 8 il e s t slltué
s u r l e p l a t e a u .
E n d e h o r s d u p l a t e a u ,
l e s concentratipns
d i m i n u e n t r a p i d e m e n t e n d i r e c t i o n d u l a r g e .
A U s u d ,
l ’ é v o l u t i o n d e s t e n e u r s e n c h l o r o p h y l l e bst
v a r i a b l e
s e l o n l e s
annees e t l e s r a d i a l e s .
Contrai rementi au
schema
observé
pour
l e s
n i t r a t e s ,
l e s
p l u s
&SS

concentrations
sont rencontrees
e n g&eral p r e s d e l a c ô t e e t
i l
e x i s t e e g a l e m e n t
un gradient
m é r i d i e n , l e s m a x i m a @ant
observes
au sud
d e l a P e t i t e C o t e , a u n i v e a u d e l ’ e m b o u c h u r e
d e l a G a m b i e e t d e c e l l e d e l a C a s a m a n c e .
S u r l e Plat/eau
continental,
i l s e m b l e q u ’ i l y a i t u n e r e l a t i o n i n v e r s e e n t r e
l e s t e n e u r s e n s e l s m i n e t - a u x e t c e l l e s e n c h l o r o p h y l l e .
L a s t r u c t u r e s p a t i a l e d e s t e m p e r a t u r e s o b s e r v é e e n Sai:son
f r o i d e
i l l u s t r e l a p r é s e n c e
d e l ’ u p w e l l i n g s u r l e s cotes
senegalaises
: e a u x
l e s p l u s f r o i d e s d a n s l a b o r d u r e cotikt-e
e t r é c h a u f f e m e n t p r o g r e s s i f e n d i r e c t i o n d u l a r g e .
C ’ e s t e n s a i s o n f r o i d e q u e l e s differences d e repartition
d e s parametres p h y s i c o - c h i m i q u e s s o n t l e s p l u s marquees e n t r e
les
rhgions
si tuees
nord et
s u d d u C a p - V e r t .
L ’ o r i e n t a t i o n d u v e n t parurapport a l a %ke l a t o p o g r a p h i e d u
p l a t e a u
cent i nental et
l a d i s c o n t i n u i t é engendree p a r l e C a p -
V e r t
i n f l u e n t l o c a l e m e n t s u r l’intensite d e l a r é s u r g e n c e , ‘son
Bvolution
s p a t i a l e e t t e m p o r e l l e ( G a l l a r d o 1 9 8 1 , C r é p o n et,al.
1984,
Hua et Thomasset 1982, Roy 1989). Cette héterogéneite de
l’upwelling
d e p a r t e t d ’ a u t r e d e l a presqu’qle d u Cap-Ver% v a
egalement
i n t r o d u i r e d e s
m o d i f i c a t i o n s d e l a d i s t r i b u t i o n ;des
s e l s m i n e t - a u x e t d e l a c h l o r o p h y l l e .
L ’ i m p o r t a n t e b i o m a s s e p h y t o p l a n c t o n i q u e e n c e t t e Sai;son
e t
s a v a r i a b i l i t é s p a t i a l e
entre le plateau et le large
s ’ e x p l i q u e n t p a r l e s
a p p o r t s e n s e l s n u t r i t i f s s u r l e Plat/eau
c o n t i n e n t a l
i n d u i t s p a r l a
resurgence
d’eaux
froildes
profondes.
L e s d i f f e r e n c e s
e n t r e
l e s
q u a n t i t e s e t : l a
r e p a r t i t i o n
de cette biomasse
au nord et
au sud de la
presqu’fle
du Cap-Vert,
s o n t l e resultat d e s m o d i f i c a t i o n s d e
l a s t r a t i f i c a t i o n h o r i z o n t a l e e t v e r t i c a l e d e s Paramèt/res
p h y s i q u e s ( t e m p é r a t u r e , c o u r a n t ) engendrees p a r l a topogradhie
d u p l a t e a u c o n t i n e n t a l , é t r o i t a u n o r d e t é t e n d u v e r s l e ldrge
au
sud. L e s k a r t s e n t r e l e s b i o m a s s e s m e s u r é e s a u c o u r s I d e s
t r o i s
a n n é e s étudiees (chiorophylle p l u s i m p o r t a n t e e n $988
q u e l o r s d e s
d e u x a n n é e s précedentes), s ’ e x p l i q u e r a i e n t ;Par
l ’ i n t e n s i t é d e l ’ u p w e l l i n g q u i , quand elle est forte comme en
1986,
s’accompagne d’un
brassage par
l e v e n t p e r t u r b a n t j l a
croissance
d u p h y t o p l a n c t o n e t q u i ,
quand
e l l e e s t faiible
comme
en 1987,
p e u t e n t r a î n e r
u n e l i m i t a t i o n d e s a p p o r t s e n
éléments
n u t r i t i f s
i n d i s p e n s a b l e s a u
developpement
ides
populations
de phytoplancton.
U n e p a r t d e c e t t e variabiliité
p e u t egalement &tre
l e r é s u l t a t d u c a l e n d r i e r d e s campagneis :
f i n j a n v i e r e t
debut d e l ’ u p w e l l i n g p o u r l a c a m p a g n e d e 1486,
mars
et developpement
m a x i m a l d e l ’ u p w e l l i n g p o u r l e s d e u x
autres
campagnes qui
o n t
a l o r s beneficie d e m e i l l e u r e s
c o n d i t i o n s d ’ e n s o l e i l l e m e n t e t d e v e n t , c e d e r n i e r commendant
a d é c r o î t r e e n intensite (Tour-e 1 9 8 3 , R o y 1 9 8 9 ) .
2.2. SAISON CHAUDE
L e s t e m p e r a t u r e s d e
surface en
s a i s o n c h a u d e ( f i g . $ e t
3 ) s o n t elevées e t c o m p r i s e s e n t r e 2 6 ° C e t 3 0 ° C . E n 1 9 8 6
21,
les temphratures sont homogénes sur l’ensemble de la
e l l e s
v a r i e n t e n t r e
28’Ç e t
29.5’C.
Les gradients

et
n o r d - s u d s o n t f a i b l e s . E n
1 9 8 7 ( f i g . 3),
l a struct$ure
s p a t i a l e d e l a t e m p e r a t u r e e s t p l u s c o n t r a s t e e , n o t a m m e n t a u
n o r d d u C a p - V e r t .
Dans cette
region, u n
r e f r o i d i s s e m e n t ides
eaux
ctitieres e s t p e r c e p t i b l e , n o t a m m e n t a u n i v e a u d e Saibt-
;a:$~ ( r a d i a l e N’l, f i g 3 ) o i s l e g r a d i e n t d e t e m p é r a t u r e coP;e-
e s t superieur
à 2-C, c e g r a d i e n t s ’ e s t o m p e e n s u i t e v e r s
l e s u d ( r a d i a l e 2 e t 3 , f i g . 3 ) . A u s u d d e l a presqu’qle, ;les
s t r u c t u r e s
zonales
sont
peu
c o n t r a s t é e s ,
par
conkre
l’advection d ’ e a u x c h a u d e s d e v a n t l a C a s a m a n c e (temperatures
superieures
B 2 9 ° C ) f o r m e u n
g r a d i e n t n o r d - s u d d e l’ordre!de
2’C B fa c8te c o m m e a u l a r g e .
L e s c o n c e n t r a t i o n s e n n i t r a t e d e s e a u x d e s u r f a c e e n
saison
c h a u d e s o n t f a i b l e s e t presentent p e u d e v a r i a b i l i t é
spatiale
o u i n t e r a n n u e l l e ( f i g . 2 e t 3 ) . C e p e n d a n t , e n 19@7,
l e s t e n e u r s e n n i t r a t e ,
v o i s i n e s
d
e
0 yatg/?,s o n t p’i u s
f a i b l e s q u e c e l l e s o b s e r v é e s e n 1 9 8 6 00 l e s c o n c e n t r a t i o n s
dépassent localement 1 uatg/l.
~~;t,h.l.~~.~~~,~~..~.,~.
Contrairement
à la
distri bution
des
deux
a u t r e s
parametres,
c e l l e d e l a c h l o r o p h y l l e e n s a i s o n c h a u d e e s t tr@s
c o n t r a s t e e d ’ u n e region à l ’ a u t r e e t d ’ u n e a n n é e à
1 ‘autre
( f i g .
2 et 3). En septembre
1986,
sur la cote nord,
:la
bi ornasse
p h y t o p l a n c t o n i q u e e n s u r f a c e e s t f a i b l e (inferieure a
2 ug*/l) e t p l a q u é e le
long de la bordure catiere. Au sud jde
? a p r e s q u ’ î l e ,
d e s c o n c e n t r a t i o n s r e l a t i v e m e n t importanues
( e n t r e 2 e t
5 pg/l) s o n t o b s e r v e e s
e n s u r f a c e s u r d e s fon/ds
i n f é r i e u r s & 5 0 metres ; a u d e l à , e l l e s d e v i e n n e n t rapidemelnt
v o i s i n e s
d e zero. E n 7 9 8 7 ,
l a s i t u a t i o n e s t Sensibleme\\nt
d i f f é r e n t e
d e c e l l e
de 1986
:
l@S
c o n c e n t r a t i o n s bn
c h l o r o p h y l l e
v a r i e n t e n t r e
1 e t 7 patg/f e t l e s Bcarts entre
r a d i a l e s
sont importants notamment au nord. Des concentratiow
e n
c h l o r o p h y l l e r e l a t i v e m e n t
importantes sont
observées
stir
l ’ e n s e m b l e d u p l a t e a u c o n t i n e n t a l e t p a r f o i s a u l a r g e (radialle
3 et 7). If e x i s t e u n f o r t g r a d i e n t c o t e - l a r g e p o u r l’ensembjle
d e s r a d i a l e s , l e s
t e n e u r s observees d a n s l e d o m a i n e oceaniqbe
r e s t e n t
cependant
supérieures
à
1
w-WL
sauf
p o u r lbs
r a d i a l e s 1 e t 4 .
Une
interprktation d e s p r o c e s s u s s e
développant dans un
écosyst&me
marin,
basee
uniquement
sur
7 ‘ é t u d e d e
la
d i s t r i b u t i o n d e s p a r a m è t r e s p h y s i c o - c h i m i q u e s e t biolagiquqs
d e s u r f a c e prksente c e r t a i n e s l i m i t e s ,
c a r e l l e
n é g l i g e la
dimension
v e r t i c a l e q u i
e s t
le foyer de la plupart
d$s
processus
d ’ e n r i c h i s s e m e n t e n
saison
c h a u d e . L e
cha@p
t h e r m i q u e e t l a rbpartition d e s n i t r a t e s e n s u r f a c e p e n d a n t la
saison
chaude, par
a i l l e u r s t y p i q u e s
de cette
1983,
Rébert
1983),
i n d i q u e n t u n
Bcosyst&me homog&ne
surface.
Dans de
t e l l e s c o n d i t i o n s , l a r e l a t i v e i m p o r t a n c e
l a b i o m a s s e observee e n 1 9 8 7
a u s u d d e l a p r e s q u ’ î l e d u C a
V e r t
ne peut
s ’ e x p l i q u e r p a r
un enrichissement
b r a s s a g e p a r l e
v e n t é t a n t f a i b l e e n
c e t t e
profondeur
d e l a t h e r m o c l i n e l i m i t a n t
l e s e f f e t s

a
i n t e r n e s
e n s u r f a c e ( o n d e s d e marees, . ..). Cette biomassei e s t
v r a i s e m b l a b l e m e n t le r é s u l t a t d e
l ’ e n r i c h i s s e m e n t d e s baux
c6tieres p a r l’intermediaire
d e s c r u e s d e s t r o i s estuaireb d u
Saloum,
d e l a G a m b i e e t d e l a C a s a m a n c e .
L’enso?ei?lebent
i n t e n s e a c e t t e periode a i n s i
q u e l a s t a b i l i t é d e s e a u x
f a v o r i s e n t
l ’ e x p l o i t a t i o n p a r
l e p h y t o p l a n c t o n
d e s sels
m i n e t - a u x d i s p o n i b l e s ( L e v a s s e u r e t a1
1 9 8 4 , Yoder e t Bi$hop
1985j.
U n e n r i c h i s s e m e n t p a r d e s s o u r c e s azothes a u t r e s q u e
l e s
n i t r a t e s e t
qui
E c h a p p e r a i e n t & n o t r e
investigaeion
(provenant
d e l a p l u i e , d e l a p o l l u t i o n , de 1 ‘excretion et ,des
echanges
a v e c 1 ‘atmosphere e t
l e s c o u c h e s d e s u b - s u r f a c e )
s e r a i t é g a l e m e n t à
c o n s i d é r e r (Rowe e t O e m i n g 1 9 8 5 , Voitur;iez
et Dandonneau 1974, Minas et al. 1982).
la f a i b l e b i o m a s s e
rencontt-ee e n
s u r f a c e a u
‘ l a r g e a u
cours
de cette
saison
n ’ e s t p a s
representat i ve
de la
biomasse
reelle intégree
s u r l a
colonne d’eau; pendant cettte
periode,
l e m a x i m u m d e p r o d u c t i o n e s t generalement s i t u e a, la
b a s e d e l a t h e r m o c l i n e , e n t r e
30 e t 7 0 metres d e profondeut-
( H e r b l a n d e t V o i t u r i e z 1 9 7 7 )
2.3, SAISON DE TRANSITION VERS LA PERIODE FROIDE
C e t t e s a i s o n m a r q u e
l a t r a n s i t i o n e n t r e d e u x r é g i m e s
h y d r o l o g i q u e s tres differents :
- u n
regime t r o p i c a l
c a r a c t é r i s e p a r
d e s e a u x chaudjes
p a r f o i s d e s s a l é e s d a n s l a z o n e cotiére, d e f a i b l e s gradierks
thet-mi ques
hori tontaux I
une
s t r a t i f i c a t i o n
Vertica*le
i m p o r t a n t e e t
une
thermocl ine profonde
(entre 20 et
70
metres);
- u n
rdgime d ’ u p w e l l i n g
caracterisé p a r
UtJE!
resurgence
d’eaux
f r o i d e s p r o f o n d e s e t u n e
f a i b l e
stratificatibn
v e r t i c a l e .
L e c a l e n d r i e r d e
c e t t e s a i s o n e t
s a duree s o n t tres
v a r i a b l e s d ’ u n e annee rl l ’ a u t r e e t d e p e n d e n t p r i n c i p a l e m e n t de
l ’ é t a b l i s s e m e n t d e s a l i z é s r e s p o n s a b l e s d e l ’ u p w e l l i n g . U n e
i n t e n s i f i c a t i o n
b r u t a l e d e s a1 iz&
& partir du mois
cje
n o v e m b r e v a
condui re
h une
d e s t r u c t i o n r a p i d e
de fia
s t r a t i f i c a t i o n
v e r t i c a l e e t & l ’ i n s t a l l a t i o n d u rdgime d e la
saison
f r o i d e ,
c e t t e
s i t u a t i o n
semble
correspondre
aux
conditions
r e n c o n t r é e s e n
novembre
1986
( f i g . 7 ) .
Le;s
s t r u c t u r e s
s p a t i a l e s
sont
éphemeres,
l e s
eaux
froi deis
envahissent
rapidement le
p l a t e a u c o n t i n e n t a l , l e s t e n e u r s eh
n i t r a t e
s’accroissent quand
la temperature descend en dessouij
d e 21’C. E n 1 9 8 6 , l ’ i n s t a l l a t i o n d e l a resurgence s e m b l e etrk
p l u s precoce a u
n o r d d u C a p - V e r t q u ’ a u
sud (fig.
71,
lei;
températures
etant p l u s f r o i d e s e t l e s t e n e u r s e n n i t r a t e plu@
elevées a u n o r d q u ’ a u s u d . On note un accroissement simultane
d e l a b i o m a s s e
phytoplanctonique dans
la zone
C&i&re (fig,
75.
Une
a p p a r i t i o n t a r d i v e o u
une
succession
de
p&- i ode9
d ’ i n t e n s i f i c a t i o n e t d e
r e l a x a t i o n d e s alizes v o n t c o n d u i r e 4
un
r e f r o i d i s s e m e n t p r o g r e s s i f
e t t a r d i f d e l ’ e n s e m b l e d e l a
zone.
Cette situation
s e m b l e c o r r e s p o n d r e a c e l l e observée ery
d&embre
1 9 8 7 oti l e s e a u x l e s p l u s f r o i d e s d é p a s s e n t 22’C, lea
concentrations
e n n i t r a t e
e t e n
chlorophylle restant proches!
de zéro.

I l a p p a r a î t d o n c
d i f f i c i l e d e d8finir d e s condit$ons
moyennes
en saison
d e t r a n s i t i o n ,
l e s s i t u a t i o n s obser$es
p o u v a n t Q t r e t r é s
v a r i a b l e s d ’ u n e a n n e e à l ’ a u t r e . C+tte
saison
peut
cependant
pr&enter
des
CaractéristiQues
i n t é r e s s a n t e s .
L ’ i n s t a l l a t i o n d e s
e a u x f r o i d e s
p e u t e n e+fet
engendrer
d e f-orts
g r a d i e n t s
h o r i z o n t a u x ;
d e t e l l e s
s i t u a t i o n s
sont souvent
p r o p i c e s a u developpement d’une forte
productivité
b i o l o g i q u e &
l ’ i n t e r f a c e d e s e a u x f r o i d e s riches
e n Blements m i n é r a u x e t d e s e a u x c h a u d e s s t r a t i f i é e s .
C O N C L U S I O N
L a r é p a r t i t i o n d e s
temperatures,
d e s n i t r a t e s e t d e l a
c h l o r o p h y l l e
de surface au
cours
des
t r o i s
sai ions
hycirologiques
étudides, n ’ a c e r t e s p a s p e r m i s
d ’ i d e n t i f i e r
tous
l e s p h é n o m è n e s e n c o u r s
d a n s 1’Bcosystéme
makin
s&Ggalais,
mais cette description a néanmoins permis de f&re
r e s s o r t i r
l e s d i f f é r e n c e s q u i e x i s t e n t e n t r e l e n o r d e t l e i s u d
d u C a p - V e r t e t d e c o n f i r m e r
l e s v a r i a t i o n s s a i s o n n i è r e s e t
i n t e r a n n u e l l e s o b s e r v é e s d a n s
l e s t r a v a u x a n t é r i e u r s , mai+ à
p l u s p e t i t e Echelle.
L’analyse
succincte des
s t r u c t u r e s p h y s i q u e s ,
chimiques
e t d e l a b i o m a s s e p h y t o p l a n c t o n i q u e e n s a i s o n c h a u d e mon/tre
q u e l ’ é c o s y s t é m e m a r i n sénegalais e s t a l o r s caractéri5.34, e n
s u r f a c e ,
par des
t e m p é r a t u r e s 4levées,
d e s t e n e u r s e n n i t r a t e
v o i s i n e
d e zero e t u n e f a i b l e h8térogén4ité s p a t i a l e d e ç e s
d e u x paramhtres. L a d i s t r i b u t i o n d e l a c h l o r o p h y l l e s e m b l e
Gtre c a r a c t é r i s é e p a r u n m a x i m u m
s u r l e p l a t e a u continent81,
avec
cependant de
f o r t e s differences d ’ u n e a n n e e à l ’ a u t r e .
L ’ i m p o r t a n c e p r o b a b l e d e s a p p o r t s f l u v i a u x e s t é g a l e m e n t a
mentionner.
En
s a i s o n f r o i d e ,
l a t e m p é r a t u r e d e s u r f a c e ,
l e s s$ls
minéraux
e t l a b i o m a s s e p h y t o p l a n c t o n i q u e
p r é s e n t e n t $es
s t r u c t u r e s
s p a t i a l e s diffdrentes
d e p a r t e t
diautre d e l a
pbninsule d u C a p - V e r t .
D ’ u n e a n n e e à l ’ a u t r e , l’intensité,de
l a r é s u r g e n c e v a r i e e t e n t r a î n e
d e s f l u c t u a t i o n s i m p o r t a n t e s
de
l ’ e n r i c h i s s e m e n t e n s e l s m f n é r a u x e t d e l a bioma$se
phytoplanctonique.
L ’ année
1987 semble etre exceptionnelle, car en dehors de
l a f a i b l e s s e d e l ’ u p w e l l i n g , elle est particulihrement c h a u d e
p o u r l e s t r o i s s a i s o n s e t l e s donnees h i s t o r i q u e s montr$nt
q u ’ e l l e e s t l ’ u n e d e s annhes
les plus chaudes rencontr4es.a~
cours des vingt-sept derniéres années.
R E M E R C I E M E N T S
C e t r a v a i l a p u ë t r e
realis4 gr$ice
à l ’ a p p u i d u CRODIT.
Nous
sommes particuliérement
r e c o n n a i s s a n t s a C l a u d e Oudot
pour
avoir mis
8 n o t r e d i s p o s i t i o n l e s m o y e n s d ’ a n a l y s e !du
programme
P I R A L . L ’ e n s e m b l e d u p e r s o n n e l d u N.O. L o u i s Saug@r
a
largement contribué
à l a r6alisation d u p r o g r a m m e CIRSEb,
q u ’ i l
e n s o i t
i c i r e m e r c i é .
Nous tenons à remercier Alassabe

ik
10
Esa,
Hervé Qemarcq,
Et-i Fukai,
Jacques Grelet,
Yves Gouripu,
Cheikh Ndour, Abdoulaye Sarre, Jean Sevellec et Mor Sylla pour
leur participation active lors des campagnes.
BIBLIOGRAPHIk
BERRIT (G.R.),
1962.-
Contribution a la connaissance des
variations
saisonnieres dans
le golfe de
Guin&e.
Observations
de surface le long des lignes de navigation.
II Etude régionale. Cah. Océanogr. COEC 14(9j : 633-643:.
CREPON CM.), RICHEZ
( C.) et CHARTIER CM.), l984.- Effects~ of
toast
line geometry
on upwellings. J. Phys. Oceanogr.' 14
(61 : 1365-1382.
GALLARDO (Y.), ?981.- On two marine ecosystem of Senejgal
separated by peninsula. Dot. Centre Rech. Océanogr. Ddkar
Thiaroye : 141-153.
HERBLAND (A.) et VOITURIER (B.),
1977.- Production primaire,
nitrate et
nitrite
dans l'Atlantique
tropical. 1
Distribution du nitrate et production primaire. Gah.
ORSTOM ser. Oceanogr. XV (1) : 47-55.
HUA (8) et THOMASSET (F), 1982.- A numerical study of effects
of
toast line
geometry on
wind-induced upwelling in the
Gulf of Linos. J. Phys. Oceanogr., 13 : 678-694.
MINAS (H.J.),
CODIPOSTI (L.A.) et Ddgdale (R.C.), 19aZ.-
Nutrients
and
primary production in the upwelling reiion
off
Northwest Africa.
Rapp. P.-v.
Reun.
Cons.
iint.
Explor. Mer, 180 : 148-183.
MITTLESTAEDT (E.), 1982.- Large-scale circulation along ,the
toast
of Northwest Africa. Rapp.
P.-v. Réun. Cons. ijnt.
Explor. Mer, 180, 50-57.
LEVASSEUR (M.), THERRIAULT (J.C.) et LEGENDRE (L.j,
19q4.-
Hierarchical
control
of
phytoplankton
succession: by
physical factors. Mar. Ecol. Progress set-., 19: 211-222.
REBERT (J. P.>,
1983.- Hydrologie
et dynamique
des eaux. du
plateau
continental senégalais. Dot. Scient. Centre Reich.
Oceanogr. Dakar-Thiaroye, 93, 186 p.
ROSSIGNOL (M.) et ABOUSSOUAN (M.T.), 1965.- Hydrologie marine
cotiere de la presqu'île du Cap-Vert.
Contribution $I
l'etude de la productivité des eaux. Publ. prov. ORSTOM,
166 p.
ROWE (G.T.) et DEMING (J.W.), 1985.- The role of bacteria in
the
turnover of
organic
carbon i n
t h e d e e pisea
sediments ; J. Mat-. Res., 43: 925-950.

11
ROY (C.), 19%9.- Fluctuations des vents et variabilité, de
l'upwelling devant les cotes du Senégal. Oceanof, Acta,
12 (4).
TAKAHASHI (M.),
ISHIZAKA (J.j,ISHIMARU(T.j, ATKINSON(L..F?.j,
LEE (T.N), YAMAGUCHI (Y.), FUJITA (y.) et ICHIMURA i$.j,
19%6.-
Temporal change in
nutrient
concentrations land
phytoplankton
biomass in short time scale loca'l upwelling
around the Izu peninsula, Japan. J. Plankton Res. 8 (si> :
1039-7049.
TOURE (D.), 19%3.- Contribution & l'étude de l'upwelling dq la
baie de Gorée (Dakar, Senégal) et de ses consequences.sur
le développement de la biomasse phytoplanctonique. Dot.
sci. CRODT, 93.
VOITURIEZ ( 6.) et DANDONNEAU (Y.), 1974.- Relation entre la
structure
thermique, la
production primaire
et' la
régenération
des sels nutritifs dans le dbme de Guinde.
Cah. ORSTOM set-. Océanog. 12 (4) : 241-255.
YODER (J.A.) et BISHOP (S.S.),
19%5.-
Effects of
mixiing
induced
irradiante fluctuations on photosynthesis : of
natural
assemblages of
coastal phytoplankton. Mat-. Bijol.
90 : 87-93.

12
MOYEEINE
RADIAL
ECART
861t
TYPE
1
0.652
7.644
0.282
5.880
15.580
0.632
a.297
t
2.072
0.438
5.869
16.617
0.579
1.227 I 0.413
NITRATE
liat3/1
6.329
3.672

8.476
0.901
4.534
5.012
0.304
4.262
I
10.881
0.504
2.301
3.833
0.226
1.538
9.543
0.517
4.993
0.207
1
16.263
28.637
0.704
0.312
2
16.150
28.907
18.826
0.8t6
0.147
1.427
3
16.320
28.616
0.140
0.300
_
I
18.350
TEMPERATURE1
4
1.824
Oc
5
19.249
1.775
6
19.371
1.227
t
1.081
0.150
I.a,bl..%nu ..«... .I. ’ - M o y e n n e e t kart t y p e d e s n i t r a t e s (vatg/l) e t d$
l a t e m p é r a t u r e (“C} l e l o n g d e c h a c u n e d e s
r a d i a l e s e t p o u r l e s s e p t c a m p a g n e s d u programmel
CIRSEN.

13
1 9 8 7
1988
UOYENNE
RADIALE$
ECART
8805
TYPE
1.976
1.399
1.749
0.933
1.898
1.675

4.094
2.714

2.834
2.583

2.149
0.968
3.531
4.844
7, 2, 3,
= NORD
4, 5, 6, 7, 8 = 3UD
Tableau 7 ( s u i t e )

14
- 2 0 . 0 0
- 1 9 . 0 0
- 1 8 . 0 0
- 1 7 . 0 0
A-
c
16.0E !I--
+
+
+
+
i-
9
8
7
6
+
4
+
+
10
II
12
13
15.0E 3--
+
+
+
+
2 6
2 5
2 4
4
4
+
2 7
2 6
2 9
303t32
3
3

94
+
+
+
+
++
+
+
f4.0@ l--
4 2
41
40
3 9
36 3 7
3 6
35
+
4
4
4
4+
+
4 3
4 4
+
+
+
+
+
+ +
57
S6
SS
54
53
$2 51
+
+
+
+
4
+
+
10
5 9
60
61
6 2
6 7
6 4
.E..iwra I......,..“l. 1. . - Pas i t i on
des stations rbalishes lors des campagnes
du programme CIRSEN.
._ .-- ---
._.
.~ - -

I
LS8611
NORD
SUD
/
r ’ ’ 1
3a C’
I , r . * 1 * .
-I
FIGURE 2 : Distribution le long des radiales de la températOre
("Cj, des nitrates; (gatg/L) et de la biomasse phytaplanctankyue
(pg/Lj en saison chaude de 19136 : campagne LS861JI.

LS8715
SUD
,,
J
-Y _ _ .
,
l
<..--’
A&.“p.-~ -
:r”-
‘&g’.
1
#-
!
H
i
8B
c
Y
FIGURE 3 :
_^ .
D i s t r i b u t i o n l e l o n g des r a d i a l e s d e l a temp&ratu~re
(“C), d e s nitrates (@atg/L) st d e l a biomasse phytoplanctoniiqus
(pg/L> e n s a i s o n c h a u d e d e 1 9 8 7 : c a m p a g n e L58715,

1.7
LS8603
S U D
80 c
18 -
1) c
e-
F I G U R E 4 : Distributian l e long d e s r a d i a l e s d e l a temp&ratuye
(“C), d e s n i t r a t e s (yatg/L) e t d e l a biamasse phytoplanctûnï$ue
(pg/L) e n saison froide de 1986 : campagne L%%A?~.

LS8707
N O R D
S U D
3) ’
I.
‘,.
*
,.
1.
t
J@ L'
1.. , . . , . ( s
I -
‘HI
16
Il,, ., , , , , , ‘ ,
0
JO
88
aa
&II
OLaTnkux II I+n ooT1 twxLu8)
J--i---
OISTMGN II LnaoTa <n+Lu>
.-L--,.
.-
-..__
--__--.
FIGURE 5 : Distribution le long des radiales de: la temp&ratur~
("C), des nitrates (vatg/Lj et de la biomasse phytoplanctoniqpe
(Mg/L) en saison fraide de 1987 : campagne LS8707.


LS8805
NORD
SUD
30 -’
a * , I . . I ’ .
a
JI
H
8s
II8
18B
OXSTWDR n LA Dom.
018TWC8 A LA GOTR CtiLU
.-1--- --- .-__-~~-.
-- -__.
-
-__
_ _._
F I G U R E 6 : D i s t r i b u t i o n 1s long dec; r a d i a l e s d e l a temp&rat
(“C), des nitratss (vatg/L) e t d e l a biamasse p h y t a p l a n c t o n
(vg/L) sn tjaic;on f r o i d s de 1 9 8 8 I c a m p a g n e LS88Q5.

LS8617
NORD
SUD
JO L”
t
OISTANCI A U OOTE CH&US)
ti
a@F’
I.. 1.. , . . . r-
16
F I G U R E 7 : Distribution le long des radiaies de la temp8raturw3
("C), des ni.trates (patg/L> e t d o I.a biomasse phytoplanctonilus
(pg/L) e n saison d e transitian d e 1936 : c a m p a g n e LS8617.

NORD
LS 8719
I . ’ I . . 1 ’ 1 ., 5 . a
SUD
-FI
i
E 16
I
1 4/6
166
---- --__ - . . _---
_.. .
j
0’
FIGURE 8 : Distribution le long des radiales de la tempt$rature
(‘Cj, d e s n i t r a t e s (patg/Lj e t da l a biomasse phyt~planctcwtiq$e
(pg/Lj en saison de trnnsitîc3n de 1987 : campagne LS8729,