s 1.S.K.A. 1 C.R.A. Saint-L/ouis Programme de...
s
1.S.K.A. 1
C.R.A. Saint-L/ouis
Programme de Re/cherche
sur les systèmes d
production
P
du Delta du FJ.euv$ Sénégal
LES ObGANISATIONS PAYSANNES DU DELTA DU FLEIJVE SIINlXAL
FACE AU'DESENGAGEMENT DE L'ETAT
Pierre-Yves LE GAL (*)
Tbrahima DIA (**>
I
\\Juillet 1990
Note préparée 3 lilattenti.on d'un dossier du Réseau Recherche-l~~veI.oppement s u r
les capacikés des organisations paysannes ,i prendre en charge une
partie- de la gestion des périmètres irrigues
I,
(*) Agronome DSA-C t RAI) mis à La lcisJ~osition du
Programme de Recherche sur les
Systtmes de
Produktion du Delta
du Fleuve Sénégal.
ISRA. HP 240. Saint-Louis
(Sénégal)
t
s
(**) Sociologue. IIKA. RP 240. Saint-Louis (Sénégal.)
I

1
L a conceptidn d e s
a m é n a g e m e n t s h y d r o - a g r i c o l e s d e l a v a l l é e d u f l e u v e
S é n é g a l e t l a taille d e s a t t r i b u t i o n s f o n c i è r e s s u p p o s e n t c o m m e a i l l e u r s e n
A f r i q u e d e l’Oues< u n e g e s t i o n c o l l e c t i v e d e
c e r t a i n s f a c t e u r s d e p r o d u c t i o n
d o n t l ’ e a u . Les dédisions prises par l-es a g r i c u l t e u r s
d a n s l a c o n d u i t e d e l e u r s
c u l t u r e s
s o n t d e ‘ c e
f a i t f o r t e m e n t dbpendantes d u f o n c t i o n n e m e n t d ’ a u t r e s
a c t e u r s
économiqubs:
sociétés d’encadrement,
c a i s s e s d e crbdit a g r i c o l e ,
f o u r n i s s e u r s d e 4ervices e t
o r g a n i s a t i o n s p a y s a n n e s .
Avec
I.n lib~ralisnt i o n
p r o g r e s s i v e d e l ’ é c o n o m i e s é n é g a l a i s e c e l l e s - c i j o u e n t u n r ô l e d ’ i m p o r t a n c e
croissante et sont !Pour beaucoup dans la dynamique de développement nctuellement
o b s e r v é e d a n s l e d$lta d u f l e u v e S é n é g a l .
/
L a rizicultu#e p r a t i q u é e d a n s
c e t t e r é g i o n s u b s t i t u e l a r g e m e n t l e c a p i t a l
à La main
d’oeuvde m a l g r é d e s
s u p e r f i c i e s p a r e x p l o i t a t i o n a g r i c o l e e n c o r e
r é d u i t e s ( 1 à 1 0 da). L ’ u t i l i s a t i o n g é n é r a l i s é e d e s e n g r a i s e t h e r b i c i d e s , l e
r e c o u r s a u x tracteuirs
et moissonneuses-batteuses posent des problèmes à la fois
t e c h n i q u e s e t
écdnomiques: p r é s e n c e
d e f o u r n i s s e u r s
e t d e p r e s t a t a i r e s d e
service,
existencd d ’ u n
s y s t è m e d e c r é d i t
a g r i c o l e p e r f o r m a n t ,
e t c . .
Les
o r g a n i s a t i o n s pay$annes, i n t e r m é d i a i r e s o b l i g é s e n t r e l ’ a g r i c u l t e u r e t
son
environnement socid-économique, s e t r o u v e n t a u j o u r d ’ h u i a u c e n t r e d e l a
f i l i è r e
r i z i c o l e ( c f . schéda)
e t d e v r a i e n t v o i r I.eur d o m a i n e d ’ i n t e r v e n t i o n s’bl.argir
d a n s u n p r o c h e avejir. Q u e l s e n s e i g n e m e n t s p e u t - o n t i r e r d e c e t t e s i t u a t i o n ?
:
DE LA SAED AUX ORGANISATIONS PAYSANNES
La SAED (1) ‘a été
c r é é e e n 1 9 6 5 a v e c p o u r
m i s s i o n l e d é v e l o p p e m e n t d e
l ’ a g r i c u l t u r e i r r i ’ u é e d ’ a b o r d d a n s l e d e l t a p u i s s u r l ’ e n s e m b l e d e l a v a l l é e d u
f l e u v e S é n é g a l . Ra,idement
9
s e s f o n c t i o n s o n t
c o u v e r t l ’ e n s e m b l e d e 1-a f i l i è r e
r i z i c o l e :
c o n c e p t “on et
mise en place d ’ aménagements,
g e s t i o n d e l ’ e a u , d e s
‘i
approvisionnements
et des prestations mécanisées,
c r é d i t a g r i c o l e , e n c a d r e m e n t
des paysans, commedcialisation e t t r a n s f o r m a t i o n d u p a d d y .
S u r l e s périnktres
g é r é s p a r l a S A E D l e s p a y s a n s o n t é t é organi&s e n
g r o u p e m e n t s d e prdducteurs à l ’ é c h e l l e d e l a m a i l l e h y d r a u l i q u e ,
eux-mêmes
inclus dans des Sec!tions
V i l . l a g e o i s e s r e l e v a n t d u s y s t è m e coop&ratif n a t i o n a l .
L e s r e l a t i o n s e n t r e ! l e s s t r u c t u r e s d e d é v e l o p p e m e n t e t I-es a d h é r e n t s indivi~duels
d e v a i e n t s ’ e n troujer f a c i l i t é e s .
Cette
organiisat i o n l a i s s a i t
p e u d e c h a m p l i b r e a u x a g r i c u l t e u r s e t
m o n t r a i t d e nombreu/x dysfonctionnements: endettement des producteurs,
retards
d’approvisionnemeng,
m a u v a i s e n t r e t i e n d e s a m é n a g e m e n t s , c h a r g e s d e s t r u c t u r e e t
coûts de productiod é l e v é s , e t c . . L’Etat c o m m e l e s p a y s a n s o n t r é a g i d e v a n t c e s
d i f f é r e n t e s carenc/s:
- le premier ed i n s t a u r a n t l a N o u v e l l e P o l i t i q u e A g r i c o l e e n 1 9 8 4 q u i d e v a i t
conduire à
u n dédengagement
p r o g r e s s i f d e s s o c i é t é s d’Etat a u p r o f i t d e s
o r g a n i s a t i o n s paysa/nnes
e n p l a c e . P a r a l l è l e m e n t u n e s t r u c t u r e j u r i d i q u e nouvel.-
l e , t r è s s o u p l e ,
fiut c r é é e : les G:roupements d’ I n t é r ê t E c o n o m i q u e (GIE), h a b i l i -
t é s à c o n t r a c t e r dels prêts bancaires.
- les seconds ek c r é a n t e t c u l t i v a n t à l ’ a i d e d e f i n a n c e m e n t s e x t é r i e u r s d e s
a m é n a g e m e n t s autono/mes d e l a S A E D : P I V ( 2 ) d a n s l a v a l l é e , p é r i m è t r e s d e s f o y e r s *
d e s j e u n e s d a n s le!s v i l . l a g e s d u D e l t a .
C e t t e é v o l u t i o n p e r c e p t i b l e à p a r t i r d e
(1) Société Nation/ale d’ Aménagement
e t d’Exploitation d e s T e r r e s d u D e l t a d u
S é n é g a l e t d e s Vall/ées d e s F l e u v e s S é n é g a l e t d e l a F a l é m é
l
( 2 ) P é r i m è t r e
V i l l a g e o i s

2
,
1975 permit notabment
le développement d'un
savoir-faire paysan en matière de
gestion globale f e la culture irriguée.
En 1987, après une
Premi#ère expérience à Ndombo-Thiago (1982)
1.a S/IED se
désengage massivbment des fonctions approvisionnement, prestations mecanishes et
crédit.
Sur unejp&riode n'exc'édant pas un an de nouvelles règles du
jeu SC
mettent en placei la CNCAS (3) s'installe en avril 1987 sur le delta et voit ses
encours augmente: rapidement pour
43
dépasser le milliard
de francs cfa en 1988-
1989,
en majorité
des prêts (de campagne
(cf. tableau 1). Parallèlement de
nombreux fournisbeurs d'intrants,
assurés d'un marchi! porteur et protGgf par le
prix officiel
db paddy (85 Fcfa/kg) s'installent dans la région.
Les prix
diminuent même gbâce
à un astucieux système de forum organisé
par la CNCAS, où
se
rencontrent !zhaque
année en début de
campagne prestataires de
service et
organisations paksannes. Avec
le concours de
la CNCAS celles-ci s'équipent en
groupes motopompb mais aussi parfois en matériel lourd: tracteurs de 50 à 12Ocv,
moissonneuses-batteuses de gabarit moyen.
Soucieuses de rentabiliser ce matériel
onéreux par des! interventions extérieures
elles n'hésitent pas à rentrer en
concurrence aveciles prestataires privés.
Dans le de ta
une dynamilque foncière intense, non
maîtrisée par la SAED,
entraine parallè ement une multiplication des GIE: de 52 en 1986 à 1165 en 1989.
Il est possibl i de distinguer aujourd'hui 3 grands types d'organisations
paysannes selon leur statut juridique, leurs fonctions et'le mode de distribu-
tion des terrei; (cf.
tableau 2).
Parmi celles-ci les GIE "de production"
présentent une
bynamique particulière, proche d'exploitations de type capita-
liste: un ou
plbsieurs individus
apportent un capital
initial et initient
un
projet d'aménagLment auquel ils font "participer" sous formé d'un salariat
déguisé des pare ts ou des amis.
1
Globalement les
organisations paysannes ont su montrer leur capacit&
d'adaptation à uhe
nouvelle donne économique. Cette relative réussite peut être
attribuée à plusleurs facteurs:
/
.
la sécuriké de la filière rizicole qui reste étroitement protégée aux
niveaux tant
du!prix du paddy <au producteur que de la commercialisation et la
tranformation
i
en ore
assurées par la SAED. Cette situation garantit au moins
théoriquement, be
remboursement des prêts et un revenu agricole décent de
l'ordre d'un million de Fcfa po'ur une exploitation de 3 à 4 ha.
. le bon fonitionnement
de la CNCAS dans son relais avec la SI\\ED puis dans
ses activités ac uelles.
. l'expérienbe acquise par les
agriculteurs sur les PTV et dans
les foyers
des jeunes. /
PROBLEMES ET REMEDES
Pour autan t cette transition présente un certain nombre d'écarts. Ainsi la
plupart des orgahisations paysannes, bien que brassant des millions, ne présente
aucune transpare'ce dans leur gestion économique. Absence de comptes d'exploita-
des décisions et des informations entre
~~~~,,::b:é:lnt.ibl.-. des'contrôles internes Lt externzs
sont autant de phénomènes dont
les conséquences pourraient être graves à terme
et sont déjà perkeptibles. Ainsi
les tensions s'avivent au sein des O.P. entre
jeunes, détenteuks du savoir, et vieux, détenteurs du pouvoir, entre notables et
(3) Caisse Natiobale de Crédit .Agricole du Sénégal

3
simples adhérents. jl
Plus généralhment les O.P.
qui développent des activités rémunératrices,
telles les prestations
mécanisée:;, tendent à
autonomiser leur stratégie vis à
vis de leurs adhérhnts. Ainsi telle moissonneuse-batteuse, acquise pour acccl.é-
rer la récolte et iaciliter la double culture, interviendra en dernier lieu chez
ses propriétaires $u fait de contrats à honorer à l'extérieur.
/
On pourra bi.&n
sûr rattacher ces situations ri
l'absence de formation des
différents responsAbles en
gestion technique et financière. Mais
les comporte-
ments actuels ont Jans doute des origines
plus profondes liées à la nature même
de la société traditionnelle, et se trouvent ici en réelle contradiction avec un
système de production et de financement modernes.
ConErontés à ces problèmes les
paysans pourraientlexiger une plus grande démocratisation des prises de décision
au sein de
leurs dtructures: ils semblent pour
l'instant s'orienter vers une
minimisation des r i sques à travers des adhésions à plusieurs O.P..
/
Le contrôle éxterne
des O.P. pourrait amorcer une évolution plus conforme
aux besoins
actue;s
i de gestion
interne. Ainsi
la CNCAS pourrait conditionner
l'octroi des prêts,; la collecte et l'analyse
des données économiques liees i
leur utilisation, i'Etat joué sur la fiscalité et la juridiction des
associa-
tions. Aucun n'y sdmble pour l'instant prêt mais il est vrai que nos connaissan-
ces sur le fonctio$nement interne des O.P. demeurent fragmentaires.
t
Par ailleurs' l'organisation aval de
la filière rizic0l.e s'est fortement
dégradée
en 1990. !Ses livraisons de riz blanc n'étant pas payées à temps par la
CPSP (4) la SAED jépercute ces retards sur les producteurs,
compromettant le
fragile équilibre Bntre O.P., CNCAS et fournisseurs de services, et au total la
préparation de la'campagne suivante. Cette
situation est notamment due à la
péréquation négatiGe entre le prix du riz blanc au consommateur (130 F/kg) et le
coût de production' de la SAED (178 F/kg), qui suppose une subvention de 1'Etat.
Or celle-ci est de 'plus en plus difficile
à obtenir dans le contexte économique
actuel.
I
I
Pour débloqu$r cette
situation la CNCAS propose de libéraliser J.a commer-
cialisation et la tiransformation du paddy, qui seraient prises en charge par les
O.P.. Une expériende sera tenté dans un village du delta en 1990, comprenant le
pré-financement dds achats de paddy et l'équipement
d'une mini-dEcortiqut?use c
(capacité de 2 Tjh). Mais tous les calculs économiques montrent que,
sans
relèvement du prix'fixé du riz blanc au
consommateur,
la transformation ne peut
être
rentable sand une baisse
du prix du paddy, aux environs de 60 F/kg, avec
des conséquences 'évidentes pour les comptes d'exploitation individuels et
collectifs.
De nodveaux défis
attendent donc les O.P. de la vallée du fleuve
Sénégal: comment
valoriser le paddy local pour mieux r&nunérer les
producteurs (riz e
riz de luxe)?
L'AVENIR
/
Dès l'hivernqge 1990 la gestion de l'eau sur certains périmètres SAED sera
remise
aux O.P. et! cette expérience s'étendra
à tous les aménagements du delta
au rythme de leur 'réhabilitation.
Dans un proche avenir commercialisation et
transfortnation du "paddy seront prises en charges par les O.P. et sans doute le
secteur privé. La !AED devrait alors voir ses fonctions se limiter à la planifi-
cation des aménagelents, la gestion
de gros ouvrages collectifs et l'appui aux
producteurs.
I
l
(4) Caisse de Pérécuation et de Stabilisation des Prix

4
Cette
foncjtion de
conseil préoccupe
cependant les O.P. qui,
devant la
carence
actuelle1 de l'encadrement, réfléchissent sur les possibilités de ia
prendre à leur cbmpte. On se trouverait alors devant un schéma proche de la
situation
frança!se, où les
agriculteurs contrôlent 2
travers diverses struc-
tures une grande
artie des filières.
Pour appuyer cette évolution nous allons
favoriser diis
fi
19.0 les
échanges entre professionnels agricoles Sransais et
paysans du de1ta.i
Mais ce schbma suppose un regroupement d'0.P. encore très atomisées. Cette
étape
est aujourii'hui en
cours avec le renforcement et la transformation de
l'Amicale des Agr!iculteurs du
Waalo et la création récente de la Fédération des
GIE du Départemeht de Dagana. Le delta du fleuve Sénégal offre ainsi une
situation exceptibnnelle pour analyser et accompagner cette transition entre une
organisation état!ique du secteur
agricole et sa prise en charge par de nouveaux
acteurs économiqu fs.

5
r
Tableau 1
Résultats des activités agro-pastorales de la CNCAS
(Agdnce de Saint-Louis - Vallée du Fleuve sauf Matam)
1987-1988
1988-1989
1989-1990
(1)
Dossiers accordés'
59
399
451
Crédit mobilisé
148
1148
1351
(millions Fcfa) :
dont crédit de ca
148
734
1249
358
96
56
6
(1)
cet exercice'est
incomplet: il y
manque le
nombre et le
volume de prêts
accordés pour la campagne rizicole de contre-saison chaude.
(Source: CNCAS.
de Saint-Louis. Rapport d'activité. Exercice 1988/1.989.
Période du
au 30.09.89. 34 p.)
Tableau 2
Classification succinte des Organisations Paysannes
du Delta du Fleuve Sénégal
.
A
u
c
Statut juridique
Section Villageoise
GIE
GI E
Mode de distributbon
des terres et misb en
Individuel
Individuel
Collectif
valeur
(1)
Type d'aménagemenr
SAED
Foyer
Privé
Fonctions par
Services
Services
Production
aux adhérents de
(L) avec distribution
individuelle des éventuels
bénéfices en fin de cnmnpgne
selon des règles ktablis par le(s) "leader(s)" du CIE.
l

6
Schéma 1
! Organisation actuelle de la filière rizicole
Agriculteur
1
2
6
Prestataires
privés ou O.P.
1
Organisation Paysanne
12 1
Fournisseurs
15 11 14CPSP
i
Signification de+ relations:
/
1 :
versement ke l'apport personnel - remboursement des prêts + intérêts
2 :
approvisiokiement en intrants, eau, prestations mécanisées
3 :
bon de liv aison du mattriel ou des intrants
4 :
versement
es apports personnels - remboursement des prêts + intérêts
5 :
travail. duisol, récolte ou battage mécanisés
6 :
paiement d&s prestations mécanisées sur crédit de campagne
7 :
livraison
es intrants, gas-oil, matériel
8 :
reçus aprè
livraison
9 :
présentatiins des reçus signés par les O.P.
10 :
paiement d?s fournisseurs
11 :
livraison (Iu paddy - remboursement de l'eau (périmètres SAED)
12 :
paiement plddy livré - gestion eau (périmètres SAED) - appuis aux produc-
teurs - re,abilitation/création
Al
d'aménagements
13 :
avis technique sur dossiers de prêts déposés par les O.P.
14 :
livraison au riz blanc apres transformation du paddy
15 :
paiement rfz blanc